Diversos Conselhos de Arquitetura e Urbanismo do país se manifestaram na segunda-feira, dia 3 de setembro, sobre o incêndio que levou à ruína o mais antigo patrimônio cultural do país, o Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro, na véspera.
O CAU/RJ publicou uma nota a respeito ao incêndio ocorrido no Museu Nacional, no Rio de Janeiro. “Não podemos deixar de repudiar, veementemente, o descaso como a cultura fluminense e nacional vem sendo tratada. O prejuízo é imensurável e o patrimônio cultural, científico e imaterial brasileiros não podem mais ser tratado como um objeto descartável”, diz.
“As chamas que destruíram o Museu Nacional causaram também marcas profundas nos cidadãos brasileiros. A tragédia anunciada transformou milênios de história em cinzas. A realidade é dura, mas devemos encará-la: o Brasil é um país em que seus filhos ainda morrem por desnutrição infantil, e os que sobrevivem sofrem sem acesso a saúde e educação e programas de inclusão social. Acrescenta-se agora à lista: sem memória”.
Veja na íntegra: CAU/RJ
Além disso, o CAU/RJ juntamente com o CREA-RJ publicou uma nota de apoio e solidariedade à comunidade lamentando pela tragédia. ” Lamentavelmente, o Museu Nacional é a mais nova vítima da falta de compromisso com o patrimônio cultural, científico e imaterial brasileiros”, diz a nota.
Veja a nota completa: CAU/RJ
O CAU/PR reproduziu um artigo, em forma de poesia, do conselheiro federal suplente pelo Rio de Janeiro, Washigtongton Farjado. “Estamos assistindo a maior tragédia cultural e científica da história do país. Que as gerações futuras de brasileiros nos perdoem”, diz ele.
Veja a publicação completa: CAU/PR
O CAU/SP emitiu uma nota oficial expressando o seu pesar pelo acontecimento e relembrou a importância da conservação de um patrimônio. “Em chamas, o Brasil amanheceu, mais uma vez, sob o impacto de uma tragédia anunciada. Sobretudo pelo descaso, perde-se parte significativa da identidade cultural brasileira, feita com base na apropriação e valorização de heranças e representada pelas técnicas construtivas de sua Arquitetura, coleções, pesquisas e patrimônio humano. Repetimos com pesar que não basta tombar, é necessário conservar”, diz a nota.
“Assim, o Brasil vive um dos capítulos mais deprimentes de sua existência. Apaga-se o passado e sob o vazio não é possível construir nada. Não há alicerce ou estrutura capazes de sustentar uma nação sem história. E a forma como um país cuida de sua história diz muito sobre o que ele é e, ainda mais, sobre como fatalmente será”.
Veja a nota na íntegra: CAU/SP
O CAU/PE reforçou seu posicionamento nacional e lamentou o grande momento de tristeza para todo o país diante da perda do Museu Nacional. Em nota, o conselho ainda colocou que é importante que seja feito um levantamento imediato de todos os bens em situação de risco.
Além disso, foi feito um alerta para outras importantes áreas históricas e relembrou do documento elaborado pelo CAU/BR com propostas para os candidatos na eleição de 2018. “O alerta é ainda mais forte para áreas históricas, como Olinda, Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade, segundo a Unesco; o sítio histórico de Igarassu e espaços-museu como a Capela Dourada”.
Veja na íntegra: CAU/PE
O CAU/ES expressou por meio de uma nota o seu pesar pela perda irreparável. E relembrou da importância de preservar outros patrimônios tombados existentes no país. “O estado de precariedade do museu e de tantos outros edifícios históricos no país vem demonstrar o desinteresse político na preservação da cultura, num grande descaso com a sociedade e seus valores básicos”.
Veja na íntegra: CAU/ES
O CAU/GO declarou a importância de todas a sociedade brasileira se mobilizar diante do acontecimento. “A destruição do Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro, não pode passar em branco. Essa tragédia deve servir como um grito de basta contra o abandono, a negligência e a destruição da memória nacional. A realidade, lamentavelmente, é que a situação do Museu Nacional não é um fato isolado. Outras tragédias iguais podem ocorrer.”
Veja na íntegra: CAU/GO