ARQUITETURA SOCIAL

Editorial do ‘Estadão” pede reforma ubana para evitar tragédias como a de Recife

Chuvas em Recife

 

Tragédias causadas pelos temporais em Recife (PE) foram tema do editorial do “Estadão” nesta quarta-feira, 1º de junho. Para o jornal, são urgentes ações em favor do planejamento urbano inclusivo. “As três esferas federativas no Brasil precisam planejar urgentemente a implementação de uma reforma urbana que garanta o reassentamento de populações em áreas de risco e a regularização imobiliária apta a prover infraestrutura para áreas vulneráveis”, diz o texto.

 

O “Estadão” lembra que a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil, de 2012, estabeleceu os princípios de proteção e prevenção, como o estímulo a cidades resilientes e processos sustentáveis de urbanização; ao ordenamento da ocupação do solo; ao combate a ocupações de áreas de risco; e a iniciativas de destinação de moradia em local seguro. “Os entes municipais são os grandes protagonistas, conforme as diretrizes do Estatuto da Cidade, de 2011”.

 

Leia aqui o editorial.

 

Esses pontos coincidem com as reivindicações propostas na Carta dos Arquitetos e Urbanistas aos Pré-Candidatos das Eleições 2022, assinada pelo Conselho de Arquiteura e Urbanismo (CAU) e pelo Colegiado das Entidades Nacionais de Arquitetos e Urbanistas (CEAU). Documento lançado em maio reúne vinte propostas para embasar políticas públicas capazes de impactar questões estruturais no território brasileiro.

 

Clique aqui para ler a Carta aos Pré-Candidatos

 

MUDANÇAS CLIMÁTICAS
Pauta também foi abordada no episódio #718 do podcast O Assunto, da Globoplay. Com apresentação da jornalista Renata Lo Prete, o programa traz Maria Fernanda Lemos, professora de urbanismo da PUC-Rio, para falar da a relação entre das chuvas e de consequências do aquecimento global com as populações mais pobres.

 

Para ela, a vulnerabilidade dessas populações, com poucos recursos para garantir segurança nas estruturas de suas edificações, resulta em desastres cada vez maiores. “Ao invés de ter reduzido, a gente tem aumentado essa vulnerabilidade por conta tanto das condições físicas estruturais e naturais e as condições socioeconômicas das populações, que também é uma condição de vulnerabilidade muito grande”, diz a pesquisadora.

 

Em apenas 5 meses, 2022 concentra um quarto das mortes provocadas por chuvas no Brasil em dez anos. Foram 457 vítimas até o fim de maio, segundo informou ao Assunto a Confederação Nacional de Municípios. “Então, se a gente tem um aumento na intensidade das chuvas e um aumento na vulnerabilidade, essa combinação é explosiva, significa que a gente vai ter desastres crescentes”, afirma.

 

Confira aqui o Podcast “O Assunto”

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