O Museu do Morro da Caixa d’Água Velha, elevado a Patrimônio Cultural de Cuiabá pela Câmara Municipal em 1991, foi o cenário escolhido pelo fotógrafo Carlos Alberto Soares para capturar a imagem que lhe rendeu o terceiro lugar no concurso de Fotografia de Arquitetura e Paisagem Urbana Mato-grossense, promovido pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Mato Grosso (CAU/MT). A foto premiada concorreu na categoria Patrimônio Histórico, destacando a beleza e a importância cultural do local.
O concurso, que teve como tema “Arquitetura e Paisagem Urbana Mato-grossense”, foi aberto a fotógrafos amadores e profissionais residentes no Brasil, com inscrições gratuitas e uma premiação total de R$ 30 mil. A iniciativa buscou valorizar as referências arquitetônicas e urbanísticas do estado e divulgá-las tanto para profissionais da área quanto para a sociedade em geral. As imagens vencedoras serão incorporadas ao banco de imagens do CAU/MT e poderão ser utilizadas em campanhas de comunicação, eventos e outras ações institucionais.
A fotografia em preto e branco de Carlos Alberto Soares retrata uma das galerias subterrâneas do Museu Morro da Caixa d’Água Velha, mostrando a grandeza de um espaço com sete metros de altura e dezoito metros de comprimento. As paredes, construídas com técnicas antigas, utilizam pedra canga, cristal e argamassa sem cimento, feitas de areia lavada e cal virgem. A robustez da arquitetura, com paredes de mais de meio metro de espessura, evidencia a solidez das construções do século XIX.
Construída no século XIX e inaugurada em novembro de 1882 durante a gestão do Coronel José Maria de Alencastro, a Caixa d’Água Velha foi projetada para armazenar até 1,2 milhão de litros de água. Durante 142 anos, a estrutura foi fundamental para o abastecimento de Cuiabá, que na época de sua inauguração possuía pouco mais de 20 mil habitantes. A água era captada diretamente do Rio Cuiabá pela Hidráulica do Porto e distribuída por canos de ferro fundido.
Com o crescimento da população, outras alternativas de abastecimento se tornaram necessárias, levando à desativação da caixa d’água em 1940. Nos 65 anos seguintes, o espaço foi utilizado para diferentes finalidades, incluindo a estação de transmissão da Rádio A Voz D’Oeste e como local de ensaios da Escola de Samba Beleza Pura. Em 1991, o local foi oficialmente elevado a Patrimônio Cultural de Cuiabá e, em 2007, revitalizado para se tornar o Museu Morro da Caixa d’Água Velha, que desde então abriga exposições e eventos variados.
O Museu do Morro da Caixa d’Água Velha é aberto ao público e oferece exposições que celebram a história e a cultura de Cuiabá.
(Com informações do CAU/MT).