
O arquiteto e urbanista francês David Mangin, professor na École d’Architecture de la Ville et des Territoires de Marne-la-Vallée e da École des Ponts et Chaussées, apresentou na manhã da última quarta-feira, dia 9 de novembro, a palestra “O chão da cidade”, durante o Encontro Preparatório e Planejamento para 2023 da Comissão Especial de Relações Internacionais do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CRI/CAU Brasil).
Mangin é reconhecido por diversos projetos incluindo o ordenamento para o bairro Les Halles, centro histórico de Paris, selecionado em 2004 pelo prefeito da cidade. Durante a palestra o arquiteto mostrou como alguns conceitos de arquitetura podem dialogar com espaços públicos, planejamento urbano de rotas e coordenação urbana. Além disso, destacou projetos em diversas cidades como Paris, Barcelona, Pequim e Munique que abordam como os espaços públicos abertos e gratuitos podem ser acessíveis para a população.
David Mangin apresentou um diagnóstico com questões presentes nas grandes cidades como a utilização dos automóveis, a artificialização dos solos, os impasses do planejamento urbano contemporâneo, grande distribuição em periferias, redes urbanas e a extensão do limite privado e racionalização do espaço público e das redes.
Segundo o arquiteto, “o planejamento urbano precisa integrar questões da natureza e da biodiversidade. Para projetar de forma diferente, você tem que olhar de forma diferente”, explicou.
Outro tema abordado durante a palestra foi como o urbanismo atravessa perímetros e itinerários. Mangin evidenciou a importância de pensar o planejamento urbano para pedestres e desenhar a cidade de uma outra maneira, tornando caminhável com suas vias residências e comércios.

O conselheiro federal integrante da CRI, Valter Caldana, coordenou a sessão da palestra e considerou a pesquisa de David bastante sofisticada. Caldana ainda falou sobre a manhã de discussões do Encontro Preparatório e Planejamento para 2023 da CRI e como a palestra vem de encontro com os temas levantados como, por exemplo, a ATHIS. “Avançamos em conversas que envolvem políticas públicas nacionais como a Lei da Assistência Técnica para Habitação de Interesse Social e a pesquisa de Mangin reforça vem de encontro também com o que vem sendo discutido no CAU Brasil”.
ACESSE A APRESENTAÇÃO DO ARQUITETO NA ÍNTEGRA