
Morreu na última terça-feira (16/06), aos 84 anos, o arquiteto Charles Correa, considerado o maior nome da Arquitetura indiana. Correa foi professor em várias universidades mundialmente reconhecidas, como o Massachusetts Institute of Technology (MIT), a Harvard University e a University of London. Durante sua carreira, recebeu vários prêmios, entre eles as Medalhas de Ouro do Royal Institute of British Architects – RIBA (1984), do Instituto de Arquitetos da Índia (1987) e da União Internacional de Arquitetos (1990), o Praemium Imperiale do Japão (1994) e o Prêmio Aga Khan para a Arquitetura (1998). Em 2013, foi homenageado com a exposição retrospectiva “Charles Correa, o maior arquiteto da Índia” realizada em Londres pelo RIBA.
Nascido em 1º de Setembro de 1930 em Secunderabad, na Índia, Charles Correa terminou o ensino básico em Bombaim e se mudou para os Estados Unidos, onde estudou na Universidade de Michigan (1953) e Massachusetts Institute of Technology (1955).
Voltando ao seu país natal, estabeleceu escritório em Bombaim, em 1958, pouco mais de uma década após a independência da Índia. A primeira obra de sua autoria a despertar atenção foi um monumento em Nova Déli em celebração a Mahatma Gandhi.
Em 1964, com os arquitetos Pravda Mehta e Shiresh Patel, Charles Correa elaborou o projeto para a Nova Bombaim, um novo distrito para cerca de dois milhões de habitantes. Entre 1971 e 1974, foi arquiteto-chefe da agência estatal responsável pelo projeto. Uma década depois, em 1984, Correa fundou o Urban Design Institute Research de Mumbai, oferecendo um fórum para interação entre arquitetos, urbanistas e profissionais de áreas relacionadas.
Outros projetos de destaque de Charles Correia foram: o complexo de artes Bharat Bhavan em Bhopal (1982), o edifício residencial Kanchanjunga em Bombaim (1983), o Museu Nacional de Artesanato em Nova Déli (1990) e o edifício do British Council em Déli (1993). Mais recentemente, projetou o Centro de Ciência da Mente e Cognição do MIT (2005).

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Publicado em 18/06/2015. Com informações do site português Público e da revista aU.