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Bienal de Veneza: Brasil apresenta videoinstalação com oca indígena

Oca dos índios Kuikuro, do Alto Xingu – Reprodução

 

O Brasil tem participação importante na 17ª Bienal Internacional de Arquitetura de Veneza, que abriu suas portas em 22 de maio.  A partir da temática “Como nós viveremos juntos ?”, o curador, o arquiteto libanês baseado nos Estados Unidos Hashim Sarkis, pediu aos participantes propostas para, cada um à sua maneira, atacar as causas dos conflitos e das desigualdades que assolam o planeta.

 

Seguindo essa linha diretriz, o Brasil é representado com “Utopias da Vida Comum” projeto que tem curadoria do estúdio colaborativo Arquitetos Associados e do designer visual Henrique Penha. As duas salas do pavilhão brasileiro acolhem espaços chamados “Futuros do passado” e “Futuros do presente”, que tratam as utopias de ontem e de hoje quando o assunto é discutir as metrópoles contemporâneas.

 

Mas os brasileiros também estão presentes no pavilhão central da Bienal, no âmbito do projeto Future Assembly, uma iniciativa pilotada, entre outros, pelo artista Olafur Eliasson. É nesse espaço que está exposto Oca Red, uma videoinstalação fruto da colaboração entre o cineasta Takumã Kuikuro e o designer Gringo Cardia. O projeto mostra como o modo de vida dos indígenas pode contribuir na reflexão sobre o futuro da nossa maneira de viver.

 

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“A gente fez uma instalação mostrando a relação que os povos indígenas têm com o morar, com o viver junto e como se relacionar com o ao redor”, explicou Cardia ao portal UOL. Habituado com projetos espetaculares, esse arquiteto de formação deixou de lado as grandes construções para se concentrar nas tradições ancestrais dos índios Kuikuro, do Alto Xingu.

 

Mas foi graças às imagens e ao olhar do cineasta Takumã Kuikuro que o projeto de Veneza ganhou vida. “É muito importante mostrarmos nossa realidade. Como nós vivemos na aldeia e que nós estamos preservando e lutando pelo meio ambiente”, explica o cineasta.

 

Um dos símbolos de seu povo é representado em Veneza pelo Kuarup, tronco de árvore, mas também um ritual, que viajou até a Bienal. “O Kuarup é um ritual que todos os anos os índios fazem em referência aos mortos, como um círculo da vida”, conta Cardia. “A arquitetura, no século 21, tem que tentar fazer essa reconexão do homem, da sua casa, com o sagrado, que é a natureza em volta dele.”

 

 

Fonte: UOL

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