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Fórum de Entidades em Defesa do Patrimônio se manifesta sobre mudanças no IPHAN

 

O Fórum de Entidades em Defesa do Patrimônio Cultural Brasileiro, formado por diversas entidades que congregam profissionais e pesquisadores que atuam na preservação do patrimônio, publicou nota sobre recentes ações do Governo federal junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Manifestação destaca o crescente enfraquecimento técnico e científico da instituição com a nomeação para cargos importantes de pessoas sem as devidas competências.

 

Veja Manifesto em Defesa do IPHAN

 

Exemplo mais recente foi a nomeação para a Presidência do IPHAN, de pessoa “sem a necessária formação e experiência profissional, em flagrante ação de deslegitimação do saber científico e técnico que sempre caracterizou a instituição”. O Fórum lembra ainda outras nomeações realizadas nos últimos meses para as Superintendências do IPHAN e suas coordenadorias técnicas, “sem que fossem atendidos os critérios e o perfil profissional mínimo exigidos para o exercício das funções, conforme estabelecido pelo Decreto nº 9.727/2019”.

 

Entidades denunciam os riscos que essas ações representam para a proteção e preservação do patrimônio, junto ao corte da ordem de 70% dos recursos orçamentários do Instituto. A nota é também assinada por 11 membros do Conselho Consultivo e 7 ex-presidentes do IPHAN.

 

Fazem parte do Fórum em Defesa do Patrimônio Cultural Brasileiro: Associação Brasileira de Antropologia (ABA), Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas (ABAP), Associação Brasileira de Arte Rupestre (ABAR), Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e Urbanismo (ABEA), Associação Brasileira de Gestão Cultural (ABGC), Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo (ANPARQ), Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Geografia (ANPEGE), Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS), Associação Nacional de História (ANPUH), Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional (ANPUR), Associação Nacional de Pesquisa em Tecnologia e Ciência do Patrimônio (ANTECIPA) Comitê Brasileiro de História da Arte (CBHA), Seção Brasileira do Comitê Internacional para a Documentação e Conservação de Edifícios, Sítios e Conjuntos do Movimento Moderno (Docomomo Brasil), Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA), Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), Conselho Internacional de Museus – Brasil (ICOM-BR) e Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB).

 

FOTO: Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas (MG).

3 respostas

  1. Flagrante desrespeito ao povo brasileiro,às nossas futuras gerações e ao mundo. Povo que não preserva a história não tem futuro.
    Porque na Europa o turismo é o carro chefe da economia? Todos sabem que lá agente vivencia a história por todos os cantos…
    Turismo traz divisas; econômicas, sociais e culturais

  2. Ótima manifestação, ações como esta não podem passar em branco, estamos regredindo rápido, notadamente nas áreas ligadas a cultura,conhecimento , pesquisa, Meio Ambiente, não sabemos onde isso vai parar, o mínimo que podemos fazer é não se calar.

  3. Não podemos mais permitir que a ignorância do ser humano interfira no desenvolvimento da história e que caia no esquecimento. o interesse da nova geração só vem a partir do que sua mente se alimenta. precisamos sim de profissionais técnicos para responder pelo patrimônio.

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