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Abaixo-assinado em prol do IPHAN bate meta de 10 mil apoios

Após divulgação do CAU/BR, o abaixo-assinado que pede melhores condições de atuação para o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) superou a meta de 10 mil assinaturas no dia 1º de dezembro. No dia 25 de novembro, antes da publicação no site, no Facebook e no Clipping do CAU/BR, o documento contava com 2.954 adesões. O abaixo-assinado online, dirigido ao presidente da República e aos parlamentares federais, é de iniciativa de cidadãos preocupados com a continuidade das atividades da entidade, que está completando 80 anos. Clique aqui para ler a íntegra.

 

“Sob os cuidados do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) há oito décadas, o patrimônio nacional está ameaçado por falta de condições de o órgão realizar suas incumbências”, diz o abaixo-assinado. O documento lembra que em audiência na Câmara dos Deputados, a presidente do IPHAN, Kátia Bogéa, ressaltou que em 80 anos só foram realizados dois concursos públicos e que o órgão tem hoje 516 cargos vagos, comprometendo o trabalho em todo o País. “Hoje nós temos para cuidar de todo o patrimônio brasileiro com 27 superintendências, 28 escritórios técnicos apenas 678 servidores, dos quais 480 se aposentam em dois anos. Portanto, se nada for feito, a instituição simplesmente fecha as portas”, alertou a gestora.

 

 

A audiência, realizada dia 09 de novembro,  foi promovida pela Comissão de Cultura da Câmara com o objetivo de discutir a manutenção e preservação do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Katia Bogéa informou ainda que o Programa de Aceleração do Crescimento dedicado às cidades históricas previa para este ano um orçamento de 250 milhões de reais, mas sofreu contingenciamento de 61%.

 

Na audiência, o deputado Cabuçu Borges, do PMDB do Amapá, afirmou que não cabe à Câmara definir o orçamento para o IPHAN, mas o governo federal precisa estar atento para que o instituto não feche as portas por falta de recursos. “O governo federal tem que se mobilizar para apresentar um concurso público, para recompor a mão de obra e também colocar no orçamento e garantir que esse orçamento seja devidamente executado porque assim o órgão pode ter sua plenitude na execução do trabalho”, defendeu o parlamentar.

 

O IPHAN é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Cultura, e é responsável pelo reconhecimento de bens culturais de natureza material e imaterial, além de estabelecer as formas de preservação desse patrimônio: o registro, o inventário e o tombamento.

 

Saiba mais:

Portal IPHAN 80 anos

Linha do tempo – 80 anos de IPHAN

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49 respostas

  1. Acabar com o IPHAN é destuir parte da história do Brasil. Eu repúdio essa agressão ao patrimônio, acervo histórico e cultural do povo brasileiro.

  2. Patrimônio cultural,seja ele escrito, edificado ou apenas planejado, é herança do passado e que pertence a todos. É a representação criativa de um povo,uma época e que se não for, convenientemente preservada, as gerações futuras jamais poderão “sentir” o que o passado nos representou.

  3. É importante para o presente e o futuro deste país, que não dá muita importância para sua historia, sem a qual
    a educação cada vez mais sofrerá as consequências.

  4. Que o governo Federal dê todas as condições necessárias ao funcionamento, de forma PLENA, do IPHAN. Isto é um DEVER E UMA OBRIGAÇÃO DO Governo Federal.

  5. O IPHAN e uma instituição de grande valia cultura brasileira na construção de nossa identidade, com professionais que ao longo de sua historia engrandeceram nossa historia cultural, abrindo nosso horizonte sobre o Brasil.

  6. E quando foi que o IPHAN existiu? Em Olinda ocuparam a Igreja do Carmo e descaracterizaram internamente para o conforto de seus técnicos e proibiam que casas de pessoas de classe média, com valor histórico na verdade externo e em conjunto fossem proibidas de intervenções internas, construção de terraço no teto, troca de pisos, tudo em nome do “tombamento” que não era tão rigorosa na casa de pessoas nobres de Olinda. Um órgão elitista, nada mais que isto.
    SUGIRO MAIS UMA VEZ AO CAU, CONCENTRAR SEUS ESFORÇOS NA PROFISSÃO DE ARQUITETO, BUSCANDO POR EXEMPLO QUE PREFEITURAS DO BRASIL FISCALIZEM SUAS CONSTRUÇÕES E QUE A FUNÇÃO DE ANALISE DE PROJETOS DE ARQUITETURA SEJA DE EXCLUSIVIDADE DOS ARQUITETOS, com isto vai abrir milhares de novos postos para Arquitetos.
    Sejam 100% OS PROFISSIONAIS e deixe que o IAB se ocupe de casos como este.

  7. Tem mais e que fechar. Algo tem que perecer para que algo sobreviva. Em 80 anos 2 concursos publicos, por que mesmo? Sera que por que cada governo que entrou resolveu criar mais cargos por indicacao e claro bem remunerados? Acorda brasil

  8. Contraditória esta atitude do Cau…

    Enquanto toma a louvável e necessária atitude de defender o IPHAN, o CAU-RJ elege conselheiros que participaram ativamente da mutilação de um bem cultural de valor internacional, autorizando a destruição de sua memória, sob argumentos discutíveis e pouco defensáveis, conforme registram atas públicas, contrariando suas próprias leis, quando seu papel era defender e preservar o Patrimônio Nacional…

    Incompreensível e paradoxal!

  9. Devemos apoiar o IPHAN como instrumento de preservação e estudo da cultura. A população precisa conhecer melhor seu passado e preservar sua arquitetura e sua arte como sua memória e aprendizado necessário ao seu desenvolvimento.

  10. Estamos vivendo a era do desmando, da achar que o Estado é o feitor das mazelas, que a burocracia é a grande culpada lá falta de honestidade e respeito do povo. Pais Sem educação, sem limites, sem história. É cada um por si e “Deus” por todos nós.

  11. Sou pelo não fechamento do IPHAN e sim pela preservação de nosso patrimônio cultural para memórias de nosso país.

  12. O que aconteçe e ninguem comentou!.

    Criam inúmeras atribuições ao IPHAN , para se aprovar qualquer coisa
    tem que ter o aval do IPHAN!

    Pobre do IPHAN que não tem estrutura e obviamente não dá e não dará nunca conta das inúmeras atribuições a que lhe são conferidas e acabam virando um entrave para uma séria de outras ações!

    Eu sei que muitos só ficam gritando questões de ordem que só fazem por esvaziar e enfraquecer o IPHAN.

    Antes que me chamem de reacionário, etc, quero dizer que sou totalmente a favor do IPHAN, principalmente se o mesmo puder ser refundado no sentido do foco da preservação e da restauração dos nossos patrimômios históricos como sempre vemos em paises civilizados!

  13. Acredito e apoio o trabalho desenvolvido por este órgão, afinal, são muitos profissionais Arquitetos que trabalham nele, mas assim como diversos órgãos federais, é preciso rever a maneira como este órgão vem se adequando aos novos tempos difíceis . A sociedade precisa de respostas imediatas, imparciais e responsáveis. São as crises que nos fazem crescer.

  14. Acabar com o IPHAN é destruir o que resta do nosso patrimônio e cultura no pais e deixar o país sem memória para as gerações futuras.

  15. Absurdo!
    Como guardar e resgatar a história de um povo sem um órgão para tanto?
    Não existe futuro sem história para basear nossas ações.

  16. Bom. A inexistência do IPHAN só acarretará numa “balbúrdia cultural”, na qual a salvaguarda de monumentos, edificações, sítios arqueológicos, os itens imateriais será destinada à terceiros e estes com certeza não saberão como proceder, infelizmente.Em se tratando de patrimônio pertencente à particulares, a situação será mais delicada ainda…pois muitos tombamentos foram feitos em prol da história mas com a oposição de seus proprietários e usuários.

  17. A relação da preservação do patrimônio no Brasil e o IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico Brasileiro, que é uma autarquia do Ministério da Cultura, tem um vínculo de longo data, onde o Brasil tem esta imagem, que guarda a sua memória através de suas igrejas, casarios, cidades e monumentos, e do seu acervo imaterial, seus costumes, sua dança, culinária, entre outros, é graças a ele. Onde Mário de Andrade, entre outros artistas, intelectuais e profissionais, que lutaram para cria-lo e dar forma regulatória de como queremos preservar nossa imagem material e imaterial dos bens culturais adquiridos ao longo dos 500 anos de nossa história colonial. “ Se o Brasil tem uma cara, essa cara foi dada pelo Iphan”, conforme as palavras de Katía Bogéa, diretora do IPHAN. Não podemos permitir isto, pois seria desvincular o Brasil de sua história e de sua memória. Arquiteta Ana Maria Abreu Sandim

    1. Querida Ana, faço minhas todas as suas sábias ponderações. Totalmente justas. O IPHAN jamais poderá desaparecer, pelo contrário, pelo que representa na salvaguarda da nossa História, deve ser preservado e valorizado.

  18. UM país sem IPHAN é um país é sem memória .
    è um país que não conhece a sua história, o seu valor , sua cultura.

  19. Batalhamos por 25 anos por Paranapiacaba, eu e Julio Abe. Sei o que significa essa luta de descaso contemporâneo. É preciso que se grite e clame e mate um leão todo dia , toda hora! Que absurdo!

  20. Um país que não valorizar e não preservar sua memória , será um país que não dará valor a si mesmo e nem aos seus habitantes. Valorizemos o que é nosso, valorizemos a cultura e a memória deste nosso maravilhoso Brasil. Preservemos e valorizemos o IPHAN .

  21. É desesperador a situação do nosso PAIS! Nunca este ORGÃO deverá ser fechado, é como não ter mais : cultura, arquitetura, artes, paisagismo, patrimonio … e respeito por estarmos vivos ainda!

  22. Realmente é muito preocupante o legado que talvez não deixemos para as futuras gerações, o impacto tanto na cultura quanto na sua formação como cidadão será de uma perda irreparável!

  23. Normal no Brasil do Golpe, acabar com todos os direitos e garantias;
    Será que todos ou quase todos que se manifestam aqui, vestiram a camisa da seleçãozinha e são responsáveis por todo está tragedia da Republica das Bananas.

  24. O enfraquecimento do IPHAN abre caminho àqueles que sempre se posicionaram contrários aos valores formadores de nossa nacionalidade e se opuseram e combateram seus idealizadores, como Mário de Andrade e Rodrigo Melo Franco de Andrade que com personalidades do vulto de Lucio Costa iniciaram os trabalhos de identificação, preservação e restauração do patrimônio arquitetônico brasileiro – trabalho que, pautado na competência profissional de seu corpo técnico, embora sempre pequeno mas abnegado, foi sempre respeitado e admirado dentro e fora do país, inclusive em períodos de autoritarismo que sabiam reconhecer a importância do órgão e do trabalho especializado que o caracteriza.
    É de se lamentar o descaso de nossos governantes atuais e sobretudo a estratégia posta em desenvolvimento de colocar em descrédito e vilipendiar a dignidade de seus idealizadores e de todos os técnicos que dedicaram e dedicam suas vidas em defesa do patrimônio artístico nacional.

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