CAU/UF

Complexidade urbana demanda integração entre natural e construído

Pensar numa cidade que dialoga com a natureza de forma sustentável passa por conceitos como cidade parque e cidades resilientes andam lado a lado. Por isso, os dois temas guiaram a  manhã de debates no Auditório Tabocas nessa quarta-feira (26), segundo dia do Fórum Internacional HOJE Cidades Sustentáveis, que é realizado junto ao 4º Congresso Pernambucano de Municípios, no Centro de Convenções, em Olinda.

 

Relação entre o natural e o construído pautou o debate no auditório Tabocas / Foto: Raul Kawamura

 

Doutora em sociologia urbana e coordenadora do Inciti, a professora da UFPE Circe Monteiro destacou que a visão de cidade parque é uma visão de futuro, que enxerga os espaços urbanos como sistemas complexos, a fim de construir as transformações necessárias a cada território. “É a ideia de reconciliar a cidade com a natureza, repensar o território e conectar pessoas. Se trata de devolver ao espaço público a confiança de que ali é um espaço de diálogo e convivência”, defendeu.

 

Em seguida, o arquiteto e urbanista Alexandre Ramos, mestre em tecnologia ambiental e gerente de Sustentabilidade da Secretaria de Meio Ambiente do Recife, apresentou diversos pontos sensíveis à resiliência das cidades – característica que traduz a capacidade que os territórios têm de atravessar “perturbações” e voltar ao equilíbrio. “Em Pernambuco, não tem como falar de resiliência sem falar da questão hídrica, das cheias e secas do Estado, com as quais convivemos desde o século XIX. Essas são realidades permanentes, e cabe a nós encontrar soluções para essas situações”, argumentou.

 

A manhã de palestras contou ainda com mediação do radialista Severino Sulipa, presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Una, que também ressaltou a diversidade da ocupação do território do Estado e a consequente diferença nas relações entre os cidadãos e os espaços. “A gente tem uma extensão de 184 municípios, cada um com uma realidade totalmente diferente. Enquanto a metrópole tem cheias, o sertão tem secas, e isso prejudica a produção e o sustento das pessoas”, afirmou.

 

O impacto na população também foi destacado pela prefeita de Surubim, Ana Célia, presente à mesa. “É no município que se efetiva a política pública e não dá para o gestor improvisar. É preciso ter esse planejamento para a cidade ser mais segura, mais inclusiva, mais sustentável”, assegurou.

 

O Fórum Internacional é uma realização do CAU/PE e acontece até esta quinta-feira (27.7), em conjunto com o 4º Congresso Pernambucano de Municípios, promovido pela Amupe.

 

Fonte: CAU/PE

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