A Comissão de Política Profissional está visitando projetos de assistência técnica realizados no Brasil para conhecer de perto as condições em que estão sendo aplicadas a Lei Nº 11.888/2008, que assegura às famílias de baixa renda assistência técnica pública e gratuita para o projeto e a construção de habitação de interesse social. Após conhecer iniciativas promovidas em Sâo Paulo e no Rio de Janeiro, os conselheiros federais do CAU/BR visitaram dois postos de assistência técnica da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab).
Um dos postos visitados foi na comunidade do Sol Nascente, considerada uma das maiores favelas do Brasil. Os conselheiros Wellington Veloso (PA), coordenador da CPP, Josemée de Lima (AL) e Wellington Camarço (PI) foram recebidos pelo presidente da Codhab, Gilson Paranhos, que falou da experiência pioneira que está sendo realizada com a presença de jovens arquitetos junto a comunidades carentes. “Assistência Técnica se aprende fazendo. A diferença do trabalho de uma comunidade para outra é muito grande, só estando aqui para sentir”, afirmou. Desde o início do ano, a Codhab já abriu 10 postos de assistência técnica, com o o objetivo de promover melhorias nas habitações, melhorar o espaço público e regularizar as áreas.
A Codhab e seus arquitetos e urbanistas só trabalham em áreas regulares passíveis de regularização. “O governo às vezes quer nos colocar em áreas mais desenvolvidas, mas temos que estar dentro do problema e junto à comunidade. Temos que mostrar às pessoas que somos técnicos, e não políticos”, disse a arquiteta Lucélia Duda. Uma experiência que vem se destacando ´são os mutirões comunitários, em que arquitetos e moradores pintam muros, constroem praças e promovem melhorias no espaço público. Tudo isso sempre com recursos da própria comunidade. “Fazer melhorias nas casas é essencial, mas já estamos atuando também em infraestrutura e regularização”, afirma Gilson.
O conselheiro Wellington Veloso perguntou sobre a emissão de RRT dos serviços. Segundo a Coshab, todos são feitos, inclusive os RRT de Urbanismo, registrando a construção de calçadas e outros equipamentos. “Geralmente, a primeira preocupação em casos assim é regularizar a área, mas a Codhab já está entregando qualidade de vida aos moradores”, disse o conselheiro Wellington Camarço.
“Nós arquitetos não sabemos a força de nosso trabalho. É essencial para qualquer governo”, afirma o presidente da Codhab.
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Publicado em 06/05/2016