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Frejda Schenkman (Fanny Schenkman)

Frejda Schenkman, conhecida como Fanny, ingressou na primeira turma da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP (FAUUSP), se formando em 1952.

 

Nascida no dia 05 de fevereiro de 1928, na Polônia, Frejda Blinder, era filha de Pinchus Blinder e Ejdla Blinder. A família migrou para o Brasil e fixaram moradia na cidade de São Paulo.

 

No novo país seu pai trabalhava na fabricação de bonés e chapéus dentro da sua própria casa no bairro do Bom Retiro. Ainda jovem, Frejda, que era conhecida como Fanny, junto com as irmãs, auxiliava os pais com os moldes que eram feitos de revistas e jornais. Gostava de separar alguns recortes dessas revistas e jornais que tinham fotos de ambientes, de casas e de mobiliário, e colecionava.

 

Ao concluir o colégio, quis fazer faculdade de química. Para isso frequentou o cursinho da Poli, onde escutou notícias de que a Universidade de São Paulo (USP) abriria um novo curso: o de Arquitetura, e ficou interessada. Ingressou então na primeira turma da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP (FAUUSP), se formando em 1952. Na sua turma havia quatro mulheres, sendo ela uma delas.

 

 

Foto do diploma de Arquitetura

 

Durante sua graduação realizou estágio com os renomados arquitetos João Batista Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi.

 

Com supervisão de Artigas, Fanny participou do projeto do edifício Louveira, conhecido pelas áreas comuns transpassadas por caminhos que se integram com a praça Villaboim em sua volta, no bairro de Higienópolis, em São Paulo.

 

No fim do seu estágio, trabalhando com Cascaldi, soube de uma vaga na Prefeitura. Ela ingressou por concurso no cargo de arquiteta e trabalhou até sua aposentadoria em vários setores, como na aprovação de projetos, e contava que foi a primeira mulher a assumir a Supervisão de Obras e Fiscalização.

 

Se casou depois de formada com Isaac Schenkman e assim mudou seu sobrenome. Teve três filhos: Sergio, Vitor e Sônia. Seu esposo era engenheiro civil, trabalhou no Detran, teve escritório e foi sócio da empresa de móveis, a Probjeto, e Fredja colaborou informalmente com ele em alguns projetos de conjuntos de casas, sendo um destes no bairro do Butantã e outro na Penha.

 

Frequentava reuniões do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), em São Paulo. Apaixonada por urbanismo e conhecedora das legislações urbanísticas, era uma referência na sua área dentro da Prefeitura de São Paulo.

 

Colecionava livros e revistas de Arquitetura e Urbanismo. Agora o acervo pertence a sua neta, Raquel Schenkman, também arquiteta e urbanista que seguiu a mesma profissão da avó e que também trabalha na Prefeitura de São Paulo.

 

Fanny adorava viajar e registrava em fotografias arquiteturas e manifestações culturais durante suas viagens pelo Brasil e exterior. Era atenta e interessada nas diferentes culturas que buscava conhecer no Brasil e no mundo.

 

Após sua aposentadoria fez diversos cursos de desenho e pintura e fez uma incursão pelas artes plásticas. Em seu apartamento no Pacaembu montou um ateliê em que desenvolvia seus trabalhos. Participou de exposições e mostras e assinava suas obras como Fanny Schenkman. Faleceu em outubro de 2009.

 

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