A Arquitetura e o Urbanismo e a sociedade ganharam um acervo de artigos publicados em revistas acadêmicas nacionais e internacionais, em jornais e livros para melhor compreender a organização das cidades. Durante os últimos 55 anos, o arquiteto e urbanista Paulo Ormindo de Azevedo reuniu materiais que retratam, em sua maioria, os dilemas e problemas urbanos do país e em particular de Salvador, onde atua, e sua Região Metropolitana e a Baia de Todos os Santos.

O conteúdo foi publicado em 19 de junho, num blog idealizado por Paulo Ormindo e contém, ainda, capítulos de livros organizados por outros autores. A ideia do arquiteto, que também é conselheiro do CAU/BA e professor titular aposentado da Faculdade de Arquitetura da UFBA, foi reunir essa produção tão diversificada e estruturá-la em três tipos de coletâneas: artigos acadêmicos, publicados em livros e revistas com ISBN, e os de divulgação, publicados em jornais, além das referências dos livros de sua autoria.
O livro Cusco, Continuidad y Cambio, já em segunda edição no Peru, por ser de difícil consulta no Brasil, foi o único reproduzido na íntegra no blog. Os demais estão organizados por títulos, datas de publicação e temáticas para facilitar a consulta.
“Durante mais de um ano escaneei os artigos acadêmicos. Eu tinha a maior parte dos artigos de jornal em word. Não tinha cópia de alguns mais antigos e tive que fotocopiar em arquivos e digitar. Todo esse material foi classificado em oito temas, o que facilita muito a consulta”, avalia Paulo Ormindo, que há anos escreve sobre Arquitetura e Urbanismo para jornais de Salvador.
No blog é possível encontrar capítulos de livros e artigos dispersos, difíceis de serem consultados por pesquisadores, segundo constatação do arquiteto e urbanista. O material foi classificado, cuidadosamente, pelos temas: Arquitetura e Urbanismo, História e Protagonistas, Região Metropolitana e Baia de Todos os Santos, Estado da Bahia, Política Nacional e Internacional, Cidade do Salvador, Cultura e Educação e Preservação e Centros Históricos.
Os registros agregam, também, informações sobre o Centro Antigo de Salvador e suas políticas de preservação, a visão do autor sobre conservação e inovação, formação de opinião pública sobre patrimônio urbano e ambiental, cultura urbana, luta cidadã e política nacional. Tem ainda textos que discutem questões conceituais, especialmente de preservação do patrimônio edificado e da inserção da “Arquitetura nova” em contextos históricos.
Para Paulo Ormindo o blog é uma referência para os futuros arquitetos e urbanistas. “Primeiro, como modelo e metodologia, que pode servir de estímulo a outros arquitetos e professores, que têm sua produção dispersa, a fazerem o mesmo. Segundo, como material de pesquisa para dissertações e teses universitárias”.
As publicações no exterior resultam de inúmeros convites que Paulo Ormindo recebeu para participar de congressos e seminários, pelas consultorias que realizou para a UNESCO na América Latina, Caribe e África Lusófona, nas décadas de 1970 a 1990, bem como pela repercussão do Inventário do Acervo Cultural da Bahia, IPAC-SIC, projeto em sete volumes, que coordenou e redigiu.
O trabalho do arquiteto sobre os problemas culturais, ambientais, urbanos, metropolitanos e políticos genéricos do país e especificamente de Salvador e da Bahia, não se encerra com o blog. Ele está organizando material sobre as obras de Arquitetura contemporânea e de restauração de sua autoria, que não foi incluído no blog, para publicar como livro, com plantas e fotos. “Não como um figurino, para atrair novos clientes, senão para mostrar a estudantes e profissionais iniciantes os dilemas que estão por detrás do desenho”, ressalta Paulo.
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2 respostas
Parabenizo o Arquiteto e Urbanista Paulo Ormindo pelo acervo. Sem dúvida será também de grande valia em pesquisa para dissertações e teses universitárias.
Neste capítulo que se inicia, buscar-se-á, num primeiro momento, tratar das liberdades de comunicação”, termo utilizado para tratar dos direitos de liberdade, constitucionalmente assegurados, que estão umbilicalmente ligados à comunicação. A doutora Helena Abdo (2011), reportando-se aos autores Desmond Fisher e Edilsom Farias, aponta que termo liberdade de comunicação” prevalece nas obras mais recentes borim imoveis e especializadas, pois tal expressão tem sido considerada mais rica e abrangente, sendo capaz de não apenas englobar todos os direitos e liberdades contidos nas demais formulações (liberdades de pensamento, opinião, expressão, imprensa, além do direito à informação), mas também de expressar outros aspectos importantes não contidos nessas concepções. Chama a atenção que já em 1798 direito de expressar-se livremente, por qualquer que fosse meio, possuía limites legais, na medida em que havia previsão expressa de que indivíduo que abusasse de tal liberdade seria responsabilizado nos termos da lei.