Acessibilidade

Arquitetura que promove convívio

A conscientização de que todo projeto precisa ser acessível é fundamental para um envelhecimento com qualidade. As leis e as normas técnicas estão embasadas em três pilares: autonomia, conforto e segurança. A acessibilidade em um empreendimento será cada vez mais valorizada, pois a população mundial vem aumentando a expectativa de vida, como já mencionado na matéria ‘População que envelhece: cidades brasileiras preparam-se para um novo momento da pirâmide etária, o que amplia a necessidade de ambientes que facilitem a segurança, o conforto e a autonomia. Um ambiente acessível gera resultados positivos para todos: cliente, arquiteto, cidade e sociedade.

 

Foto: Divulgação

 

Acessibilidade é um indicativo de qualidade de vida, tema que norteou a reportagem ‘Cidade acessível para todos‘. E isso vale para todos os lugares que se propõem a serem abertos ao público – parques, calçadas, ruas, lojas. Projetos acessíveis são uma manifestação de respeito pela sociedade. “Respeito pelas diferenças e necessidades específicas de cada pessoa, permitindo que todas as pessoas usem, circulem e usufruam os ambientes com segurança, autonomia e conforto”, comenta a arquiteta e urbanista Liane Lautert Etcheverry. Acessibilidade gera benefícios para todas as pessoas, pois pode prevenir a ocorrência de acidentes, além de garantir o conforto e independência para todos, incluindo pessoas com dificuldades de locomoção, como os idosos e as pessoas com deficiência. “Locais com acessibilidade plena, por enquanto, são os hospitais. Os bancos também oferecem acessibilidade, incluindo rota acessível. Porém hotéis, restaurantes, lojas e outras tipologias ainda deixam muito a desejar”.

 

Lugares democráticos

Ainda que falte um longo caminho para que as cidades sejam acessível a todos, arquitetos e urbanistas democratizam lugares a partir de seus projetos e ajudam a ensaiar um futuro não distante em que a cidade será mais acolhedora com pessoas idosos ou com dificuldade de mobilidade. Para a arquiteta e urbanista Cristina Azevedo, investir em acessibilidade é uma resposta às boas práticas em projeto e também é bom negócio. Ela que, além de arquiteta e urbanista, é proprietária de uma academia no Moinhos de Vento, fez questão de desenvolver um projeto arquitetônico que atendesse todos os públicos. E afirma: os clientes percebem o diferencial do estabelecimento. A academia possui elevadores e equipamentos especiais que buscam atender a todos os frequentadores, sejam idosos ou pessoas com mobilidade reduzida. “Eu fico muito feliz com o resultado positivo que isso gera. Temos uma turma formada só por senhoras com mais de 60 anos. E, tão importante quanto o exercício físico, é o convívio social que o cuidado com acessibilidade promove para elas, pois só assim elas conseguem aproveitar a academia ”, comenta Cristina.

 

Fonte: CAU/RS

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