Olhares atentos até a última palestra. Foi o registrado durante toda a programação do 2º Encontro Nobre (EN) realizado pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Sergipe (CAU/SE), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Sergipe (SEBRAE/SE), nessa quinta-feira, (27).
O evento foi realizado no auditório do SEBRAE/SE das 14h às 20h. Acadêmicos e profissionais participativos e atentos às informações das duas palestras. A primeira, realizada pela agente de fiscalização do CAU/SE, Susiene Almeida, teve como tema “Uso do Sistema de Comunicação e Informação do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (SICCAU) para Cadastramento e Gerenciamento de RRT’s”.
Susiene explicou que o SICCAU facilita bastante os profissionais, a exemplo do cadastramento do Registro de Responsabilidade Técnica (RRT), uma maneira de assegurar a qualidade das atribuições realizadas por profissional capacitado. “O SICCAU serve também como método de controle de ações e serviços prestados pelos arquitetos em todo o Estado de Sergipe”.
A convite do CAU/SE, o presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Ceará (CAU/CE), Odilo Almeida Filho, veio a Aracaju para falar sobre o “Uso da Tabela de Honorários”. O arquiteto cearense atuou como coordenador e relator do grupo responsável pela criação do software, junto ao CAU/BR.
“Esse público interessado comprova a importância que a tabela de honorário tem para a vida profissional da arquitetura, porque ela parametriza e garante que o serviço prestado seja de qualidade, a por fim, que o arquiteto se sustente a partir do exercício de sua profissão. A tabela de honorário é uma ferramenta usada para o progresso social, com espaços construídos de forma adequada para a convivência humana, com melhor de qualidade de vida”, esclareceu o presidente do CAU/CE.
Almeida acrescentou que a Tabela de Honorários, aprovada em 2014, precisa ser compreendida pelos arquitetos. “A tabela já despertou interesses em outros países como Portugal, Angola, Cabo Verde, que já estudam uma forma de implementá-la. Mas, ainda estamos numa etapa em que os arquitetos precisam tomar consciência de que a composição de preço de projeto de arquitetura não é uma coisa vulgar, e sim exigência que requer raciocínio, reflexão e método”, asseverou.
“Já estava mais que na hora da gente desmistificar a Tabela de Honorários. A quantidade de profissionais só aumenta em Sergipe e se nós arquitetos não nos valorizarmos através de preços e postura, podemos perder o respeito enquanto profissional. Esse evento contribuiu para a gente ter certeza do nosso valor diante da sociedade e para qualificar o compromisso com nossos clientes”, observou o arquiteto Gilvan Acciolli, atuante há 15 anos no mercado de trabalho sergipano, parabenizando o CAU/SE pela realização de eventos que incentivam a valorização profissional.
Por fim, a presidente do CAU/SE, arquiteta Ana Maria agradeceu a participação de todos e ressaltou que um dos objetivos do Conselho é atuar, disciplinar e salvaguardar os profissionais e a sociedade. “Principalmente em no momento em que vivemos no Brasil, com tantas dificuldades sociais”, disse, questionando sobre quais temáticas devem ser abordadas em futuros eventos do CAU/SE.