
O V Encontro Nacional de Coordenadores de CEF, realizado no dia 3 de março, colocou em pauta temas centrais relacionados ao ensino em Arquitetura e Urbanismo. Também debateu com os representantes das escolas de A&U as respostas oferecidas para os desafios contemporâneos da formação dos futuros arquitetos e urbanistas. O evento reuniu representantes das Comissões de Ensino e Formação dos CAU/UF de todas as regiões do país na sede do CAU Brasil, em Brasília.
Um dos pontos em pauta foi a apresentação do Plano de ação do CAU Brasil para o ano de 2023. O gerente de planejamento do CAU Brasil, Gelson Benatti, apresentou as diretrizes do planejamento estratégico anual e do Plano de 10 anos, atualmente em revisão. O coordenador da CEF, Valter Caldana, resgatou os compromissos ligados ao ensino e formação assumidos pela atual gestão no seu planejamento. “O CAU vem mudando o seu entendimento para assumir a formação como um processo que vai desde a formação da cidadania, com o (programa) CAU Educa, até a formação continuada, tanto do ponto de vista da organização social em torno da arquitetura e urbanismo quanto das ações individuais dos colegas para elevar a qualidade da sua prestação de serviços”, afirmou o coordenador.

Caldana apresentou aos colegas o projeto do Portal da Formação Continuada. O espaço virtual vem sendo desenvolvido para concentrar conteúdos produzidos pelos CAU/UF para facilitar o acesso dos profissionais a conteúdos de qualificação permanente.
Outro tema amplamente debatido foi o Ensino à Distância, assunto que exige crescente atenção das CEF por todo o país. A cada ano, aumenta o número de solicitações de registros de egressos de cursos sob esta modalidade, provocando as comissões a debater parâmetros para validação da formação à distância. Os arquitetos e urbanistas que atuam na área educacional vem estimulando a produção de dados e evidências que assegurem a qualidade da formação e possam ser consideradas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) para o ensino superior.
O coordenador também informou sobre o status brasileiro diante do processo de acreditação dos cursos de arquitetura e urbanismo. O CAU participa como observador do Acordo de Canberra, um grupo internacional que congrega agências acreditadoras da Austrália, Canadá, China, Coréia do Sul, Estados Unidos, México e da Comunidade das Nações. A partir de parâmetros e metodologias internacionais, o CAU Brasil realizou um projeto piloto com seis universidades em 2020. Com a pandemia, o processo foi interrompido e está sendo retomado com adaptações. Antes disso, segundo Caldana, o CAU deseja ouvir as universidades. Para isso, deve realizar este ano oito encontros de avaliação pelo país ao longo do ano.
O encontro contou com a participação do coordenador da Comissão de Política Urbana e Ambiental (CPUA), Ricardo Mascarello. O conselheiro atualizou os participantes sobre o Projeto Amazônia, um dos projetos estratégicos aos quais a CPUA e o CAU vem se dedicando e que vem mobilizando os CAU/UF dos nove estados e universidades da Amazônia. As pesquisas e experiências em arquitetura e urbanismo locais servirão de base para o projeto que o CAU levará para o Congresso Internacional de Arquitetos e Urbanistas UIA 2023, em Copenhague.
Outros temas em pauta durante o encontro foram atualizações sobre o Projeto Lelé, o Banco de Dados Interativo, entre outros. Ainda este ano, a CEF promove o II Seminário Nacional De Formação, Atribuições e Atuação Profissional. O evento deverá integrar o calendário anual fixo do CAU Brasil.