O Parque de Natal foi cenário de uma discussão antológica sobre Reserva Técnica, com a participação de arquitetos e urbanistas e estudantes do curso de arquitetura do Rio Grande do Norte. Através do evento organizado pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do RN (CAU/RN), os mais de 100 profissionais presentes tiveram a oportunidade de externar seus receios, críticas, anseios e sugestões sobre o fim da Reserva Técnica, tema de campanha do CAU/BR e que traz à tona discussões inflamadas por parte da categoria, principalmente pela forma como foi apresentado o assunto através das redes sociais.
Para discutir o assunto, estiveram presentes a presidente do CAU/RN, Patrícia Luz, Cristiano Rolim, presidente do CAU/PB, Welison Silveira, assessor jurídico do CAU/PB, Hector Bezerra, assessor jurídico do CAU/RN, Fátima Caribé, coach e educadora organizacional, Fabricio Amorim, presidente do IAB-RN e Fernando Costa, conselheiro federal do CAU/BR.
De acordo com a presidente Patrícia Luz, a oportunidade foi encarada como mais um importante bate-papo, dando ênfase ao profissionalismo. “É o momento de contribuir, por isso precisamos estar unidos e que as entidades estejam envolvidas”.
Para o presidente do CAU/PB, Cristiano Rolim, a ética se resolve. “Nós temos que inverter esse comportamento e precisamos contribuir para isso, a fiscalização precisa ser feita”. O conselheiro federal Fernando Costa destacou que o assunto é discutido desde 2012 e que a Reserva Técnica não é um procedimento normal. “A nossa tabela de honorários busca o que é correto”. Hoje a remuneração correta do arquiteto é correspondente a seis salários mínimos, mas de acordo com os participantes do evento, esse montante foge da atual realidade.
Fabrício Amorim, presidente do IAB-RN, disse que o evento uniu os arquitetos em prol de um ideal. “Essa Campanha desde junho tem nos feito lutar por uma boa prática, excelência da nossa atividade e honorários mais juntos”.
A coach Fátima Caribé orientou os arquitetos a olharem esse momento como uma oportunidade. “Olhem para esse momento, vejam a oportunidade atrás disso, pois é a partir de agora que vocês podem fazer diferente e se perguntem: qual é o mundo onde queremos viver?”
Hector Bezerra, assessor jurídico do CAU/RN, enfatizou que os arquitetos estão sujeitos às penalidades do Código do Consumidor e relembrou a importância dos contratos. “Os contratos precisam conter todos os detalhes da prestação de serviço e lembre-se que vocês estão sujeitos ao Código de Defesa do Consumidor”. Na ocasião, o assessor jurídico do CAU/PB, Welison Silveira, citou o caso de uma arquiteta de São Paulo que foi denunciada junto ao Conselho e que sofreu penalidades. A NBR 6492 também foi pontuada na ocasião, pois exige apresentação do projeto de forma completa ao cliente.
Ao final, foi sugerido a realização de outro momento como esse para responder os questionamentos expostos pelos arquitetos. Os presidentes do CAU/RN e do CAU/PB garantiram que as considerações sobre a campanha de combate à Reserva Técnica serão apresentadas no Fórum de Presidentes do CAU/BR. O evento arrecadou latas de leite que serão doadas a uma Instituição.
O que acham os arquitetos:
“ Eu acho que o arquiteto tem cobrar o que deve no projeto, temos que cobrar um valor justo”. Diogo Maia – 10º período de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Potiguar.
“Nós temos que valorizar nosso projeto e não utilizar desse artifício da comissão, que faz com que o cliente, muitas vezes , gaste mais e, ainda, sendo desleal com ele”. Rayssa Soares – 10º período de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Potiguar.
“Essa discussão é essencial para que o arquitetos reflitam sobre seu papel perante a sociedade e que esse momento sirva como uma retomada para os profissionais. Sugiro, ainda, que o CAU crie um selo de reconhecimento aos escritórios”. Mariana Paixão – Arquiteta e Urbanista.
“É desonesto. É propina. Me sinto envergonhada de fazer isso perante ao cliente e já pensei em desistir da profissão várias vezes, pois viramos vendedoras de loja. Sou a favor da verdade, mas me pergunto como vou sobreviver a isso. É preciso que a gente se una ou, então, vamos ter que conseguir um emprego em loja”. Ana Clara – Arquiteta e Urbanista.
“Quando entramos no mercado, viramos vendedores de loja. O mercado antes era diferente, antes o arquiteto não era acessível. Hoje, em todo canto existe comissão e isso prostituiu nossa profissão, porque tem colegas que não cobram projetos. Se eu não tivesse me associado a uma pessoa que entendesse de escritório, eu já teria virado vendedora”, Andrea Cariello.
Publicado em 25/09/2015. Fonte: CAU/RN
51 respostas
O que me impressiona é que num assunto tão polêmico (polêmico o suficiente para ser debate num evento desse) as opiniões dos arquitetos apresentadas nessa publicação “O que acham os arquitetos” são TODAS na mesma direção, todos contrários à Reserva Técnica. Muito feio, assessoria de comunicação do CAU/BR, isso não é atitude de quem quer abrir um debate saudável, democrático. Eu sou sim contrário à essa reserva técnica, mas conheço muitas pessoas que são favoráveis. Apresentar uma reportagem utilizando as entrevistas daqueles que são contrários é manipular dados. CAU, mais uma vez decepcionando…
Apresentamos o que são desfavoraveis porque esses apenas merecem ser arquitetos e seguem a ETica
Concordo! Parabéns!
E ainda temos que ver que os nossos concorrentes são designers de interiores, decoradores e muitas vezes com um cursinho profissionalizante qualquer… que prejudicam o mercado e também recebem RT, sem serem criminalizados por isso!
Flavio concordo com vc.
Acho a discussão bastante saudável e quero saber o que o CAU fará “de fato” pela classe de arquitetos.
Inacreditável a resposta de Marcelo…(espero que ele não seja algum representante do CAU)
Flávio, o CAU esqueceu de comentar q nos USA a RT é tão comum que é regulamentada por LEI!!!!
Nos países ricos, onde a mentalidade dominante é o Livre Mercado, a livre concorrência, é o mercado q determina a remuneração e não um Conselho, coisa de ditadura.
Os arquitetos são muito bem remunerados no exterior porque eles fazem parte da cadeia de produção da construção civil, e cobram o preço que quiser por isso.
Está correto o Flávio. Mas a Gisele fez a colocação perfeita!!! Parabéns. Estamos em um país livre ou numa ditadura? Temos que ter liberdade de negociação ampla.
A dificuldade de contratação de projetos pela sociedade é de fácil diagnosticação.
Pela tabela de honorários do CAU, realmente, para a maioria da população, o projeto é inacessível e, infelizmente, não existe um enraizamento cultural dos benefícios que um bom projeto traz a uma obra. Quem compra projetos ou são pessoas com alto poder aquisitivo ou grandes empresas, que podem bancar todas as etapas de um bom projeto.
No entanto, se houvesse uma linha de crédito que financiasse o projeto, assim como existem várias que financiam o material e até mesmo a construção, onde o cliente pudesse parcelar esse investimento da mesma forma como nas outras linhas de crédito, o produto projeto teria mais facilidade de penetração em diversas camadas da sociedade.
De que vale uma lei que obriga a elaboração e aprovação dos projetos antes da execução da obra se o próprio governo faz vista grossa pra grande maioria das construções particulares, porque sabe que as pessoas tocam como podem porque não têm crédito?
Além do mais, a rt cria na sociedade um sentimento de que o projeto tem que ser barato, já que há clientes que pagam pouco ou nada pelo projeto sem saber que estão financiando a rt do arquiteto.
É assim que vejo a maneira de acabar com a “reserva técnica”:
1º facilitando a venda do projeto.
2º punindo quem faz uso da rt, pois prejudica a classe trabalhista e toda a cadeia envolvida.
3º punindo quem oferece rt, também, pois, pelo viés sugerido pela Arquiteta Ana Clara, citada na reportagem, trata-se de corrupção ativa.
Mas, até que as medidas contra a rt realmente funcionem, acho pertinente a pergunta da mesma Arquiteta: como sobreviver a isso?
Sou Arquiteto e, infelizmente, não tiro meu sustento do projeto, porque tem que ser muito barato, é pouco entendido pela sociedade e porque há outras atividades dentro da própria Arquitetura, ditas “de menor nobreza”, que rendem mais, mesmo que não seja aquilo que eu goste realmente de fazer.
No mais, felicito a todos os CAUs e ao IAB que participaram do evento e trouxeram essa importante discussão à luz.
Pouco sabe voce sobre a aplicação da tabela. Por isso a Grita em torno do assunto TABELA. Deve se aprofundar antes de prejulgar o cliente final
Tem que combater também os sites de projeto pronto, que banalizam a venda de projetos, que muitas vezes são comercializados a preço de banana, e muitas vezes também não existe a emissão de RRT e/ou ART. Considero estes sites uma prática muito mais prejudicial à nossa profissão do que a RT. A tabela de honorários serve pra que? Pra colocarmos o valor de nosso projeto em cima dela, e não termos como competir com esses sites lixo????
Sempre me incomodei, com reserva técnica.
Tudo que é feito escondido do cliente, não é correto.Afinal as reservas são sempre oferecidas longe do cliente!
É uma prática que deve acaba e se possível, revertida em desconto para o cliente! Por este, estar acompanhado de um profissional, o que pressupõe numa venda mais acertiva.
O cliente contrata um arquiteto e as lojas dão desconto, por já possuírem um profissional orientando.
Assim acho que todos ganham.
A reserva técnica é ilegal tanto para o Arquiteto quanto ao lojista.
O Arquiteto não dá recibo e o lojista não pode contabilizar.
Acho que deveria existir uma forma de tornar isto legal com a participação de todos, Cau, Arquitetos, lojistas, clientes, etc,
Com transparências e ética.
Para solucionar esse problema é necessário resolver a questão da remuneração dos Arquitetos. E não falo somente do profissional liberal, falo do profissional contratado.
Questões como piso salarial e carteira assinada que ainda não é seguido a risca na nossa categoria.
Eu sou contra a Reserva Técnica mas realmente essa prática é muito comum no Mercado e quem não participa fica meio mau visto no meio. É muito difícil cobrar por um projeto de arquitetura por ser um assunto subjetivo (Não é como comprar uma poltrona, uma cadeira ou mesmo a torneira mais moderna e eficiente que o cliente viu na loja). O cliente tem consciência de que não sabe fazer a obra de sua casa, mas acha que pode “fazer” um projeto com a ajuda do empreiteiro.
Além disso, muitos arquitetos que fazem obra dizem não cobrar pelo projeto, mas o cliente paga sem saber porque o valor está embutido no custo da obra e nas comissões que provavelmente irão receber dos fornecedores envolvidos. Quem apresenta uma proposta certinha discriminando os valores de projeto e obra acaba perdendo a concorrência.
Mas não podemos desanimar. Temos que mudar essa cultura!
O pior de tudo é concorrer com as lojas pois elas mesmo inflamam essa pratica, e hoje estão colhendo o que plantaram.
Penso que devemos valorizar o nosso trabalho de criação e leitura dos anseios de nossos clientes e cobrar um preço justo por este trabalho, buscar o melhor custo beneficio para nosso cliente.Sou contra a reserva técnica prefiro buscar a qualidade e o melhor preço e repassar o desconto para o cliente.
Parabéns CAU!!!! Este é um momento histórico para a nossa profissão! Costumamos perder nas concorrências desleais com os outros “profissionais” que cobram pelos seus projetos valores baixíssimos visando ganhar muito dinheiro com a Reserva Técnica, sem o conhecimento dos clientes, que acham que estão fazendo um excelente negócio. Sempre alertamos os clientes quanto a essa prática, mas a maioria não acredita e acha que estamos querendo justificar o valor do nosso trabalho. Trabalhem pela valorização do Arquiteto diretamente com a população, mostrem a ela que contratando um arquiteto que trabalha dentro da ética profissional ela só tem a ganhar!!!
Penso que o CAU/BR deveria tomar primeiramente inciativas que valorizassem o trabalho do arquiteto e urbanistas mostrando à sociedade a importância e benefícios de se contratar um profissional. Tal inciativas poderiam ser, por exemplo, reportagens vinculadas à TV, revistas e jornais. A forma como a forma da RT vem sendo colocada, depõem contra o profissional colocando-o como um profissional desonesto e não ético.
Outros pontos que devem ser discutidos:
– como assegurar que a loja va repassar o não pagamento da RT e dar ao cliente o desconto devido;
– a prática é adotada também por formados em Design de Interiores, que não estão sobre a fiscalização do CAU. Como uniformizar o comportamento?
– e como o CAU está conduzindo a não prática da RT junto às lojas de forma a não criar um mal-estar entre lojistas, profissionais e clientes?
QUE TAL RESOLVER PRIMEIRO A QUESTÃO DA REMUNERAÇÃO DOS ARQUITETOS E SÓ ENTÃO PROCURAR UMA FORMA DE RETIRAR A RT. A RESERVA TÉCNICA EXISTE PORQUE A REMUNERAÇÃO É MUITO BAIXA E O CONSELHO ANTES DE AJUDAR O ARQUITETO FICA NESSA DE COBRAR RRT, ANUIDADES E OUTRAS TAXAS. QUEM CRITICA RT NÃO TRABALHA COMO ARQUITETO, NÃO VIVE DA ARQUITETURA EXCLUSIVAMENTE. QUERO OUVIR A OPINIÃO DE QUEM NÃO TEM PADRINHO E LUTA TODOS OS DIAS CONTRA O SISTEMA DE COBRANÇAS DOS ÓRGÃOS QUE DEVERIAM TE AJUDAR. IMAGINEM VOCÊS SE A OAB COBRASSE POR CADA AÇÃO NA JUSTIÇA, É ISSO QUE O CAU FAZ, CADA PROJETO QUE VOCÊ COMEÇA A DESENVOLVER O CAU QUER UM PEDAÇO E AINDA QUER RETIRAR A RT QUE VOCÊ RECEBE EVENTUALMENTE. QUE TAL IREM MAIS FUNDO? QUE TAL A RESTRIÇÃO DE COMPRA DE CAMINHÕES DE TIJOLOS, CIMENTO, AREIA E AÇO POR CIDADÃO COMUM. SE VOCÊ VAI NA FARMÁCIA COMPRAR UMA ASPIRINA PRECISA DE UMA RECEITA, MAS SE VOCÊ FOR NA LOJA E MATERIAL DE CONSTRUÇÃO COMPRAR 50 SACOS DE CIMENTO, 100.000 TIJOLOS E 8 CAMINHÕES DE AREIA PARA CONSTRUIR UMA FAVELA SEM SANEAMENTO BÁSICO PODE? SERÁ QUE O GUIA TURÍSTICO TAMBÉM É UM CRIMINOSO POR LEVAR VOCÊ NA LOJA EM QUE ELE RECEBE RT? POR QUE NÓS ESTAMOS MASSACRANDO MAIS A CATEGORIA ANTES DE IMPLEMENTAR FERRAMENTAS QUE NOS ASSEGUREM UMA REMUNERAÇÃO JUSTA? MUITO FÁCIL ABRIR UM DEBATE COM ESTUDANTES QUE VIVEM AS CUSTAS DOS PAIS E NÃO DEPENDEM DA ARQUITETURA PARA PAGAR OS IMPOSTOS DO GOVERNO E AS TAXAS DO CAU.
OUTRA QUESTÃO QUE O COLEGA MENCIONOU, EU NÃO VOU RECEBER RT, MAS O DECORADOR VAI?
O CORRETOR DE IMÓVEIS PODE RECEBER PERCENTUAL SOBRE VENDA DE UM IMÓVEL QUE VOCÊ LEVOU MESES PRA PROJETAR E ISSO TAMBÉM É JUSTO? O CAU MAIS UMA VEZ QUER CRIMINALIZAR O ARQUITETO COMO SE ELE FOSSE O PREDADOR ALFA DESSA SELVA.
OI, Rafael, é isso aí?!!! Qdo escrevi o meu comentário acima, não tinha visto os seus comentários. Tb citei os advogados e corretores, que tem proteções de suas classes,
assim como, seus honorários garantidos judicialmente.
Para nós, só estão estipuladas taxas a pagar, para receber, estamos lançados na “cadeia global”, !!!
Parece cômico, se não fosse trágico. Existe uma lei de economia chamada de Lei de Say que diz q o produto gera a demanda. E também, uma outra Lei chamada de Utilidade Marginal que preconiza que o valor de um produto não é determinada por quem produz mas pela utilidade subjetiva de quem está comprando… ou seja, um produto ou serviço se é muito desejado, útil, bonito o preço dele sobe. Se este mesmo produto é ruim, inferior ou inútil o preço desaba.
Assim sendo, não são os arquitetos que ditarão o preço do seu trabalho, mas a qualidade , a escassez ou a abundância de ofertas! Põxa….quantos arquitetos entram no mercado de trabalho? Milhares… ora, a remuneração decaiu não foi por causa das RT’s!, foi pelo excesso de demanda e a péssima formação dos profissionais.
Ah, me poupem … essa conversa é provinciana demais, típica de país socialista onde os profissionais desconhecem a cadeia global de produção.É a mentalidade atrasada, controladora q pensa que pode impor renda por decreto. Deus que me livre!
Com certeza absoluta, na sua “cadeia”, vc ou alguém de sua família, já pagou as porcentagens “decretadas”( ou
seja, estipuladas pelas classes em defesa dos profissionais quer sejam advogados(15 a 20%) e ou corretores(5 a 6%), cujos processos ou procedimentos, se estancam quando o cliente, não paga..
Portanto, a sua teoria, cai por terra… pois, não é porque 1 profissional é + bonitinho que o outro não. São regras conquistadas e estipuladas pelas classes. Quem quer advogado ou corretor, já tem ciência das porcentagens estipuladas e taxadas. Já nas obras arquitetônicas, as prefeituras tb têm suas taxas de aprovações estipulas, assim como as PORCENTAGENS DE ISSQN (2% A 3% DA MÃO DE OBRA, COM EXCLUSÃO dos Serviços do AUTOR OU RESPONSÁVEL TÉCNICO),assim como, para retirar a CND no INSS, a % da mão de obra estipulada, vai do cliente ao Federal, mas também, não inclui a mão de obra de serviços de Projeto/Obra, tt do arquiteto, como engenheiro),a serem recolhidas pelos proprietários. Aliás nos cartórios, tt judiciais ou de Registros de imóveis, as taxas, já estão todas taxadas nos imóveis, assim como no ITBI nas prefeituras. No entanto , ao Arquiteto Autônomo ou empresário, a única coisa, que já nos estão estipuladas são impostos ISSQN , taxas e outros, E,como por similaridade, poderia o Chico Anísio, ter dito: “OS HONORÁRIOS, ó!!! Por outro lado, os engenheiros e arquitetos que são obrigados a pagar os ISSQNs (além DE TRABALHAREM P/ ESTAS PREFEITURAS, LHES FORNECENDO OS DADOS E ÁREAS COMPLETAS,)dos que os proprietários já pagam aos orgão municipais (+ o INSS, aos FederaIS), estes orgãos municipais, os quais contratam profissionais,os quais estão isentos destes recolhimentos, diferentemente das construtoras, empresas arquitetos ou engenheiros, ou autônomos. Portanto, estes profissionais estão lançados nesta “cadeia global”, sem % estipuladas pra receber, mas certíssimas pra PAGAR!!!
Porque as regras são diferentes pra categorias diferentes? Tanto pra receber, qto pra pagar? Mas chato ainda, é ouvir alguém que deve estar “bem acomodado”(registrado com direitos a 13o e férias) a tentar abafar uma classe que paga pra trabalhar e está buscando, tb o reconhecimento de seus direitos.
Tu, simplesmente, ignoras como funciona uma sociedade socialista!
Cômico é alguém vir aqui e afirmar que uma definição de marcado do século XVIII (formulada por um partidário do liberalismo e representante do radicalismo filosófico) serviria para precificar os serviços profissionais dos arquitetos, ignorando este mesmo mercado dos dias atuais, ignorando o consumo de massas, o mercado globalizado através dos desserviços da mídia massificadora dos meios de comunicação que tem garantido a venda de qualquer produto em qualquer lugar do mundo, tenha ele qualidade ou não!
O CAU infelizmente tem mostrado preocupação com a forma com que cada profissional cobra ou deixa de cobrar por seus projetos. Estamos em um país de livre concorrência ou não? Reafirmo a Gisele, no primeiro comentário, parece coisa de país socialista, uma sociedade que não consegue dar liberdade para as pessoas trabalharem, tudo tem que ser regulado e PIOR!!! CRIMINALIZADO!!! DITADURA??? Esse conselho está disposto a defender a profissão e os profissionais, ou quer coibir nossas atividades e impor o medo a seus membros? Haja vista que outros profissionais continuam a oferecendo serviços de arquitetura (infelizmente) e não estão sob CAU, e para eles vale tudo. Assim a coisa fica muito difícil para a maioria de nós. Que tipo de valorização o CAU quer com isso? Não pratico a RT porque não preciso, sempre preferi dar o desconto para o cliente na negociação em lojas, mas muitos de nós ainda não podem abrir mão disso e aí? Pagaram as contas como? O cliente não vai pagar mais do que está acostumado e não vai deixar de contratar outros profissionais para fazer arquitetura se isto ficar mais barato para ele. Acho que este deve ser o foco, proteger a profissão. Como e quanto as pessoas cobram deve ser regulado pelas partes apenas. Sou democrata e sou pela liberdade de mercado.
Caro Eder, todo o teu discurso está incorreto, pois os conselhos, todos eles, são criados para defender a sociedade no sentido de que esta receba serviços profissionais de qualidade, então, atua como fiscalizador dos seus profissionais. Se estás procurando quem defenda outra coisa, como serviços a qualquer preço e a qualquer qualidade, deves buscar em outro forum.
Sou arquiteto há décadas e não precisei cobrar mais do que meus honorários de projeto, administração, gerenciamento, etc…. O comerciante de materiais de construção acha que vende comprando as pessoas .Aceitar ou não é uma escolha sua. Em compensação, me esforço muito para entregar um trabalho de qualidade, no qual EU fique satisfeito com o resultado da proposta. Às vezes não surte o mesmo efeito no cliente. Isto pode acontecer mas se for com frequência, mudo de ramo.
Boa noite!
Tenho 10 anos de profissão e desde que cursava faculdade, apreendemos em sala de aula, cobrar comissão é anti- ético; sempre achei uma atitude errada e não sou a favor, pois nunca fiz, prefiro então avisar o lojista pode repassar ao meu cliente um melhor desconto!
Se todos cobrarem um preço de acordo esta “comissão” não será necessária.
Att
Miguel Garcia
Concordo com Rafael Souza, RJ. Penso que o CAU/BR deveria se preocupar em fazer valer a Lei que define o salário da classe, que fizesse valer a Resolução nª51. Pagamos uma anuidade alta e muitas vezes ficamos parados devidos nossos colegas Engenheiros e Técnico de edificação fazer projetos Arquitetônico a custos baixíssimos tornando uma concorrência desleal. E o que estão fazendo para conter isso, para que os arquitetos possam exercer sua profissão com dignidade? E os Concursos Público? Já viram o salário que oferecem? E ainda falam que nos não podemos nos PROSTITUIR… nesse caso acho que devemos ficar de braços cruzados esperando novas anuidades.
Elzita, o CAU está realizando também uma campanha sobre a Resolução Nº 51 e promovendo diversas ações junto a órgãos públicos para garantir as atribuições profissionais dos arquitetos e urbanistas. Caso queira registrar denúncia de exercício irregular da profissão, clique em https://siccau.caubr.org.br/app/view/sight/externo.php?form=CadastrarDenuncia
elzita, não perca seu tempo, fazer denuncia ao cau não da em nada. acho que nem fiscal tem…ja fiz várias e so perdi meu tempo.
Tino, para acompanhar o resultado de suas denúncias por favor mande email para ouvidoriacaubr@caubr.gov.br
Vivo há 42 anos de Arquitetura sem nunca ter recebido RT, pois quando sou contratado para fazer um projeto ou executar uma obra, entendo que tenho que defender meu cliente buscando o melhor em qualidade, preço e condições de pagamento, portanto não devo receber do fornecedor o valor acrescido que meu cliente irá pagar, como também não posso me sentir usado e comprado pelo mesmo fornecedor quando quiser levar meu cliente para outro fornecedor de forma a beneficiá-lo, mas me incomoda muito a concorrência desleal de colegas que se vendem aos fornecedores, assim como aos que acobertam empreiteiros e desenhistas. Quando morei no E.Santo, enviei uma carta ao CREA-ES apresentando um anuncio que dizia: “projeto de Arquitetura R$2,00/m², com responsável técnico R$2,50/m², e apesar disso toda semana os anúncios continuavam sendo publicados alguns com esse valor e outros com valores semelhantes.
Como disseram alguns colegas, não conseguimos cobrar o justo valor pelo nosso trabalho, seja em projeto, seja em administrar obras devido a deslealdade dos colegas que chegam a não cobrar pelo serviço, ou acobertam pseudo-profissionais que não tem as despesas que temos, não pagam os impostos que pagamos nem queimaram as pestanas como nós. Para mim o CAU peca na falta de fiscalização e valorização do profissional, assim como sempre foi com o CREA, além de não combater aqueles que exercem ilegalmente a profissão. Finalizando, comparo nossa situação com a do comerciante que tem à porta de sua loja, o camelô vendendo a mesma mercadoria.
Paulo, as denúncias podem ser registradas em https://siccau.caubr.org.br/app/view/sight/externo.php?form=CadastrarDenuncia
boa paulo….e o pior é que o cau sempre pedindo pra fazer denúnicas no sicau….isso tudo é papo furado, ja fiz várias denuncias e o que aconteceu? nada, simplesmente perdi meu tempo.
Tino, para saber como foram encaminhadas suas denúncias por favor mande email para ouvidoriacaubr@caubr.gov.br
É uma questão de ética pessoal na profissão. Parabéns ao CAU. Abaixo às RTs. Voto por uma tabela mínima respeitável. Até o CRECI é mais sério e fiscaliza os 6%. O mau profissional cativa o cliente pelo preço baixo, apresenta um péssimo serviço e fatura por baixo dos panos na moleza. Típico de PTista.
Alguém se lembra da BOATE KISS, o que aconteceu com Ela ? Quem especificou aqueles materiais ? Cadê a Saída de EMERGÊNCIA ? Cadê os exaustores de ventilação ? Cadê a iluminação de emergência ? Então, esse nome RESERVA TÉCNICA, pra mim é novo, é CHIQUE. Exponho a todos que a POLARIZAÇÃO desse tema, é POLÊMICO. Cada um pensa de um jeito. Aí vem a questão da sobrevivência, profissional e material. Olha, eu tenho uns ARQUITETOS aqui, que vende tudo da minha loja. O cidadão passa a vida sonhando em se formar, ser ARQUITETO E URBANISTA, e depois que ele chega ao ponto de partida, da carreira de ARQUITETO, ele vira vendedor de loja, ele vira PIOLHO de RESERVA TÉCNICA. O preço e o valor do Profissional, começa pelo VALOR do Projeto. O Cliente te contrata, e te paga, porque ele, primeiro, ou foi indicado ou confiou em ti. Aí, depois de todo esse trâmite e a relação criada, com o cliente, que só tende a se consolidar, vem uma tal de propina, mascarada de RESERVA TÉCNICA, pra te derrubar e te desmoralizar. Eu não CONCORDO e NÃO RECEBO PROPINA de ninguém. Quem tem o DIPLOMA é quem estudou, e não quem é vendedor. CONDUTA ILIBADA, TRANSPARÊNCIA e CONFIABILIDADE, devem acompanhar não somente o projeto, mas também o AUTOR DO PROJETO, para assim, garantir todo DESEMPENHO das atividades, assegurar a EFICIÊNCIA e as COMPETÊNCIAS, dentro dos parâmetros de QUALIDADE. Isso sim, é ÉTICA PROFISSIONAL.
A RT É NORMALMENTE PRATICADA PELAS LOJAS E FORNECEDORES VOLTADOS PARA A ARQUITETURA / DESIGN DE INTERIORES.SALVO RARAS EXCESSÕES,POSSO ESTAR EQUIVOCADO, NÃO SE COMISSIONA O ARQUITETO NA COMPRA DE MATERIAL BRUTO DE CONSTRUÇÃO. NA ARQUITETURA DE INTERIORES, O PREÇO DE VENDA FINAL NÃO SOFRERÁ DESCONTO PARA O CLIENTE CASO O ARQUITETO, POR DISCORDÂNCIA DESSA PRÁTICA,ABRA MÃO DA RT. EXCEPCIONALMENTE PODERÁ HAVER RENÚNCIA PROPOSITAL VOLTADA PARA A FAVORECER O CLIENTE COM MAIOR DESCONTO NA VENDA. CASO CONTRÁRIO A LOJA COM CERTEZA EMBOLSARÁ O PERCENTUAL.
Vinicius,
Bom dia.
Concordo com o que você falou, mas tem um porém, conheço sim profissional que esta a anos no mercado atuando com reserva também no material bruto da obra. Ele faz a cotação e repassa para o cliente dele 10 a 20% mais caro.
Sei disso pois sou arquiteto e presto serviço terceirizado e já me cobraram valores a mais para que eu fizesse determinado trabalho.
É preciso lutar pela ética na nossa profissão. O nível ético da maioria dos profissionais recém formados é de assustar! A concorrência é muito desleal e nos faz pensar como está o aprendizado da ética e prática profissional nas faculdades.
oi rossana realmente, a imprensão que se tem que na escola de arquitetura e de engenharia preparam-se feras para soltarem e daí lutarem pela sobrevivência, esses recém formados é incrível como querem ganhar o mercado a qualquer custo chegam a ser imundos…..pena que os conselhos tanto o crea quanto o cau estão pouco se lixando.
Penso que RT não é assunto para o CAU e nem para os arquitetos resolverem isso é assunto de polícia. É sim uma atividade ilegal e não esta so no setor da construção civil. Considero que se o CAU pretende intervir nesse assunto que deva fazê-lo de forma discreta entre nós arquitetos e o conselho. Imaginem se esse assunto cair na mídia se referenciando somente aos arquitetos. Acho que o CAU estaria nos ajudando e ajudando a população como um todo é orientando porque, como, e os meios de como escolher e contratar um arquiteto porque da forma que está a maioria das pessoas vêem o projeto como um meio dispensável, sendo assim, qualquer que seja o valor esta caro e se as pessoas entenderem o que é arquitetura por lógica entenderão que é assunto para arquiteto. E nós entendemos e a população precisa entender que existe diferença de valores que variam de profissional para profissional e porque precisam de um arquiteto mais ou menos experiente. Assim cada um contrata o arquiteto que atenderá melhor as suas necessidades e nunca um autodidata. Dessa forma cada arquiteto pode cobrar o preço que se ajusta ao seu know how e o cliente entenderá porque se deve pagar “X” ou “Y”. E se assim acontecer cada um terá em mãos os valores e os clientes que considera justo e se está justo não tem porque se deixar levar pela gorjeta “RT” e ainda assim se a pessoa achar que deve trocar seus valores por gorjeta “RT” paciencia…..Aí é consciência de cada um.
Na prática no Brazil o Arquiteto é facultativo no processo construtivo. O combate ao exercício ilegal da profissão deveria ser o principal enfoque do Conselho. A fiscalização das lojas de material de construção seria muito eficaz, imaginem se fosse necessária a apresentação do alvará de obras para a compra de qualquer item construtivo! Após isso, realmente, seria possível a livre concorrência somente entre Arquitetos!
oi alexandre, pelo que se observa a função dos conselhos crea e cau é so arrecardar. se voce observar facilmente comprovará visto que: o fiscal do crea passa nas obras notifica e a partir daí entra os “canetinhas de ouro em ação” preenchem a art efetuam o pagamento e tudo fica certo, porque o crea ja pegou o dele e projeto mesmo que seria o lógico pra eles pouco importa e ainda pior é o cau que nem fiscal não tem, se tiver deve estar fiscalizando outro planeta primeiro.
Acredito que bastaria o CAU estabelecer uma tabela de preços mínimos de projeto. Uma vez que temos estabelecido por lei os honorários mínimos, é fácil calcular o preço mínimo de produção.
Ao CAU caberia fiscalizar o respeito à essa tabela através dos dados informados na RRT, e os valores apresentados no contrato entre as partes. Este último seria obrigatoriamente anexado no registro da correspondente RRT.
Quem quisesse, ainda assim, cobrar a baixo do preço de tabela poderia apresentar justificativas, que seriam analisadas e julgadas por uma arbitragem do próprio conselho regional.
Talvez assim, a prática do exercício profissional com valores inferiores ao custo de produção, fosse efetivamente combatida.
Na minha visão, o comportamento não ético, que prejudica a profissão, está no momento que um colega cobra preços inferiores aos custos de produção dos serviços, e não no recebimento ou não da Reserva Técnica.
Mauricio, o CAU editou em 2013 a Tabela de Honorários de Serviços de Arquitetura e Urbanismo, com cálculos para mais de 200 atividades da área. Veja em http://honorario.caubr.gov.br/auth/login. A Tabela possui preços ajustáveis e não pretende se sobrepor à negociação entre arquitetos e clientes, mas servir como referência nacional. Inclusive seu uso está previsto no Código de Ética e Disciplina dos Arquitetos e Urbanistas: “4.3.1. O arquiteto e urbanista deve apresentar propostas de custos de serviços de acordo com as tabelas indicativas de honorários aprovadas pelo CAU/BR, conforme o inciso XIV do art. 28 da Lei n° 12.378, de 2010.
maurício, essa questão de honorários parece quase impossível de resolver, talvez se o cau tivesse controle e fiscalização para fazer valer a resolução 51…..mas pelo visto ela sendo ignorada.
Sou contra a RT pq muitas vezes é negociada sem que o cliente saiba! Já ouvi casos que o cliente custava a levantar as paredes e o profissional praticamente o “obrigou” a comprar em certas lojas caras. Isso eu acho totalmente desleal, não tenho coragem de fazer isso! Indicar um estabelecimento pq vc confia no seu produto, é uma coisa!! Obrigar seu cliente a comprar para seu próprio favorecimento, é outra!Alguns colegas falaram nos comentários que em outros países isso já é estabelecido por lei! Uma vez estabelecido por lei, isso se torna de conhecimento de todos e provavelmente é estipulado um percentual fixo. Mas quando isso acontece por baixo dos panos e de forma desleal acho injusto com os clientes e com a classe!
Saimos do Crea para cair no Cau, ou seja, nada mudou ninguém luta pelos direitos da nossa categoria tão pouco valorizada. Nota-se que quem dirige o Cau não trabalha na iniciativa privada e não tem noção do que é o mercado, aonde você tem que concorrer com “profissionais” desleais que vendem seus “projetos” a qualquer preço nos nivelando por baixo. Nunca vi ningém do Cau ou ir em alguma obra minha para ver se o que está sendo feito está de acordo com as boas técnicas e a legislação ou o que foi projetado e aprovado, botou a placa e pagou a anuidade, está tudo OK!! Então é lógico que eles tem tempo para discutir abobrinhas como a RT, como se nós não somos responsáveis por aquilo que especificamos. Eu não sei quanto aos outros, mas para que eu especifique e indique um produto ou serviço a um cliente eu estudo muito bem o que vai ser comprado afinal sou um profissional. Agora se isso é ser vendedor de loja, alguém deve estar com os conceitos trocados. Tudo isto é lamentável. O cau tem mentalidade socialista aonde o lucro é crime.
Alan, informamos que a proibição da Reserva Técnica está prevista na Lei 12.378/2010. O CAU apenas regulamentou a questão no Código de Ética e Disciplina.
boa alan, concordo plenamente com voce. se o cau preocupasse em fazer valer o que é legal poderíamos ficar otimistas. mas isso ele não faz. como exemplo claro temos a referida resolução 51 que não passa de um blá, blá, blá. estou vendo decorador assumindo papel de arquiteto engenheiro assinando arquitetura e por aí vai… e o cau onde está? preocupando com assunto que o considero pertinente á polícia. aposto que vão pedir pra denunciar no sicau…..daí pergunto pra quê?