
O programa Fantástico, da TV Globo, estreou no domingo 30/04/17 a série “Não faça você mesmo”, com quadros humorísticos que demostram as consequências de reformas e obras feitas sem arquitetos e urbanistas ou engenheiros, profissionais tecnicamente habilitados. Antes de o programa ir ao ar, o CAU/BR entrou em contato com a Chefia de Produção do Fantástico para garantir que fossem repassadas aos telespectadores sobre as legislações federais e municipais que exigem a participação de arquitetos ou engenheiros em reformas ou obras, a Norma da Reformas da ABNT. A Assessoria de Comunicação Integrada do CAU/BR manifestou preocupação com o fato de que as orientações técnicas seriam fornecidas por um mestre de obras.
O quadro exibido destacou que a pesquisa feita pelo CAU/BR em 2015, mostrando que 85% das obras no Brasil são feitas sem auxílio técnico. E, conforme pedido pelo CAU/BR, que “toda obra deve ser acompanhada por arquiteto ou engenheiro”. A série é uma franquia da produção “How Not to Do It” da BBC e tem como condutor o ator Rodrigo Sant’Anna. Ele visita as obras que tiveram resultados desastrosos e entrevista seus responsáveis – proprietários que fizeram o trabalho eles mesmo ou contrataram profissionais não habilitados. “É o famoso barato que sai caro”, afirma o ator.

Em dos casos apresentados, Alan fez uma reforma do banheiro, que acabou sem ralo. “Toda vez que vai lavar, a água escoa para o corredor”, afirmou o morador. Arlindo Alves, o mestre de obras convidado pelo Fantástico, destacou a necessidade de se contratar um arquiteto e urbanista para evitar problemas. “Agora ele vai ter que gastar o triplo do que se tivesse contratado um arquiteto e um profissional adequado para esse tipo de serviço”, disse. “Sem o projeto, a pessoa faz besteira”. Assista aqui.
INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS
Após receber o e-mail da Assessoria de Comunicação Integrada do CAU/BR, o editor responsável agradeceu a atenção e informou que sempre será dito nos quadros que as obras precisam ser acompanhadas por profissionais de Arquitetura e Engenharia, não só mestres de obras. A série, esclarece o Fantástico, é mais para entretenimento, não uma reportagem “de serviço”, daí a razão de ser conduzida por um ator ao invés de um repórter. De qualquer forma, já na estreia da série houve o cuidado em reforçar as informações técnicas necessárias.

O próprio Fantástico, em reportagem de 2015, chegara à mesma conclusão de que “o barato sai caro”, ao apresentar em primeira mão os resultados da pesquisa DataFolha-CAU/BR. A repórter Cristina Serra revelou o arrependimento de pessoas que se encaixam nos 85% que reformaram ou construíram por conta própria. Entre outros problemas, elas tiveram que refazer obras mal feitas, gastaram mais com materiais (inclusive de baixa qualidade) e contrataram mão de obra não qualificada e sem comprometimento. Assista aqui. A pesquisa, de âmbito nacional, promoveu mais de 2.400 entrevistas em 177 municípios, aprofundadas em grupos de discussão realizados nas cinco regiões do país. Clique aqui para saber mais sobre a Pesquisa DataFolha-CAU/BR.
O CAU/BR tem atuado em várias frentes para informar a população sobre as atribuições dos arquitetos e urbanistas. Este ano, lançamos uma campanha no Facebook e no Instagram, mostrando as principais atividades realizadas por esses profissionais. Veja aqui. Em 2016 e 2015 foi realizada uma grande campanha nacional com a história de Dona Dalva, empregada doméstica que investiu suas economias na contratação de arquitetos e urbanistas, e hoje possui uma casa dos sonhos – a obra venceu o prêmio mundial “Construção do Ano”, promovido pelo site ArchDaily. Veja aqui. Em 2014, mais uma vez foi feita campanha em TV, jornais, rádio e internet sobre as atribuições profissionais de arquitetos e urbanistas. Veja aqui.
Publicado em 02/05/2017
15 respostas
Parabéns! Excelente quadro! Assisti neste domingo e achei Sensacional!
????????????
Por que o CAU não se preocupa em investigar os grandes escritórios de Arquitetura de Porto Alegre que pagam salários miseráveis para seus arquitetos, não assinam carteira, não pagam direitos trabalhistas e dão férias sem remuneração? Muitos obrigam o funcionários a ser PJ de desenhista. Por que não vão pra cima? Precisa que cite nomes?
Jair, a fiscalização é de responsabilidade dos CAU/UF, no caso o CAU/RS, Para fazer uma denúncia, por favor acesse https://siccau.caubr.org.br/app/view/sight/externo.php?form=CadastrarDenuncia
ATÉ QUE ENFIM!!!
Sempre falei isso. O CREA não fazia nada por nós arquitetos e urbanistas. Já estava na hora do CAU fazer. Não adianta, nosso país não tem cultura para absorver o profissional correto para cada área. Agora sim… Parabéns CAU.
Muito bom! Você não consegue acesso à Justiça sem a presença de um advogado, mesmo nos juizados, pois estão lá de plantão para orientar os interessados, também não faz cirurgias sem os médicos credenciados, se fizer corre o risco de estar na mão de um charlatão, mas a arquitetura e a engenharia nunca tiveram proteção e seus profissionais são, eventualmente responsabilizados (popularmente) por serviços de curiosos,isto sim é o início da proteção ao profissional, antes apenas fiscalizado pelo Conselho. Próximo tema poderia ser a simplificação das RRTs e sua baixa.
-Muito me orgulha ver o trabalho que o CAU tem desenvolvido.
-Penso que devemos unir forças para mudar as coisas que estão
erradas e não se apegar a conflitos e desavenças que nada
acrescentam de positivo a todos.
Parabéns!
Concordo com você Jair. Aqui em Goiânia é a mesma coisa. Sou a favor de regulamentar o ganho e a obrigatoriedade da contratação dos arquitetos igual ao modelo Canadense.
O arquiteto recém formado não pode sair assinando qualquer projeto e os escritórios, construtoras, empresas são obrigados a contratarem esses arquitetos júnior com seus respectivos salários por 2 anos. Ele passa por uma avaliação e supervisão nesse período e depois faz uma prova teste para receber a carteira de arquiteto. A cada 3 anos a carteira é revisada e atualizada de acordo com a experiência de atuação. Isso obrigaria as universidades a melhorar o nível, valorizaria o bom estudante, regulamentava os salários nos escritórios e daria mais oportunidade para os novos arquitetos. E acabaria com a prostituição de preços. Já passa da hora do CAU se atentar para a progressão de carreira e salários dos arquitetos.
Parabens CAU
PARABÉNS!
Agora o Fantástico tem matéria pra 2 décadas.
Parabéns pelo programa.É muito importante estas informações o assunto envolve segurança, qualidade e conforto ao usuário. O custo do profissional se traduz nestes requisitos. “Cada macaco no seu galho”.
Parabéns CAU BR pela excelente oportunidade e pertinência!!!
PARABÉNS AO CAU/BR !
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Infelizmente, muitas obras são feitas sem o devido acompanhamento técnico, por duas razões principais:
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1ª.) Ainda existe um “mito” que o (a) Arquiteto(a) cobrará um valor mais alto do que o proprietário vai gastar na obra;
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2ª.) Uma grande parcela da Sociedade, não tem o conhecimento das Atribuições Profissionais do Arquiteto… ou seja; para muitos, somente os Engenheiros podem acompanhar uma obra…
Gilberto Taccolini Júnior – SP.
Parabéns CAU BR pela excelente oportunidade e pertinência!!!
PARABÉNS PELO TRABALHO !!