O Sistema de Comunicação e Informação do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (SICCAU) passou por um diagnóstico profundo, cujos resultados foram apresentados na Plenária do CAU/BR de agosto e, simultaneamente, à Plenária do CAU/SP. A avaliação, conduzida pela NEO BIZ, identificou as causas dos problemas no sistema.
O Diagnóstico Sistêmico Ágil revelou que, embora o SICCAU tenha sido eficaz nos primeiros anos, já não atende às demandas atuais. Um questionário aplicado à comunidade de arquitetos e urbanistas mostrou que 58% dos usuários classificam o tempo de resposta como insatisfatório ou regular, e 64% relataram interrupções frequentes. A satisfação média ficou em 5,6, demonstrando que o sistema não corresponde às expectativas dos profissionais.
Além do questionário, entrevistas e análises de uso real do sistema revelaram dificuldades como a falta de integração entre as comissões e a subutilização do Centro de Serviços Compartilhados (CSC), que muitas vezes toma ciência dos problemas do sistema apenas após a publicação de novas normas.
Entre os problemas mais graves estão uma base de dados desorganizada, um código desatualizado e uma equipe de TI subdimensionada. O diagnóstico concluiu que o sistema está em falência operacional, sendo necessário um redimensionamento para lidar com o aumento da complexidade nas operações do CAU.
Propostas para o futuro do SICCAU
Para reverter a situação, o diagnóstico apresentado pelo gerente de Projetos da empresa NEO BIZ, Wesley Victal Pereira, e pelo especialista em Automação e Serviços Digitais, Alan Joh Hayashi propôs três frentes de ação:
- Desenvolver um novo sistema digital.
- Manter o sistema atual até a transição.
- Reestruturar processos legislativos com maior envolvimento técnico.
Durante a plenária conjunta, conselheiros de São Paulo defenderam uma interface mais intuitiva e um sistema adaptado às realidades regionais. Também sugeriram aproveitar o conhecimento dos profissionais que participaram da criação original do SICCAU, evitando um novo começo do zero.
A presidente do CAU/BR, Patrícia Sarquis Herden, reafirmou o compromisso da autarquia em garantir que o novo sistema, provisoriamente chamado de “CAU Digital”, seja uma construção coletiva, envolvendo tanto as áreas técnicas quanto os conselheiros. “Estamos em um momento decisivo, em que podemos vislumbrar o futuro a curto, médio e longo prazos”, destacou.
Segundo ela, o diagnóstico não dá respostas prontas, mas aponta alternativas que serão discutidas coletivamente, garantindo a participação de todos os estados e profissionais. A transparência será fundamental na transição para uma nova plataforma, oportunidade de modernizar a ferramenta e, ao mesmo tempo, melhorar a experiência dos usuários, impactando diretamente o exercício da arquitetura e urbanismo no Brasil.
O gerente do CSC, Bruno Torquato, garantiu que o cronograma de implementação será compartilhado para incluir as diferentes necessidades regionais e aprender com os erros do passado.
O diagnóstico também já foi apresentado ao Colegiado de Governança do Centro de Serviços Compartilhados (CG-CSC), ao Fórum de Presidentes dos Conselhos de Arquitetura e Urbanismo dos Estados e do Distrito Federal (FPRES), e no Encontro Nacional das CEPs. O objetivo é garantir que todos possam participar ativamente da construção deste novo SICCAU, levando em consideração as diversas realidades das unidades.
Quer saber mais? Acesse a Plenária dos dias 29/8 no canal oficial do CAU/BR no YouTube.