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Arquitetos de Brasília vão ao Chile apresentar projeto de Ações Urbanas Comunitárias

 

Depois de ter apresentado na Coreia do Sul a experiência bem-sucedida do governo de Brasília em moradia popular, a Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab) mostrará seu trabalho agora no Chile. O projeto Ações Urbanas Comunitárias foi selecionado entre os mais de 400 inscritos na 20ª Bienal de Arquitetura e Urbanismo daquele país. O evento ocorrerá de 26 de outubro a 10 de novembro, em Valparaiso.

 

A edição deste ano da bienal vai propor uma reflexão sobre os temas normalmente deixados de lado na construção das cidades. É o caso dos gigantescos assentamentos humanos precários e das metodologias para tentar contornar os problemas. A ideia é proporcionar maior qualidade de vida aos moradores desses locais. “É justamente isso que o nosso projeto tem feito: a qualificação dos espaços urbanos, com criatividade, baixo custo e participação efetiva da comunidade, o que faz toda a diferença”, explica o presidente da empresa pública, o arquiteto e urbanista Gilson Paranhos.

 

O projeto já teve 55 ações desencadeadas em diferentes regiões administrativas do DF. As ações consistiram, por exemplo, na renovação de fachadas e na pintura de painéis artísticos, que beneficiaram indiretamente mais de cinco mil famílias. Governo e sociedade trabalham juntos para transformar ambientes abandonados em espaços de convivência, como parques, praças e hortas. “Deu tão certo que está sendo, felizmente, copiado por outras instituições em todo o País. Lançamos, inclusive, um manual detalhado com todas as explicações para colocar o projeto em prática”, conta.

 

Praça construída em mutirão na comunidade do Sol Nascente, na Ceilândia

 

De acordo com o presidente da Codhab, é preciso, antes de mais nada, envolver a comunidade, e isso é feito com o trabalho corpo a corpo entre arquitetos e moradores. A companhia tem postos de assistência técnica em dez comunidades carentes. “É ali, no dia a dia, que nossa equipe está, em contato direto com as pessoas que moram na região, conhecendo seus problemas e indo atrás das soluções”. A equipe de cada posto faz também projetos de infraestrutura urbanística e de melhorias habitacionais, com custo zero para os beneficiados. A ação faz parte do projeto Na Medida, um dos eixos de atuação do programa Habita Brasília.

 

As melhorias habitacionais servem para solucionar problemas de salubridade e segurança habitacional, na maioria das vezes em cozinhas e banheiros. Paranhos explica que é muito comum, por conta da autoconstrução, essas moradias carecerem de luz natural e ventilação, o que é resolvido com ajuda de um profissional. “Com o projeto adequado, conseguimos dar mais qualidade de vida a esses moradores”. Até o momento foram feitas quase 100 obras de melhorias habitacionais e mais 50 estão em andamento. A expectativa é que sejam executadas mais 1,9 mil obras até o fim de 2018.

Uma resposta

  1. Olá. Quero parabenizar a equipe pelo trabalho e gostaria de saber mais detalhes do projeto. Por exemplo: o recurso para as reformas são dos moradores ou do Governo? Os trabalhos são apenas nas residências ou em ambientes urbanos? Questões sobre ausência de infra-estrutura urbana, caso exista, como são abordados?
    Obrigada

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