Uma das grandes expressões da arquitetura, a brasileira Elizabeth de Portzamparc integra o Comitê de Honra e é palestrante confirmada no UIA 2020 RIO, o 27º Congresso Mundial de Arquitetos, que acontece entre os dias 19 e 23 de julho do ano que vem.

Nascida na capital carioca, aos 17 anos Elizabeth se mudou para a França, onde deu início à carreira internacionalmente aclamada. Em seu trabalho, desenvolve projetos que contemplam os planos social, urbano e ecológico, valorizando a economia de formas e de materiais.
Vencedora de prêmios como o Future Heritage Award, em 2016, e dona de duas medalhas do Senado Francês pela carreira, além de membro do Conselho Científico do Atelier International du Grand Paris, Elizabeth é defensora da arquitetura que tem como função principal “abrigar a vida e a diversidade”.
Ela celebra o fato de sua cidade natal ter sido escolhida para receber um título inédito da Unesco e para sediar o Congresso Mundial, que deve atrair um público de cerca de 15 mil profissionais e estudantes da área, além de demais interessados pelo tema:
– É um evento de grande porte, que junta pessoas de todo o mundo para trocar ideias sobre as problemáticas das cidades atuais e o que almejamos para as cidades do futuro. O Rio tem um acervo arquitetônico extraordinário e o título de Capital Mundial da Arquitetura é muito importante para chamar a atenção para a qualidade do patrimônio, a variedade cultural e as relações entre metrópole e natureza.
Entre as suas obras mais conhecidas, estão o Musée de la Romanité de Nîmes(França), o Hotel Les Arènes (Marrocos) e a remodelação da Marina da Glória (Rio). No urbanismo, reestruturou bairros como o Pointe de Trivaux, em Meudon-la-Forêt (França), e foi responsável pelas 145 estações e pelo mobiliário urbano do Tramway de Bordeaux (França).

Em entrevista ao jornal O Globo, Elizabeth de Portzamparc explicou que, em 2030, 70% da população mundial viverão nas cidades, e esse é o momento de os arquitetos agirem no campo social, para as populações mais frágeis.
Além dos arquitetos, urbanistas e cenógrafos que trabalham em sua agência, há ainda uma equipe de cientistas políticos e sociólogos. Para ela, a arquitetura deve ultrapassar o enfoque puramente construtivo e formal:
– Só podemos estudar modos de produzir o espaço quando temos vários campos do conhecimento para encontrar soluções. Falar de cidades é cada vez mais complexo, por causa da densidade, da rapidez das construções. Um enfoque mais abrangente traz propostas que correspondem às atualidades humana, sociológica e ecológica.

SOBRE O UIA 2020 RIO
Centenas de arquitetos, urbanistas e demais interessados da sociedade civil já garantiram presença no evento, que transformará o Rio no epicentro do debate sobre o futuro das cidades do mundo.
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É a quarta vez que o Congresso Mundial de Arquitetos, que é trienal, acontece na América Latina, sendo a primeira no Brasil. Em 1963, Havana foi a sede; em 1968, Buenos Aires e, em 1978, a Cidade do México. Para sediar o evento em 2020, o Rio de Janeiro competiu com Paris e Melbourne.
O UIA 2020 RIO, que tem como tema “Todos os mundos. Um só mundo. Arquitetura 21”, é promovido pela União Internacional de Arquitetos (UIA) e conta com a organização do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), reunindo especialistas e entusiastas de cidades mais dinâmicas e justas a debater soluções entre os dias 19 a 23 de julho de 2020. Antes, nos dias 17 e 18, o Rio também será pano de fundo do Fórum Mundial de Cidades Unesco-UIA, que convidará prefeitos de ex-sedes e lideranças políticas, empresariais, culturais e da sociedade.
Fonte: UIA2020Rio