Foto: Divulgação/Seop
O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro (CAU/RJ) foi destaque em uma matéria do jornal O Globo que abordou o problema das construções ilegais em áreas dominadas pelo tráfico e pela milícia, as quais têm se tornado uma fonte de renda adicional para o crime organizado. A recente demolição de um condomínio com 40 prédios, sem licença ou documentação, localizado no Complexo da Maré, realizada por agentes da Secretaria de Ordem Pública (Seop), trouxe à tona a questão das edificações irregulares nas favelas e suas consequências.
A matéria destacou que o déficit habitacional é um dos principais fatores que impulsionam a expansão desordenada nas cidades, levando, muitas vezes, à construção de imóveis sem a devida autorização ou acompanhamento técnico. Essa expansão, além de agravar a falta de infraestrutura e de serviços públicos, também coloca em risco a segurança dos moradores dessas áreas.
Em resposta à crescente preocupação com as construções irregulares, o CAU/RJ, em parceria com o Crea-RJ, organizou um seminário para discutir alternativas para a urbanização e o ordenamento das favelas. O evento reuniu especialistas, autoridades públicas e representantes da sociedade civil para debater soluções que promovam o desenvolvimento urbano sustentável e seguro.
Para o presidente do CAU/RJ, Sydnei Menezes, a intervenção do poder público é crucial no combate às obras irregulares e ao exercício ilegal da profissão. Ele destaca que:
“O combate às obras irregulares e ao exercício ilegal da profissão é fundamental para que se tenha o mínimo de ordenamento no território urbano. Não é possível que mais de 70% das obras, serviços, projetos não tenham acompanhamento técnico. Nós precisamos mudar essa realidade e agir é uma obrigação do poder público, como tem feito nessas situações.”
(Com informações do CAU/RJ)