CAU na COP 30

CAU na COP30 destaca o Patrimônio Arquitetônico e Urbano de Manaus

 

 

No último painel do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) sobre o tema “Manaus – Patrimônio Arquitetônico e Urbano”, realizado durante o CAU na COP 30 – Seminário Amazônia Legal, o debate se concentrou em questões culturais e arquitetônicas relacionadas ao patrimônio edificado da capital amazonense. O evento contou com a presença de especialistas renomados e foi mediado pelo arquiteto e urbanista Carlos Eduardo Pedone, proporcionando uma discussão rica sobre a preservação e valorização do patrimônio cultural da região amazônica.

A arquiteta e urbanista Graciete da Costa, conselheira federal do CAU/BR por Roraima, trouxe importantes reflexões sobre a evolução urbana de Manaus, baseadas em estudos realizados pela Universidade de Brasília (UnB). A conselheira destacou a importância de dividir a história da cidade em períodos para compreender melhor os processos de transformação do seu espaço urbano. Além disso, Graciete ressaltou a carência de estudos acadêmicos aprofundados sobre a arquitetura manauara, chamando atenção para os atrasos nas pesquisas e a necessidade de novos olhares sobre o patrimônio local.

Jussara Derenji, arquiteta e especialista em paisagismo, apresentou um panorama sobre os dois grandes teatros da Amazônia que estão em processo de reconhecimento como Patrimônio da Humanidade. A fala de Jussara destacou a relevância desses patrimônios não apenas como marcos culturais, mas como símbolos da identidade amazônica que merecem reconhecimento internacional.

Beatriz Calheiro, superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Amazonas e especialista em gestão de projetos, trouxe à tona questões relacionadas à preservação do patrimônio cultural sob uma perspectiva amazônica. Ela enfatizou que o patrimônio cultural da região deve ser considerado um componente central no planejamento urbano e no desenvolvimento sustentável. “Pensar o patrimônio não é só sobre o que é belo, mas sobre o que nos torna únicos e como ele pode garantir a sustentabilidade e a melhoria de vida da população”, afirmou Beatriz. Ela também apresentou um panorama dos patrimônios materiais tombados em Manaus, entre eles o Teatro Amazonas, o Reservatório do Mocó, o Mercado Municipal Adolpho Lisboa, o Conjunto Arquitetônico e Paisagístico do Porto de Manaus, o Encontro das Águas dos rios Negro e Solimões, e o Centro Histórico de Manaus.

Beatriz concluiu sua fala destacando a grandiosa identidade cultural da região amazônica, que necessita de maior reconhecimento e valorização, não apenas por suas belezas naturais e culturais, mas também por seu potencial de impulsionar o desenvolvimento urbano e econômico local.

Ao final das apresentações, o público participou de um debate com os palestrantes, que discutiram questões adicionais e responderam dúvidas, fortalecendo ainda mais a importância de se preservar o patrimônio amazônico em um contexto global.

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