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CAU/MT participa da Feira Edificar 2015, em Cuiabá

 

As dificuldades em temas como mobilidade urbana e habitação popular não são novidades para quem vive nas cidades brasileiras. Em Cuiabá, às vésperas de seus 300 anos, tais assuntos estão “na boca do povo, mas ainda distante de soluções eficientes, e cabe aos governantes dar mais atenção às propostas que os profissionais da Arquitetura e Urbanismo têm a sugerir”, afirmou o presidente do CAU/MT, Wilson Fernando Vargas de Andrade, no painel “Cuiabá 300 anos: Que cidade queremos Edificar?”, durante a 3ª Feira de Negócios da Habitação e Construção de Mato Grosso (Edificar), na última quinta-feira (21/05).

 

O coordenador do debate,  José Antônio Lemos dos Santos, conselheiro do CAU/MT, ao discutir as propostas de recuperação do Centro Histórico da capital mato-grossense, explicou que “uma das maneiras de Cuiabá ser uma cidade moderna é considerar seu passado histórico, cuidando de seu patrimônio no presente para desfrutarmos dele ainda no futuro”.

 

A questão do patrimônio cultural de Cuiabá foi o tema apresentado pela professora Thais Bacci, da Universidade de Cuiabá, que falou sobre restauro e recuperação de prédios históricos. “É possível em alguns casos que sejam realizadas adaptações à vida moderna, mas desde que estejam de acordo com o que prevê o Instituto de patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN”. A profissional ainda explicou que as edificações tombadas devem ser ocupadas desde que tenham uso adequado, pois a ocupação facilita a conservação e a reintegração do bem à sociedade, restabelecendo sua trajetória histórica.

 

A questão ambiental também foi destacada, considerando que a cidade de Cuiabá possui dois importantes rios, o Cuiabá e o Coxipó, e 21 córregos. Todos devem possuir suas áreas de preservação permanente, conforme prevê a legislação. “Temos que lançar um olhar diferente sobre essas áreas, pois elas não são um entrave ao desenvolvimento, pelo contrário, uma cidade que sabe conviver com a natureza traz maior qualidade de vida à sua população”, afirmou Doriane Azevedo, professora da Universidade Federal de Mato Grosso e membro do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), que falou a respeito dos vetores de crescimento que impactam nos empreendimentos públicos e privados. “O modo como um gestor público orienta o crescimento de uma cidade, pode transformá-la no melhor ou pior dos lugares”, finalizou.

 

Outro tema de grande importância para a melhoria do espaço urbano foi apresentado pela professora Albéria Cavalcanti, do Instituto Federal de Mato Grosso, que falou sobre as “Tecnologias aplicadas ao desenvolvimento urbano”. Entre os projetos desenvolvidos pelo IFMT que podem ser amplamente utilizados pela construção civil, está o concreto permeável para calçadas. O produto evita o acúmulo de água nas edificações evitando danos às obras e alagamentos que podem colocar a população no entorno em risco.

A professora Carmelina Suquere, da Universidade de Várzea Grande, trouxe aos participantes as sugestões de projetos para espaços livres que podem ser parques, praças, mirantes em pontos estratégicos e de fácil acesso às pessoas.

 

Todas as propostas dos profissionais da Arquitetura e Urbanismo ficaram expostas na programação da Feira de Negócios da Habitação e Construção de Mato Grosso – Edificar 2015, que aconteceu entre 21 e 24 de maio no Centro de Evento do Pantanal. O CAU/MT contou com estande de visitação permanente ao longo do evento. O objetivo foi divulgar as ações realizadas pelo Conselho a fim de estimular a valorização e o aprimoramento da profissão de arquitetos urbanistas. O estande ainda contou com a participação de membros do IAB-MT para promover a integração entre a diretoria recém eleita e os profissionais.
 
 

Publicado em 25/05/2015. Fonte: CAU/MT.

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