Patrimônio

CAU/BR participa de debates sobre conservação do patrimônio no ArquiMemória

Foto: Ícaro Souza

O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) marcou presença no Encontro Internacional sobre Preservação do Patrimônio Edificado (ArquiMemória6), que aconteceu de 5 a 8 de novembro, em Salvador, Bahia. O evento, organizado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil Departamento da Bahia (IAB-BA) e pela Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia (UFBA), contou com o apoio do CAU/BR e do CAU/BA e teve como tem central “Democracia, Diversidade e Reconstrução”.

Durante os quatro dias de evento, os participantes debateram temas relacionados à conservação do patrimônio e acompanharam palestras de autoridades e pesquisadores nacionais e estrangeiros. Os debates abordaram vários aspectos, como recuperação de bens após desastres e conflitos, além de meios para conservação de todos aspectos envolvem a memória de um povo.

O evento foi organizado em cinco eixos temáticos, os quais tiveram atividades voltadas para reflexão a respeito do patrimônio, da democracia, dos direitos humanos e da diversidade.

O arquiteto e urbanista Nivaldo Andrade, conselheiro pelo CAU/BA e coordenador geral do ArquiMemória, explicou a importância do evento. “O ArquiMemória é, certamente, o maior evento da área do patrimônio cultural do Brasil e um dos maiores da América Latina. Nós tivemos 600 participantes nessa edição de várias partes do Brasil e de outros países”, contou.

Para Nivaldo Andrade, foi muito importante ter profissionais de vários países debatendo a respeito da democracia, um dos temas centrais da edição de 2024. “É importante que o Brasil implemente políticas públicas para a preservação dos lugares de memória da ditadura militar, porque alguns países vizinhos, que tiveram ditaduras militares violentas com violação de direitos humanos gravíssimas, já fizeram isso”, frisou.

CAU/BR no ArquiMemória

No dia 6/11, o vice-presidente do CAU/BA, Ernesto Carvalho, representou a “Câmara Temática de Patrimônio: Do Histórico-Cultural ao Ambiental” na mesa-redonda sobre “Desafios da Preservação do Patrimônio Edificado na Contemporaneidade: teoria, projeto e política”.

Durante o debate, o arquiteto e urbanista Flávio de Lemos Carsalade, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), falou sobre experiências italianas pós-brandianas de intervenções novas no tecido antigo. A mesa contou também com a participação da arquiteta e urbanista Natália Miranda Vieira de Araújo, professora da Universidade Federal de Pernambuco, que abordou, em sua fala, os embates entre decisões técnicas e políticas na preservação do patrimônio.

No dia 7/11, o vice-presidente também participou da mesa-redonda. “O Conselho de Arquitetura e Urbanismo na preservação do patrimônio cultural brasileiro”, que teve a participação das coordenadoras da Comissão de Patrimônio Cultural do CAU/SP, Maíra Barros e Bruna Fregonezi.

No dia 8/11, Ernesto também coordenou a “Sessão de comunicação 49 Patrimônio modernista”, na faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia.

Ernesto Carvalho falou sobre o papel da Câmara Temática de Patrimônio, que tem como tema central a valorização da política de preservação do patrimônio, seja ele de valor histórico artístico arquitetônico, material ou imaterial. O vice-presidente destacou que eventos como ArquiMemória contribuem para a criação de um ambiente de discussão e valorização do patrimônio brasileiro. “Esses ambientes são fundamentais para troca de experiências e defesa de posição para valorização do nosso tão diverso patrimônio”, completou.

Carta de Veneza

O ArquiMemória também celebrou os 60 anos da Carta de Veneza e os 30 anos da Conferência de Nara, documentos que se tornaram referência no campo do patrimônio nas últimas décadas. Por meio de um eixo especial dentro da programação, o ArquiMemória propôs reflexões teóricas e aplicações práticas das ideias presentes nos dois documentos históricos.

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