ARQUITETURA SOCIAL

Arquitetura e Urbanismo para todos: Inadequação e falta de moradias pioram no Brasil

 

 

 

Pesquisa da Fundação João Pinheiro revela o tamanho do desafio para a indústria da construção civil, incluindo arquitetos e urbanistas, no Brasil . O déficit habitacional foi estimado em 5.876.699 domicílios para 2019 (8% do total). Mais 24 milhões de domicílios apresentaram ao menos um tipo de inadequação (infraestrutura, edilícia e de inadequação fundiária) no Brasil. “Ao contrário do déficit, a inadequação não envolve a substituição de domicílios. Aqui, a gente foca na qualidade da habitação, passíveis de melhora”, explica Frederico Poley, coordenador da pesquisa Déficit Habitacional e Inadequação de Moradias no Brasil (2016 a 2019).

 

Veja íntegra da pesquisa

 

Estudo encomendado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) mostra que as mulheres foram as principais responsáveis por domicílios caracterizados como déficit. Com o crescimento da representação feminina, em 2019, cerca de 62% dos responsáveis por domicílios caracterizados como ônus excessivo com aluguel urbano eram mulheres, enquanto, no componente coabitação, elas eram 56%.

 

 

 

Déficit habitacional é a soma de moradias caracterizadas como domicílios precários, coabitação e domicílios com elevados custos com aluguel. Os domicílios precários cresceram de 1.296.754 em 2016 para 1.482.585 em 2019. No país a região Nordeste contribui com mais de 42% do total das habitações precárias, seguida pela região Norte, com 20,9% desse tipo de habitação. Porém, o ônus excessivo com aluguel urbano foi o principal componente do déficit. Passou de 2,814 milhões de domicílios em 2016 para 3,035 milhões em 2019.

 

 

“Para a população de baixa renda, grande parte desse ônus excessivo acontece no mercado informal, e as regras desse mercado são diferentes das do mercado formal, entre outros aspectos, pela dificuldade em se acessar instrumentos como os fornecidos pelo poder judiciário”, explica o coordenador da pesquisa. As regiões Sudeste, Nordeste e Sul foram as que mais contribuíram para o aumento do componente entre 2016 e 2019.

 

 

Já a inadequação domiciliar envolve a qualidade dos serviços habitacionais, que precisam de melhorias, não de substituição. Esse de tipo de habitação também cresceu, passando de 23 milhões para 24,8 milhões. Nos estados do Acre, Amapá e Pará, mais de 80% dos domicílios são considerados inadequados. Em São Paulo, esse índice é de 22%. Em Minas Gerais, que possui a menor percentagem no país, esses domicílios representam 18% do total.

 

O CAU defende moradia digna para todos os brasileiros!

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