A violência de gênero é uma pauta ainda muito comum no Brasil, e principalmente mais agravada na Pandemia de Covid-19 através da violência doméstica. Por isso, o suporte do poder público é essencial para minimizar o processo de violência, por meio de políticas de prevenções, denúncias, punições e medidas protetivas às vítimas, além da conscientização da população quanto aos danos físicos, psicológicos e morais causados às mulheres.
Instituições como os abrigos são grandes alternativas para o processo de ruptura com a violência doméstica, pois distancia a mulher de seu agressor. No caso do município de Presidente Prudente, muitas mulheres se tornam vítimas do feminicídio devido a carência de acolhimento. Portanto, esse projeto surge pela necessidade de resguardar a vida das mulheres e sua família, ocasionando a proteção dos mais fragilizados em um equipamento público e institucional.
O papel da arquitetura na concepção desse projeto foi de possibilitar a recuperação física e psicológica das mulheres, além de incentivar sua autonomia e a capacidade de autossuficiência. Para isso, é necessário promover o empoderamento das mulheres, através de auxílio psicológico e jurídico, capacitação profissional e terapias.
O equipamento intitulado Casa Vênus visa o resgate da autoestima e empoderamento dessas mulheres em um ambiente humanizado. Para isso, considerou-se a escolha da área de implantação, a fim de otimizar e potencializar o valor desse equipamento na cidade. O Programa se baseou na proposta de 3 núcleos de amparo as mulheres vítimas de violência, compondo os espaços de Abrigo, Centro de Atendimento e Delegacia de Defesa da Mulher.
Nesse projeto, foi fundamental desenvolver um local acolhedor e que proporcione um sentimento de lar, mas também com espaços comuns que promovam a socialização das mulheres em recuperação. Além disso, optou-se pela qualificação de pátios e praças e pela utilização de materiais que trouxessem conforto.