2020 será um ano e tanto para a arquitetura e a cultura do Rio, que vai sediar o Congresso Mundial de Arquitetos UIA2020Rio, entre os dias 19 e 26 de julho. A cidade verá boa parte de suas instituições culturais dedicarem espaços para exposições e atividades acerca da arquitetura, urbanismo, paisagismo e história da construção da cidade. Os eventos complementares devem acontecer ao longo de todo o ano.
Um passo importante foi dado, no último dia 26 de setembro, com a realização de um encontro que reuniu representantes de 30 entidades culturais cariocas, com membros do Comitê Executivo UIA2020RIO, como os arquitetos Sérgio Magalhães e Augusto Ivan, e da prefeitura do Rio, como a secretária de urbanismo Verena Andreatta.
“Desde 2014, quando o Rio ganhou o direito de sediar o Congresso, temos nos dedicado a estruturar junto com todas as entidades de arquitetura do país as linhas gerais do que será esse grande evento. Mas, nós queremos também que o UIA2020Rio seja um evento para a sociedade brasileira, que ele sirva para construir um diálogo sobre a cultura arquitetônica e sua interação com as demais artes”, disse Sérgio Magalhães, presidente do Comitê Executivo do UIA2020RIO ao iniciar a reunião.
A proposta foi prontamente aceita pelos representantes das entidades presentes, que já começaram, inclusive, a sugerir possíveis eventos e exposições em seus espaços e se mostraram dispostos a abrir as portas das instituições para atividades afins ao Congresso.
Diretora do Museu Nacional de Belas Artes, Monica Xexeo lembrou, por exemplo, que a instituição tem em seu acervo mais de 90 plantas da exposição de 1922, que comemorou o Centenário da Independência e resultou no desmonte do Morro do Castelo dando ao Rio prédios como o da Academia Brasileira de Letras.
Jesus Chediak, diretor da Casa França Brasil, sugeriu uma exposição sobre a influência francesa desde a missão que trouxe Grandjean de Montigny até a chegada de Le Corbusier à cidade, arquiteto franco-suíço fundador do modernismo. Já Perfeito Fortuna, diretor da Fundição Progresso, sugeriu a realização de “cortejos arquitetônicos”, em que os passeios por áreas históricas da cidade fossem acompanhados por música, como nos carnavais do Rio antigo.
Foram propostas ainda exposições sobre grandes nomes da arquitetura brasileira como Burle Marx e Sérgio Bernardes e a criação de edições impressas e até aplicativos que pudessem mapear as construções icônicas da cidade.
Participaram também da reunião representantes de instituições como o Jardim Botânico, o Museu do Amanhã, a Biblioteca Nacional, o Instituto Moreira Sales, o Museu Histórico Nacional, o Museu da Imagem e do Som, o Centro Cultural Justiça Federal, o Arquivo Geral da Cidade, o Galpão Aplauso, o Real Gabinete Português, a UFRJ, o IED, a ESPM, o Polo Rio Antigo, a Casa do Saber, a Casa Firjan, o Arquivo Nacional, o Palácio do Itamaraty, o Instituto Histórico Geográfico Brasileiro, o Centro de Arte Helio Oiticica e a Associação Comercial do Rio.
(Fonte: IAB)