No dia 22 e 23 de setembro o CAU BRASIL participou do terceiro tópico da série de debates online intitulada ‘Global Architecture Exchanges’. Nesta etapa, o tema foi “Casas Economicamente Acessíveis – Como os arquitetos podem lidar com inequidades sociais?”. Este evento é promovido pelo Instituto Real de Arquitetos Britânicos (RIBA), com o apoio do CAU BRASIL e de entidades dos Estados Unidos (AIA), China (ASC), Austrália (AusIA), Holanda (BNA), Japão (JIA), Coréia (KIA), Nova Zelândia (NZIA) e Irlanda (RIAI).
Os países presentes no debate mostraram os desafios enfrentados em seus países para conseguir moradia digna para todos. Os países mostraram as políticas públicas e outros tipos de iniciativas adotados para melhorias habitacionais e fornecimento de moradias de boa qualidade a pessoas necessitadas. Além disso, lhes foi perguntado como as políticas públicas dos seus países podem ajudar ou frustrar os esforços de trazer melhores condições de habitação social. Desta forma, abriu-se uma discussão acerca de como conseguir esforços de outras áreas além do governo, e como iniciativas do governo podem trazer um panorama mais favorável na resolução de problemas acerca de pessoas sem moradia.
Participaram da reunião Jeremy McLeod, do Instituto de Arquitetos da Austrália; Gerry Cahill, do Instituto Real de Arquitetos da Irlanda; Ar. Hideki Iwahori and Ar. Ako Nagao, do Instituto de Arquitetos do Japão; Arch Liu Xiaozhong, da Sociedade de Arquitetura da China; Sakata Izumi, do Instituto de Arquitetos do Japão; e Lanre Gbolade, do Instituto Real de Arquitetos Britânicos.

“O que arquitetos podem fazer para lidar com as desigualdades sociais?” foi o tema de debate da segunda roda de conversa do tópico “Casas Economicamente Acessíveis”. Participaram dessa etapa Simon Ha, do Instituto Americano de Arquitetos (AIA); Gerry Cahill, do Instituto Real de Arquitetos da Irlanda; Lanre Gbolade, do Instituto Real de Arquitetos Britânicos; e Renato da Gama-Rosa Costa, que representou o CAU Brasil, a convite da Presidência.
Em sua apresentação, Renato Costa mostrou alguns dados relacionados à desigualdades habitacionais e falta de acesso à infraestrutura urbana adequada a parte da população. Ele fala um pouco da trajetória de luta de arquitetos e urbanistas por maiores subsídios governamentais, que culminou na criação de legislação específica sobre Assistência Técnica, formação do CAU e destino de uma porcentagem da verba recebida pelo CAU para a ATHIS. Ele menciona algumas atividades realizadas durante o evento UIA 2021, que aconteceu no Rio de Janeiro, que ajudaram a fomentar discussões acerca de como melhorar as condições de habitação social e possibilitar o acesso à assistência técnica para toda a população.

Na discussão, Simon Ha, do Instituto Americano de Arquitetos, mencionou a importância da participação de arquitetos e urbanistas no processo de elaboração de políticas públicas do país. Um projeto irá causar um determinado tipo de impacto na área onde for construído, mas a inserção de uma política pública para melhorias habitacionais da população irá afetar um contingente maior de pessoas.
Foram pensados também como construir casas em grande quantidade, de modo a suprir as necessidades dos habitantes sem casas para morar, mas sem afetar a qualidade dessas casas. Critérios de sustentabilidade e uso de materiais com reduzidos custos manutenção também foram apontados como critérios desejáveis a serem alcançados nessas construções de residências para pessoas de baixa renda, uma vez que o respeito a esses critérios irá proporcionar menores custos para que essas construções permaneçam funcionando a baixos custos de manutenção.
Uma resposta
Que tipo de solução construtiva foi adotada ?