Projetos capazes de promover a Assistência Técnica em Habitação de Interesse Social, inserir mais arquitetos e urbanistas no mercado de reformas populares e reforçar ações emergenciais de combate à pandemia do novo coronavírus foram tema de um debate virtual realizado pela Comissão de Política Profissional (CPP) do CAU/BR. “Nosso objetivo é descobrir como nós arquitetos vamos nos apresentar para minimizar essa situação de vulnerabilidade que atinge milhões de pessoas”, afirmou a conselheira Josemée Lima, coordenadora da CPP.
Evento contou com a participação do empresário Fernando Assad, do Programa Vivenda, e Mario Vieira, diretor da ONG Habitat para Humanidade no Brasil. O Vivenda é uma empresa que faz pequenas reformas na periferia de São Paulo. São oferecidos kit de reforma para salas, quartos, cozinhas e banheiros, com projeto de reforma e financiamento. Com duas lojas na cidade, já promoveu mais de 1.600 obras.
A Habitat para Humanidade é uma organização filantrópica internacional, presente em 70 países. No Brasil, em oito anos atendeu 80.000 famílias atendidas. Nesta pandemia, está oferecendo kits de higiene e de limpeza a comunidades em situação de vulnerabilidade social e instalando hidropontos nas entradas de comunidades para higienização.

MELHORIAS HABITACIONAIS
Durante o evento virtual, foram debatidas propostas para organizar a indústria de reformas para população de menor renda. Foram mapeadas recentemente mais de 50 organizações no país dedicadas a esse setor, mas um dos principais desafios é como financiar essas obras. Fernando Assad apresentou uma nova tecnologia de orçamentação que pode facilitar a concessão de crédito.
Programa Vivenda desenvolveu um plugin do Sketchup para extrair orçamentos direto das imagens de reformas propostas. Fernando explicou que, com algumas informações digitadas pelo morador, o programa oferece rastreabilidade da obra de cabo a rabo, desde o financiamento, até as ordens de serviço e os materiais utilizados. A ideia é que essa tecnologia seja oferecida em lojas de material de construção.
De posse dessa tecnologia, Vivenda e Habitat para Humanidade desenharam um plano para atender famílias que vivem em moradias precárias, com a reunião de esforços de 25 instituições que já trabalham com habitação de interesse social.

PARCERIAS PARA UMA NOVA INDÚSTRIA
Neste momento, estão buscando parceiros para investirem no plano de de melhorias habitacionais, com custo estimado de R$ 5,5 milhões destinados para pagamento de profissionais, mão de obra e materiais, e mais R$ 625 de crédito para as instituições estruturarem os serviços.
Com essa organização, pretende-se beneficiar 750 famílias de baixa renda que teriam suas casas reformadas. Com esse plano, a intenção é desenvolver uma infraestrutura de serviços e de rede de operadores única no Brasil, com potencial de se multiplicar e garantir longevidade no mercado da construção civil.
“Nós aprendemos a ser varejo com lojas de reformas planejadas na periferia e também aprendemos a ser banco, porque sem financiamento não há como operar”, disse Fernando Assad.
2 respostas
Sou candidata a vereadora aqui no município de Conceição do Araguaia-Pará. Gostaria de saber como poderia incluir algumas famílias de baixa renda que possa ser beneficiada por este maravilhoso Projeto. Aproveito para parabenizá-los.
Denise, por favor entre em contato com a Central de Atendimento do CAU de segunda a sexta, das 9h às 19h (horário de Brasília). Confira nossos contatos:
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