O Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo (CAU/SP) e o Instituto Tebas de Educação e Cultura firmaram Acordo de Cooperação durante a 11ª Reunião Plenária no dia 28/11.
O objetivo geral é promover, por meio de ações conjuntas, a valorização, preservação e difusão da memória e do patrimônio cultural de povos originários e negros do estado de São Paulo. Também se trata de ampliar o inventário das referências do patrimônio cultural destes povos em SP.
O público-alvo do Acordo, além dos profissionais de Arquitetura e Urbanismo, são pesquisadores, atores do poder público, associações e a sociedade civil. A duração prevista é de 12 meses.
“Evidentemente que nós construímos esta pauta para o Mês da Consciência Negra. É uma tentativa, a partir de um importante acordo de cooperação proposto pela Comissão de Políticas Afirmativas (CPAF), de fazer justiça ao tema“, comentou a presidente do CAU/SP, Camila Moreno de Camargo, durante a reunião plenária.
A presidente lembrou que o CAU/SP é o único CAU/UF em que a sua Comissão de Políticas Afirmativas é “ordinária”, isto é, integra o Conselho Diretor da autarquia.
Valorizar a profissão e a diversidade
“Circulava no falar do povo, ali por volta de 1792, na encruzilhada entre as atuais Rua Direita, Quintino Bocaiúva e Álvares Penteado uma palavra de origem ao mesmo tempo ‘quimbundo’ e ‘tupi’, que queria dizer ‘porreta’, ‘bamba’. ‘Joaquim’, diziam, ‘é um ‘Tebas’”, esclareceu o escritor Abilio Ferreira, da área de Relações Institucionais do Instituto Tebas.
“É essa a ideia que nós trazemos para o Conselho de Arquitetura e Urbanismo nesta parceria para fazer ecoar essa ideia pelo estado de São Paulo, para valorizar a profissão de arquiteto e urbanista, e para valorizar a diversidade que deve conter esta profissão que constrói a cidade, o estado e o país”.
Pelo Acordo de Cooperação trata-se de:
- Identificar, valorizar e difundir o patrimônio cultural e arquitetônico dos povos originários e negros;
- Estimular e qualificar a atuação dos(as) arquitetos e urbanistas nas áreas de preservação, valorização e difusão deste patrimônio;
- Capacitar e sensibilizar os atores do poder público e sociedade para atuar na preservação, valorização e difusão deste patrimônio, entre outro propósitos;
O plano de trabalho prevê:
- Realização de eventos e atividades afins de capacitação e difusão nas áreas de preservação e valorização do patrimônio cultural dos povos originários e negros do estado de SP;
- Promoção de ações para identificação e ampliação do inventário de referências e patrimônio culturais originários e afro-diaspóricos, entre outros itens.
O Instituto Tebas de Educação e Cultura é uma organização sem fins lucrativos criada em 2020. Trabalha pela “valorização da memória e do patrimônio cultural negro e indígena como forma de construção de uma sociedade verdadeiramente democrática”.
(Com informações do CAU/SP)