Arquitetos e urbanistas de Sergipe realizaram uma Oficina de Assistência Técnica Gratuita (ATG) com profissionais da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (CODHAB/DF). Luiz Sarmento e Sandra Marinho falaram do trabalho que envolve dez postos de assistência técnica nas comunidades da periferia de Brasília, mutirões comunitários para a construção de áreas de lazer e também concursos públicos de Arquitetura voltados para habitação social. A oficina fez parte do IV Seminário Estadual de Arquitetura e Urbanismo de Sergipe, realizado CAU/SE, com apoio da Comissão de Política Profissional do CAU/BR, e teve como público-alvo os profissionais que trabalham em órgãos governamentais.
“Atuar na Assistência Técnica é exercer a função social do arquiteto, o que não é explorado dentro das universidades. Descobrimos com a Assistência Técnica que podemos muito mais do que pensamos conseguir”, afirmou Sandra Marinho. Luiz Sarmento informou que uma das atividades da Assistência Técnica da CODHAB/DF em Brasília é o programa Ações Urbanas Comunitárias, projeto coordenado por ele. “Profissionais, estudantes de arquitetura e urbanismo e moradores voluntários de comunidades locais unem-se com o intuito de transformar coletivamente o espaço público. Além disso, existe também o programa de habitação do Distrito Federal, com soluções de moradia para famílias de baixa renda, denominado Habita Brasília”.
De acordo com Sandra, formar novas fontes de propagação do conceito de Assistência Técnica Gratuita do Distrito Federal é um dos principais objetivos dessas oficinas realizadas no país, ao longo de três anos de gestão da CODHAB/DF. “Precisamos multiplicar. Assim a assistência técnica ganha força não só no DF, mas em todo o Brasil, com várias redes de contatos que criamos. Assim provamos que é possível, desde que o nosso gestor, o arquiteto Gilson Paranhos, teve visão e comprou a ideia como um carro-chefe dentro da gestão pública. Vale ressaltar que é um projeto inédito no DF, não temos nada semelhante”, disse.
Ela acrescentou que compartilhar experiências não é perder o domínio de conteúdos. “É fazer ser visto, dividir e sentir as mudanças em moradias, com simples intervenções urbanísticas e/ou arquitetônicas. Nosso trabalho ajuda a cidade funcionar de maneira diferente, mais humana. Ver esses alunos e profissionais com o mesmo espírito nosso de assistência técnica é mostrar que podemos fazer algo mais através da arquitetura”.