Um dos atrativos de Petrópolis, Região Serrana do Rio, é apreciar, além das belezas naturais, a arquitetura da cidade. Andar pelas ruas do Centro Histórico é um passeio cultural. As casas centenárias, tombadas como patrimônio histórico, garantem a preservação da arquitetura. Mas quem observa alguns casarões percebe que nem todos os imóveis tombados estão conservados.
Com 139 anos, a Casa Franklin Sampaio, que já foi sede do governo do estado, está com grades enferrujadas, jardim descuidado e parte do forro desabando. Os proprietários dizem não ter dinheiro para fazer a reforma do imóvel, que é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). O Ministério Público Federal pediu, na Justiça, que o IPHAN restaure o casarão.
“A cidade perde em primeiro lugar em riqueza cultural e perde também em turismo, em divisas para a cidade, que tem fundamentalmente o apelo cultural e histórico que a gente está perdendo”, comenta a presidente da AMO-Centro Histórico, Myriam Born.
Outro exemplo de casarão fechado é a Casa Barão de Mauá. Também localizado no Centro Histórico, o imóvel recebeu entre os meses de outubro e dezembro do ano passado um evento de arquitetura e decoração. Hoje, no entanto, quem chega ao local encontra o casarão de portas fechadas.
Situado em frente a Praça Dom Pedro, o Chalé Paula Buarque, que foi sede da Caixa Econômica Federal por muitos anos, foi vendido em 2013. Desde então está fechado e disponível para aluguel. Já o prédio onde ficava uma agência do Banco do Brasil, desativada em 2012, também está fechado. O local, que é tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (INEPAC), se destaca entre os imóveis vizinhos, que são comerciais. Todos são belos espaços bem localizados no Centro de Petrópolis, mas inutilizados.
“Acho que é um crime contra as futuras gerações, contra a população que aqui sobrevive. Nós não podemos permitir isso”, destaca Myriam Born.
A produção da Intertv entrou em contato com o IPHAN, prefeitura de Petrópolis e Banco do Brasil para saber se os casarões mostrados na reportagem serão recuperados e abertos ao público, mas não obteve respostas.
Uma resposta
Acho muito triste.È uma perda cultural grande.