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O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) participou, no dia 6/12, do 1º Simpósio de Emergências Climáticas em Arquitetura e Urbanismo, que aconteceu em Recife (PE). O evento, que é resultado de uma parceria entre o CAU/PE e a Câmara Temática de Meio Ambiente e Extremos Climáticos do CAU/BR, teve como tema principal “O papel ético dos profissionais de arquitetura e urbanismo frente à emergência climática das cidades brasileiras”.
O presidente do CAU/PE, Roberto Salomão, participou de forma remota e deixou uma mensagem destacando a importância do assunto central do simpósio. “Esse tema é extremamente importante para todos nós arquitetos e urbanistas em função de nossa vocação, enquanto urbanista e arquiteto, nas cidades brasileiras. Nossa responsabilidade é imensa nesse contexto”, frisou o presidente.
A conselheira federal Leila Marques, coordenadora da Câmara Temática de Meio Ambiente e Extremos Climáticos do CAU/BR, abriu o evento falando sobre o trabalho desempenhado pela Câmara, que conta hoje com representes de todas unidades federativas. “Nosso objetivo principal é construção de um Plano Nacional Integrado de Resiliência Urbana. Precisamos de representantes de todos os estados, para cada um apresentar sua contribuição das suas especificidades e regionalidades”, explicou. A conselheira explicou que, dada a dimensão continental do Brasil, há vários tipos de eventos, chamados hojes de extremos climáticos, que podem abalar as áreas construídas. “Nós mexemos com o meio ambiente e nós precisamos fazer isso com responsabilidade, sobretudo com conhecimento do que é a justiça climática”, reforçou.
A conselheira também destacou o conceito de resiliência. “A resiliência é a palavra que significa o seguinte: alguns desastres estão em curso. Por mais que nós mudemos nosso comportamento como seres humanos e profissionais, nós sabemos que não há mais reversão para algumas situações e, por isso, precisamos cuidar dos ambientes que nós construímos, planejamos e projetamos, para que eles sejam resilientes, para que eles possam sobreviver”, explicou.
Também participaram da abertura do evento as conselheiras do CAU/PE Sueli Mangabeira, que faz parte da Câmara temática, e Juliana Santos, que representou o presidente do CAU/PE.
Painéis
Ao longo do simpósio, os participantes puderam acompanhar especialistas na área propondo debates e soluções na área do meio ambiente. Gisela Santana, doutora em Psicologia Social pela UERJ e especialista em restauração e reutilização em arquitetura, falou sobre o conceito de cidades sustentáveis e o que precisa ser feito para implementá-las.
Em seguida, Simone Feigelson Deutsch, mestre e doutora em Engenharia Civil e pós-doutora em Turismo e Cidades pela UFF, enumerou dificuldades das grandes cidades atualmente e fez uma análise sobre os desafios enfrentados pelos planos diretores municipais brasileiros.
Para falar a respeito da perspectiva paisagística, foram convidadas Ana Rita Sá Carneiro, professora titular do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFPE, e Maiara Mota, pesquisadora do Laboratório da Paisagem (UFPE). As duas falaram sobre o papel da arquitetura na integração com o ambiente natural.
O arquiteto e urbanista Fabiano Diniz, mestre em Desenvolvimento Urbano e doutor em Geografia, abordou a questão da resiliência e adaptação como estratégia de conservação de sítios históricos.
Após as apresentações, todos esses palestrantes que se apresentaram na parte da manhã participaram de um debate em que puderam trocar experiências e tirar dúvidas.