O case do programa Nenhuma Casa sem Banheiro foi apresentado durante a Semana da Habitação 2023, nesta sexta (28 de julho) pelo conselheiro do CAU/RS Carlos Pedone. Idealizado no estado de origem de Clóvis Ilgenfritz, propositor da Lei da ATHIS, o programa vem projetando a arquitetura como fator de geração de saúde.
48% dos domicílios gaúchos abrigam famílias com renda de até três salários mínimos, público beneficiado pela Lei de ATHIS. Segundo Pedone, o CAU/RS já apontava a relação entre saúde e arquitetura e urbanismo por meio do programa Casa Saudável, dedicado a produzir melhorias habitacionais para pessoas idosas. Mas 2020, com a urgência de melhorias sanitárias impostas pela pandemia da covid-19, esta perspectiva ganhou projeção. O projeto piloto foi aplicado na região da grande Porto Alegre, onde o déficit de unidades sanitárias indicava 30 mil residências, no final de 2021.
O Gabinete de ATHIS do CAU/RS aponta dados sobre a incidência de doenças provocadas ou agravadas por más condições sanitárias e de moradia, além do custo para recuperação da saúde. Assim, defende a integração de profissionais de arquitetura e urbanismo às equipes de saúde do SUS. “Nossa tese é de que a casa doente deixa o morador doente, e quem tem o remédio para curar a casa doente é o arquiteto e urbanista”, explicou Pedone. Durante a palestra, o conselheiro falou sobre os resultados que o programa atingiu até o momento, entre volume de reformas, financiamentos parcerias e arranjos institucionais.
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