A arquiteta Ana Laterza fez parte da primeira turma de servidores concursados que chegou ao CAU/BR em 2014. Formada pela Universidade de Brasília (UnB) em 2012 e com mestrado na Politécnica de Turim (Itália), Ana divide seu tempo entre o trabalho no CAU/BR, onde assessora a Comissão de Relações Internacionais, a família (é mãe de duas filhas) e o desenvolvimento de projetos para Concursos Públicos de Arquitetura – sempre com sucesso.
Desde 2015, Ana Laterza recebeu menção honrosa em dois concursos que participou: Edifícios de Uso Misto da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (CODHAB-DF), em 2016 e Centro de Ensino Infantil da CODHAB-DF, em 2016. Recebeu ainda em 2015 menção honrosa pelo Inventário do Setor Tradicional de Planaltina-DF, na categoria “publicação” da premiação “Nova Arquitetura de Brasília”, promovida pelo IAB-DF.
“É muito difícil conciliar todas essas atividades, mas a maternidade dá uma energia extra pra gente. As meninas chegaram a dormir no escritório do meu marido quando fazíamos os projetos para concursos”, afirma. “Mas é muito gratificante porque ao mesmo tempo em que adoro meu trabalho no CAU/BR eu sinto muita falta da parte prática da profissão, de fazer projetos”. Ana diz que sempre acompanha os concursos que acontecem no Brasil e no mundo, mas nem sempre consegue o tempo necessário para desenvolver os projetos. “Quis muito participar da seleçãopara a Bienal de Veneza, mas como tinha que fazer tradução para o francês e mandar pranchas impressas, realmente ficou muita coisa”, diz.
Ela diz que ainda existem muitas dificuldades para mulheres na Arquitetura. “Em obra, principalmente, acontece de os trabalhadores só darem ouvidos aos engenheiros e arquitetos homens. Já até chorei porque um fornecedor me tratou com inferioridade e desrespeito só porque eu era mulher e jovem”, diz. “Mas cada vez mais as mulheres estão se mobilizando, e com as redes sociais podemos expor esse problema”.
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