ACRE
”O que posso dizer neste dia para as colegas Arquitetas Urbanistas, nunca desistam dos seus sonhos, tracem metas e objetivos profissionais se especializem, sempre estejam atualizadas e preparadas, exerçam o seu poder de conhecimento no mercado através de seus projetos e obras. Façam o seu melhor. Dessa forma estaremos deixando o nosso legado para as futuras gerações.”
Verônica Castro
Presidente do CAU/AC
“Penso que se as mulheres arquitetas e urbanistas já são a maioria, estão no mercado de trabalho, contribuem para a profissão, é preciso conhecer mais sobre as condições de vida e trabalho destas mulheres, cuja trajetória não está desligada da luta de todas mulheres, mães, trabalhadoras, chefes de família, que no dia a dia estão sujeitas a discriminações, de todos os tipos numa sociedade ainda extremamente desigual. Já avançamos, mas ainda temos muito que avançar, estimulando a participação e liderança das mulheres em todos os campos da arquitetura e urbanismo”
Josélia Alves
Conselheira federal do CAU/BR por AC
ALAGOAS
“Nas últimas décadas e não só na arquitetura e urbanismo, mas em outras profissões que já foram prioritariamente ocupadas por homens, as mulheres vêm conquistando estes espaços de forma competente e definitiva. Esta conquista acontece também por conta das possibilidades de especialização e dedicação à profissão, nos qualificando e facilitando a concorrência no mercado de trabalho. No entanto, considerando que a desigualdade ainda é bastante significativa, nossa busca continuará para que, todos juntos, possamos construir uma sociedade mais justa e fraterna, não somente no dia em que se comemora o Dia da Mulher, mas todos os dias do ano!.”
Josemée Gomes de Lima
Conselheira federal do CAU/BR por AL
BAHIA
Veja aqui a entrevista especial da presidente do CAU/BA, Gilcinéa Barbosa da Conceição para o Dia Internacional das Mulheres
ESPÍRITO SANTO
“É com grande alegria que venho parabenizar as colegas arquitetas pelo Dia Internacional da Mulher. Esta é uma data muito importante pois após mais de um século de lutas pela inserção da mulher no mercado de trabalho, hoje vemos não somente que as mulheres são a maioria no setor da arquitetura mas também que assumem grandes posições de liderança.
Essa atuação protagonista é fundamental para que as mulheres tenham maior projeção no mercado, na mídia e nas entidades em geral. E isto é mérito da perseverança, dedicação e empenho dessas mulheres que tanto almejam contribuir com a sociedade, tanto na educação das crianças como na produção intelectual e econômica do país.
Pessoalmente, esta é uma data muito especial para mim, pois hoje ocupo a presidência do CAU/ES, representando todas as arquitetas. Além da presidente e da vice-presidente, temos hoje 9 mulheres dentre nossos conselheiros e acredito que esse é um diferencial para que possamos atender com firmeza os anseios das 1963 arquitetas que são hoje mais de 71% do mercado profissional da Arquitetura e Urbanismo no Espírito Santo.”
Liane Destefani
Presidente do CAU/ES
GOIÁS
Quanto à falta de valorização profissional, acredito que atinja a todos os arquitetos e urbanistas, não só as mulheres. Não somos reconhecidos como profissionais que fazem projeto de cidades, parques, grandes regiões metropolitanas ou grandes edifícios. O desafio de mostrar que o arquiteto é capaz de fazer tudo isso é de toda a categoria.”
PARAÍBA
RIO GRANDE DO NORTE
“Na condição de arquitetas e urbanistas, pertencemos a uma profissão que tem a seu cargo grandes responsabilidades ao assegurar para as pessoas espaços habitáveis, do ponto de vista da técnica e da arte. Conquistar o mercado de trabalho no desempenho das atribuições profissionais tem sido um dos desafios da mulher que, pelo senso de firmeza e determinação enfrenta preconceitos, ao tempo em que exerce lideranças com transparência e ética. Viva a valorização profissional. Viva o dia 8 de março!”
SANTA CATARINA
“Vejo o aumento da representatividade feminina no campo político da arquitetura um sinal significativo de mudança. Uma oportunidade de aprendizado coletivo para novas experiências e perspectivas. Somos a maioria entre os profissionais, mas participamos pouco. É nossa responsabilidade trazer luz para essa questão da invisibilidade, que é a condição das mulheres na arquitetura e na cidade. Assim, vale um esforço conjunto sustentado por compreensão e bons debates.”
Daniela Sarmento
Presidente do CAU/SC
SÃO PAULO
“Nós temos a necessidade de um esforço coletivo para valorizar a Arquitetura e Urbanismo para a sociedade brasileira, e como a maioria dos profissionais são mulheres, é preciso dar uma voz, uma visibilidade mais ampla às arquitetas e urbanistas.
Hoje, nós temos maioria, mas não temos visibilidade. Não é uma questão de briga com os homens. Eu insisto: trata-se de um esforço coletivo.”
Nadia Somekh
Conselheira federal do CAU/BR por SP
“Documentos do Conselho de Arquitetura e Urbanismo CAU/BR indicam que mais de 60% dos registros profissionais são de mulheres arquitetas e urbanistas, desempenhando diferentes funções na esfera pública e privada, além da docência.
Nos colocam temas para reflexão: como aumentar a visibilidade destas profissionais e solicitam uma breve consideração sobre a participação das mulheres nas entidades ligadas à Arquitetura e Urbanismo.
Os números apresentados na publicação do CAU/BR de 8 de março de 2017 são de que “o Brasil possui 144.089 arquitetos e urbanistas ativos e registrados no CAU. A maioria são mulheres, 62% (89.867), enquanto 38% são homens (54.222) ”.
Se analisarmos as escolas de Arquitetura e Urbanismo constatamos que o número de alunas em relação aos alunos é ainda muito maior, o que aponta para uma ampliação deste percentual de mulheres arquitetas e urbanistas a curto prazo.
Esta condição não se reflete na representatividade nas entidades ligadas à profissão e muito notadamente aos cargos de maior destaque. Da mesma forma, os veículos de informação sobre Arquitetura e Urbanismo pouco divulgam o trabalho destas profissionais.
Estes fenômenos não são, decididamente, questões que acontecem especificamente no Brasil, nem tampouco na categoria.
Procurar sua superação é entender de maneira ampla a necessidade de combater a naturalização do machismo colocado ao lado de outras tantas desigualdades sociais. ”
Helena Ayoub Silva
Conselheira federal do CAU/BR suplente por SP
SERGIPE
“Antes da Revolução Industrial as mulheres já estavam no mercado de trabalho, em atividades que garantiam o sustento, em trabalhos remunerados como: trabalhadoras de lavoura, fiadeiras, criadas domésticas, enfim em trabalhos considerados femininos e muitas vezes considerado trabalho invisível.
Com a Revolução Industrial no final do século XVIII as mulheres ingressaram no mercado de trabalho, em ocupações visíveis e a figura das mulheres no mundo do trabalho passou a ser perturbadora e consequentemente, o trabalho feminino na sociedade patriarcal passou ser visto como um problema, uma vez que mulheres transferiram o trabalho que antes era realizado no lar, para a fábrica, deixando de desempenhar na totalidade o trabalho de cuidar da família e da maternidade.
As mulheres apesar de terem ingressado no mercado de trabalho não tiveram logo acesso a atividades que exigissem educação superior. No Brasil em 1816 foi fundada a Academia de Belas Artes. Segundo Sá (2010), após a criação do curso de Arquitetura e Urbanismo da FAU-USP, de 1952 -1959 do total de formados 15% eram mulheres e o crescimento de mulheres na profissão até os dias atuais ampliou-se aceleradamente. Considerando as estatísticas em 2012, segundo o censo do CAU/BR existiam 83.754 arquitetas, o que representa 61% mulheres do total de arquitetos brasileiros. Hoje, em 2018 existem mais de 97.093 arquitetas e urbanistas no Brasil, o que representa 62,6% mulheres no mercado da arquitetura e urbanismo nacional (dados do CAU/BR).
Em Sergipe segundo dados do IGEO (março/2018) existem registrados no CAU/SE 1110 profissionais ativos dos quais 685 (61,72%) são mulheres 425 (38,28%) são homens, em uma relação que o número de mulheres registradas é bem maior do que o número de homens no exercício da profissão.
De acordo com esses dados é importante refletir as questões de igualdade de gênero na profissão, pois é necessário saber quanto as questões da remuneração, se as mulheres como maioria recebem salários iguais aos salários masculinos, pois tradicionalmente no mercado de trabalho existe a tendência das mulheres receberem remuneração menor, havendo uma desproporção entre o crescimento das mulheres na profissão nas últimas décadas e o crescimento da remuneração das mulheres, pois permanece presente no mercado de trabalho a diferenciação de valores pagos a homens e mulheres.
Além da remuneração é importante citar que é necessário se dar maior visibilidade para o espaço conquistado por mulheres na profissão, pois percebe se que a produção masculina é mais divulgada e festejada do que a produção feminina. A exemplo do Prêmio Mulher na arquitetura de 2018, conquistado pela arquiteta peruana Sandra Barclay e o prêmio Moira Gemmil para jovens arquitetas conquistado pela arquiteta paraguaia Glória Cabral. Portanto o dia Internacional da Mulher deve ser visto como um dia para reafirmarmos a nossa luta por novos horizontes e conquistarmos reconhecimento, valorização e autonomia.”
Ana Maria de Souza Martins Farias
Presidente do CAU/SE
IES
“No Brasil há uma supremacia de mulheres no exercício da Arquitetura e Urbanismo (mais de 62 por cento), diferente da realidade de países como a Inglaterra e os Estados Unidos, por exemplo. Somos muitas, porém não aparecemos muito. Mas algumas vem rompendo barreiras e ampliando a presença da arquiteta e urbanista na qualificação de nosso habitat. Estamos vindo do fazer arquitetônico para a política profissional. É um começo. No atual Conselho Diretor do CAU/BR somos 50%. Um bom presságio.”
Andrea Vilella