Um bom planejamento se inicia a partir de informações que permitam ao profissional, de qualquer área de atuação, estabelecer as melhores estratégias para atingir seus objetivos. Quando relacionamos essa ideia ao olhar do marketing isso implica em fazer um esforço importante para conhecer o comportamento dos consumidores e clientes, uma vez que tudo no marketing começa a partir dessa perspectiva.
É a partir dessa premissa que Michel Vasconcelos, especialista em marketing e inteligência competitiva, irá fazer uma apresentação na II Conferência Nacional de Arquitetura e Urbanismo sobre como os profissionais do setor devem abordar o marketing no planejamento e na prática de seu trabalho. A apresentação ocorrerá durante o painel “O planejamento profissional da Arquitetura e Urbanismo”, de responsabilidade da Comissão de Planejamento e Finanças (CPFi). O debate ocorrerá das 9 às 12 horas do domingo, dia 8, sendo aberto a todos os inscritos na conferência.
“O planejamento deve ser apoiado nos conceitos de marketing, marca, design thinking e em um profundo conhecimento sobre as pessoas para os quais os projetos são desenvolvidos”, diz ele, mestre em Antropologia do Consumo pela Universidade Federal Fluminense, com mais de 20 anos de experiência em pesquisa mercadológica, análise de mercado e comportamento do consumidor.
Para ilustrar a apresentação, o especialista tomará como referência o case Ecossistema Social Camburí.
A Praia de Camburí é uma das principais praias da capital do Espírito Santo e reúne em seus arredores mais de 130 mil pessoas, alguns dos bairros mais conhecidos e populosos de Vitória e algumas das maiores empresas do Estado. Entre elas, uma vizinha: a Vale. Pensando nessa convivência a Vale e a Ecosocial, empresa com foco em estudos exploratórios de mercado e laboratórios de cocriação, desenvolveram o projeto Ecossistema Social Camburí.
“O Ecossistema Social Camburí – conta Michel Vasconcelos – reuniu metodologias múltiplas de pesquisa e conhecimento, com destaque para a abordagem do design thinking e estudos de inspiração etnográficas, para tornar a Praia de Camburí melhor a partir do ponto de vista das pessoas. A partir deste desafio, foram três meses de pesquisas, com a realização de atividades diversas como observação, análise de dados secundários, mapeamento de tipos de usuários, entrevistas em profundidade, imersão em conteúdo digital e laboratórios de criação colaborativa”.
O resultado, afirma ele, revelou elementos sobre a percepção da população, demandas coletivas e individuais, comportamentos, usos da praia e possibilidades de melhorias para suporte ao desenvolvimento de projetos de intervenções urbanísticas para a Praia de Camburí.
A CPFi é coordenada pelo arquiteto e urbanista Anderson Fioreti de Menezes, 1º. vice-presidente do CAU/BR.