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Arquitetos participam de curso sobre Tabelas de Honorários no CAU/PA

Arquitetos e estudantes estiveram reunidos, no dia 19 de setembro, para participar do curso “Tabela de Honorários de Serviços de Arquitetura e Urbanismo”, realizado no auditório do Instituto de Ensino Superior da Amazônia (IESAM). O Curso foi promovido Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Pará (CAU/PA) e ministrado por Odilo Almeida Filho. Ele faz parte da direção nacional do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) e foi o coordenador dos trabalhos que envolveram diversas entidades e resultaram na criação das tabela de honorários adotadas pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR). Mais de 200 profissionais se inscreveram no curso.

 

 

Com carga horária de seis horas, o curso apresentou, inicialmente, um panorama histórico das tabela de honorários de serviços de arquitetura e urbanismo, para a compreensão da realidade dos profissionais para o processo de construção da tabela utilizada atualmente. Após essa introdução, o curso entrou em sua parte prática. O palestrante acessou a tabela disponibilizada no site do CAU e demonstrou como preencher os campos para chegar ao custo do projeto. Os participantes puderam acompanhar o cálculo online dos valores de alguns projetos e serviços de Arquitetura.

 

De acordo com Odilo, até 2010 os arquitetos tinham diversas tabelas para basear o orçamento dos projetos, o que dificultava a criação de um parâmetro coerente para a tarefa de atribuir preços aos serviços prestados. A primeira versão da tabela foi aprovada em 2011 pelo IAB, antes da criação do CAU. De 2012 a 2014, já com o Conselho em atividade, foi elaborada e aprovada a atual versão, com três volumes e 211 atividades exercidas pelos arquitetos listadas. “A tabela única, nacional e normatizada representa um fortalecimento para a categoria, que hoje possui um instrumento mais seguro e prático para auxiliar no cotidiano profissional”, explicou Odilo.

 

Após a apresentação e cálculo de cada exemplo, Odilo aproveitava para tirar as dúvidas dos participantes sobre como utilizar o programa de cálculo da tabela.

 

Sobre a dificuldade de chegar a um valor justo para todo o território nacional, respeitando as características de mercado das diferentes regiões, Odilo destaca que os valores são adaptados de acordo com o custo de mão de obra por metro quadrado cobrado em cada estado. “Há uma diferença que corresponde a uma vez e meia entre o maior e o menor preço no Brasil todo”, diz Odilo. “A tabela permite que o profissional tenha métodos para planificar todas as tarefas, mas é uma tabela indicativa. Os valores podem mudar de acordo com a realidade e o entendimento do arquiteto para atender o cliente”, avalia.

 

 

As 211 tarefas listadas preveem um projeto completo para o exercício formal da profissão, onde o custo total fica entorno de 5% do valor da obra. “Buscamos colocar a tabela em um padrão internacional e serve de manual de informação técnica para o cliente saber por quais serviços está pagando”, conclui Odilo.

 

O presidente do CAU/PA, Adolfo Maia, acredita que eventos como esse são fundamentais por proporcionarem capacitação e, além disso, permitirem o encontro de profissionais interessados em debater a Arquitetura e contribuir para o seu fortalecimento. Ele frisou que a tabela foi criada antes do CAU. “Esta é uma tabela das entidades de classe e foi homologada pelo CAU para ser utilizada como parâmetro”, explica Adolfo Maia.

 

O arquiteto Lucas Pereira avaliou o curso como válido porque o profissional sai da universidade sem ter um padrão. “Com esses cursos, temos uma noção de quanto podemos cobrar, qual o preço justo pelos nossos serviços, com todo o embasamento técnico para facilitar a composição de custos”, diz ele.

 

Para Diogo Carvalho, também arquiteto, “a tabela é uma ferramenta que torna para o cliente o projeto mais palpável e aceitável, porque sabe que o preço é baseado em uma realidade que abrange o país todo e a nossa região, ajuda acabar com as distorções e desequilíbrios no mercado, e valoriza o arquiteto na medida em que esclarece para a sociedade que é ele que vai garantir que os gastos numa obra serão precisos, sem retrabalho e prejuízo. É bom para o cliente e para os profissionais”, conclui.

 

A tabela de honorários utilizada atualmente pelo CAU/BR atende às exigências da Lei nº 12.378/2010, que instituiu o Conselho de Arquitetura e Urbanismo. O primeiro módulo da tabela fornece duas modalidades básicas de remuneração para a realização de projetos de edificações: percentual sobre o custo de execução da obra (critério recomendado internacionalmente) e remuneração através da soma das despesas (estimadas ou contabilizadas) de produção dos projetos, direitos autorais e lucro. Por meio dessas duas modalidades, o sistema permite estipular valores para projetos e serviços.

 

Publicado em 22/09/2015.

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