Arquitetura e Urbanismo

Em debate no CAU/SP, palestrante destaca a diversidade da arquitetura africana

Em debate na sede do CAU/SP, Ângela Mingas destaca a diversidade da arquitetura africana (Foto: Divulgação CAU/SP)

“A África não é algo único na Arquitetura. Não somos todos iguais. Somos muito diversos”. Este foi um dos temas centrais da intervenção da arquiteta angolana Ângela Mingas, que foi convidada a falar na sede do CAU/SP no último sábado, 13/07.

Um grupo de arquitetos e urbanistas enfrentou o frio paulistano e se reuniu no espaço Janete Costa, no térreo do prédio centenário do Conselho, para ouvir a colega africana, referência mundial no tema e diretora do Centro de Estudos e de Investigação Cientifica de Arquitectura (CEICA), da Universidade Lusíada de Angola.

Mingas pontuou que a arquitetura africana é ampla e diversa – envolvendo noções de povos originários, de comunidades que migraram e se consolidaram na África, de africanos diaspóricos que mudaram para outras áreas do planeta, ou que vieram de outras diásporas e se estabeleceram há muitos milhares de anos no continente africano.

Ela também manifestou a importância da preservação do patrimônio arquitetônico, e apontou para a transformações em seu país com a entrada de capital estrangeiro.

A palestra também serviu para alimentar o debate sobre temas afins.

O debatedor convidado, o arquiteto e urbanista Pérès Songbe, mestrando em Arquitetura e Urbanismo pela FAU/USP, salientou a importância da Educação no compartilhamento deste conhecimento.

“Precisamos aplicar e compartilhar o conhecimento que produzimos juntos. Criar espaços próprios, não ficarmos esperando que muitas pessoas façam e utilizem essas tecnologias e ideias”, afirmou.

“É muito importante sermos os protagonistas. E é o convite que deixo aqui para vocês”.

Na abertura do evento, a vice-presidente do CAU/SP, Andreia de Almeida Ortolani, estacou a necessidade de estruturação de mais dados, levantamentos e informações sobre a situação e a realidade das arquitetas e arquitetos negros no Brasil e no mundo.

A conselheira Melyssa Maila de Lima Santos, coordenadora da Comissão de Políticas Afirmativas (CPAF – CAU/SP), resgatou a origem e o trabalho desta comissão, bem como o compromisso do Conselho com o tema.

A palestra, um evento inédito na história do CAU/SP, contou a com a mediação de Joana D’arc de Oliveira, Doutora e Mestre em Arquitetura e Urbanismo pelo Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (IAU-USP).

(Com informações do CAU/SP)

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