Com pesar, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) comunica o falecimento do arquiteto e urbanista Ruy Rezende, aos 73 anos. Reconhecido por sua contribuição à sustentabilidade na arquitetura brasileira, Rezende morreu na noite de 25 de dezembro, no Rio de Janeiro. Ele estava internado na Clínica São Vicente devido a complicações de pneumonia e choque séptico pulmonar.
O corpo do arquiteto será cremado nesta quinta-feira (26/12), em cerimônia reservada à família. Rezende deixa a esposa, Thelma, três filhos e cinco netos. Natural de São Paulo, costumava brincar que era um “carioca nato”, em alusão ao amor e à dedicação com que ajudou a transformar o Rio de Janeiro por meio de sua arquitetura.
Referência para gerações de arquitetos
Figura marcante no cenário nacional, Rezende foi conselheiro fundador do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro (CAU/RJ) e liderava o escritório Ruy Rezende Arquitetura (RRA). Seus projetos combinavam funcionalidade, inovação tecnológica e responsabilidade ambiental, destacando-se pela requalificação urbana e pela valorização social.
Entre suas obras mais icônicas estão o Parque Madureira, inaugurado em 2012, e os prédios corporativos da Cidade Nova e de outras áreas estratégicas do Rio, como o Porto Maravilha e São Cristóvão. O Parque Madureira, considerado um marco urbanístico, integra soluções inovadoras como paredes verdes, reaproveitamento de água, energia solar e sistema de irrigação automatizado. O projeto recebeu o primeiro certificado AQUA de qualidade ambiental no Brasil.
“Hoje perco um querido amigo e uma referência para muitos arquitetos. Seu jeito único de projetar, sempre ousando na aplicação tecnológica em prol da qualificação dos espaços, deixa um legado que será lembrado por gerações”, afirmou Sydnei Menezes, presidente do CAU/RJ.
Desde o início de sua carreira, na década de 1970, Rezende destacou-se pela preocupação com o impacto ambiental de suas obras. Em debates no Café do CAU/RJ, ele reforçnu seu compromisso com a sustentabilidade ao debater sobre a responsabilidade social da arquitetura e urbanismo. Para ele, “desenvolver projetos arquitetôNicos era como fazer música, um esforço coletivo e colaborativo”.
O falecimento de Ruy Rezende representa uma grande perda para a arquitetura brasileira, mas seu legado permanece vivo, inspirando arquitetos e urbanistas a pensar no futuro das cidades com responsabilidade, inovação e cuidado com o meio ambiente.
(Com informações do O Globo e do escruitório RRA – Ruy Rezende Arquitetura )