Até o último sábado (24/01), arquitetos e urbanistas de todos os estados brasileiros reuniram-se em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, para a 147ª Reunião do Conselho Superior do Instituto dos Arquitetos do Brasil (COSU-IAB). O encontro acontece semestralmente, sempre em uma cidade diferente do país. Na pauta da primeira edição de 2015, o principal assunto foi a organização do Congresso da União Internacional dos Arquitetos (UIA) de 2020, no Rio de Janeiro. A cidade foi anunciada no ano passado como sede do evento e a realização deve envolver todas as instituições de arquitetos e urbanistas do país.
Os membros do IAB discutiram regras de premiações da entidade para estudantes e profissionais da área. A proposta de um novo regulamento foi apresentada pelo presidente do IAB-RS, Thiago Holzmann.
“A revisão e a simplificação do regulamento de concursos do IAB certamente contribuirão para que os departamentos estaduais tenham uma atuação mais unificada e coerente na realização de suas competições. Além disso, a aproximação com o regulamento do UIA vai conferir um respaldo internacional importante aos concursos do IAB”, afirmou Holzmann.
Para o presidente do IAB, Sérgio Magalhães, a aproximação do regulamento de concursos do Instituto com o da UIA é positiva e muito importante. “O regulamento de concursos da UIA é referência em todo o mundo. Precisamos seguir esse modelo e fazer as adaptações necessárias a nossa legislação”, defendeu Magalhães.
Após a apresentação de Holzmann, os participantes da reunião do Cosu sugeriram incluir no documento a criação de uma comissão de concursos permanente para acompanhar as competições organizadas pelos departamentos estaduais do IAB. Para o presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) e conselheiro vitalício do IAB Haroldo Pinheiro, é preciso garantir a expertise do IAB na realização de competições. “A instituição da comissão é um passo importante nesse caminho.”
CENTENÁRIO
Para a programação do Centenário do IAB, foi definida a realização de um concurso nacional para a escolha da logomarca, o lançamento de um livro e a realização de exposição, no Congresso UIA 2020 Rio, sobre a história do Instituto. O grupo responsável pela programação – Amilcar Chaves, Carlos Renato Pina dos Santos, Cêça Guimaraens, Irã Taborda Dudeque, Vera Pires e Solange Araújo – apresentará na próxima reunião do COSU, com data e local ainda a serem definidos, projeto e orçamento detalhado das ações.
Quanto à valorização e fortalecimento da imagem dos departamentos do IAB, o grupo de trabalho que discutiu o tema – Rose Guedes, Fabiano Melo, Solange Araújo, José Armênio de Brito Crus, Luiz Fernando Janot, Roberto Ghione, Josemee de Lima, Wallace Fonseca, Luis Antônio, Dirceu Peters e Edison Elito – estabeleceu como prioridades a criação de uma agenda para que os IABs entreguem o documento “O IAB e o Direto à Cidade” e um diagnóstico local aos governadores recém-empossados; a promoção de seminários para requalificação das gestões dos departamentos, retomando o termo de cooperação técnica com o Sebrae; e a elaboração de um manual para uso da marca do IAB.
“A proposta é que o documento do IAB, resultado do ciclo Seminários de Política Urbana Quitandinha +50, com contribuições importantes para as questões de mobilidade urbana, habitação, democratização das cidades, entre outras, seja entregue ao mesmo tempo em todos os estados. Além disso, a comissão sugere uma ação junto ao Ministério das Cidades com objetivo de qualificar o programa Minha Casa Minha Vida em sua versão 3.0, apresentando soluções emblemáticas em todo o país, que sejam apoiadas pela rede IAB, e sugestões sistemáticas ao Programa”, explicou a presidente do IAB-MG, Rose Guedes.
METRÓPOLES
Também durante o COSU, o diretor-executivo da Câmara Metropolitana do Rio de Janeiro, Vicente Loureiro, que também é conselheiro do IAB-RJ e do CAU/RJ, fez um relato otimista sobre o futuro da gestão das metrópoles. Ele ressaltou a importância de estados e municípios brasileiros se envolverem na gestão metropolitana.
Loureiro listou como avanços recentes a sanção do Estatuto da Metrópole, lei que estabelece diretrizes gerais para o planejamento e a execução das funções públicas de interesse comum em regiões metropolitanas e em aglomerações urbanas e o acórdão recém-publicado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a gestão das cidades.
“O Estatuto da Metrópole é, sem dúvida, um avanço importante. Precisamos agora adequar os Planos Diretores das cidades a esse instrumento. Os estados e municípios também precisam se envolver e atuar de forma articulada, com o amplo apoio da sociedade civil”, afirmou Vicente Loureiro. Um ponto controverso da sanção do Estatuto da Metrópole é o veto presidencial à instituição do Fundo Nacional de Desenvolvimento Urbano Integrado (FNDUI). Para alguns, a exclusão do fundo enfraquece a eficácia da lei e não garante sustentabilidade às gestões das metrópoles.
“O FNDUI seria um instrumento importante para o planejamento urbano das metrópoles. Acredito que o veto se deu por alguns juristas entenderem que o Fundo se configuraria como intromissão do governo federal no âmbito dos municípios. De qualquer forma, o Estatuto permite que os estados criem seus próprios fundos”, explicou Vicente Loureiro.
Para o presidente do IAB, Sérgio Magalhães, o país e as regiões metropolitanas necessitam urgentemente de um planejamento capaz de lidar com as demandas atuais e futuras: “O país conta com, aproximadamente, 20 metrópoles, onde vivem quase 40% da população urbana. O que não podemos aceitar é que, quando há uma crise, como a mobilização da sociedade por melhores condições de mobilidade urbana em junho de 2013, coincidentemente há a extinção de órgãos responsáveis pelo planejamento, como aconteceu em São Paulo.”
OUTROS ASSUNTOS
Outro ponto em destaque foi uma homenagem póstuma ao arquiteto e urbanista Miguel Pereira, falecido no ano passado. Ele foi presidente do IAB Nacional e conselheiro federal da gestão fundadora do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR).
Os participantes do encontro fizeram na sexta-feira, 23/01, uma visita técnica ao Aquário de Campo Grande com o autor do projeto, o arquiteto Ruy Ohtake, que veio a Campo Grande especialmente para a visita, a convite do governo do Mato Grosso do Sul.
Publicado em 22/01/2015. Atualizado em 26/01/2015. Com informações do IAB Nacional.
8 respostas
lamentavel a posição do IAB, questionam o CAU MS sobre convocação para seminário, mais quando se trata de um encontro do IAB em Campo Grande com todos os arquitetos pecam por não convocar os arquitetos antecipadamente.
Mas é um avento somente para os associados. É o que parece pelo menos, infelizmente.
Colegas, está havendo um equivoco com a 147 Reunião do Conselho Superior do IAB, realizada em Campo Grande pelo IAB/MS. Esta reunião é somente para conselheiros e presidentes dos IAB’s de todo o Brasil, portanto não é uma reunião aberta a todos os arquitetos ou associados do IAB. São reuniões de diretoria e conselheiros, assim como as reuniões dos conselhos de arquitetura. Jamais o IAB/MS iria realizar um evento para arquitetos e não convida-los seria uma falta de respeito com a classe.
Caro Ronaldo, seja benvindo ao IAB quando você quizer. Estamos propondo abrir um núcleo do IAB em Dourados, MS, onde você poderia ser um dos fundadores.
Ronaldo Ramos, é justamente esse o conhecimento que tenho dos IABs. Sou formada desde 1977, atuante tanto na profissão quanto no associativismo e tenho a sensação de que esse instituto trabalha para si mesmo. Ainda não tive o prazer de saber que eles se envolveram alguma vez com todos os colegas e principalmente com a sociedade.
Colegas, está havendo um equivoco com a 147 Reunião do Conselho Superior do IAB, realizada em Campo Grande pelo IAB/MS. Esta reunião é somente para conselheiros e presidentes dos IAB’s de todo o Brasil, portanto não é uma reunião aberta a todos os arquitetos ou associados do IAB. São reuniões de diretoria e conselheiros, assim como as reuniões dos conselhos de arquitetura. Jamais o IAB/MS iria realizar um evento para arquitetos e não convida-los seria uma falta de respeito com a classe. E quanto ao trabalho do IAB Walnice, só vou citar a elaboração da tabela de honorários que é mérito do IAB e ainda a luta pela criação do CAU, dentre outros tantos trabalhos e lutas pela categoria que o IAB vem realizando ao longo do tempo. Procure se informar no IAB do seu estado quais as ações que ele faz por você e pela sociedade.
Meus amigos, a 147ª Reunião do Conselho Superior do IAB em Campo Grande foi um sucesso, atestado por todos os Conselheiros e Presidentes que estaduais que aqui estiveram. Como alguns não sabem o Instituto de Arquitetos do Brasil é a primeira entidade dos Arquitetos a ser criada no Brasil em 1921 e que tem Departamentos em todos os estados brasileiros. É uma entidade associativa livre que todos os arquitetos brasileiros podem e devem se associar. O IAB e o IAB-MS estão de portas abertas a todos que queiram participar do nosso maior orgulho profissional nacional, o IAB. Sejam benvindos e somem-se a nós. Quanto ao COSU, é uma reunião que acontece bianualmente em algum departamento estadual, da qual participam Conselheiros e Presidentes, assim como ocorre nas Reuniões de Presidentes e Plenárias dos CAUs. O IAB promove trianualmente Congressos Nacionais, o último foi em Fortaleza-CE, que todos os arquitetos brasileiros podem e devem participar. Do MS, embora amplamente divulgado, haviam 10 arquitetos apenas. Lembrarei que o próximo Congresso será realizado em Brasília, sob a organização do IAB-DF daqui a dois anos. Viva a Arquitetura Brasileira!!!!
Colegas (principalmente colega Walnice de SP),
Encaminho carta que elaboramos para os arquitetos gaúchos esclarecendo exatamente sobre esta falsa “acusação” de que o “IAB não faz nada (por mim ou pela arquitetura)”, segue:
Caro colega,
Encaminhamos 3 questões para sua reflexão:
1. O QUE O IAB RS FAZ PELA CATEGORIA?
Defende o arquiteto e a profissão há 67 anos; promove eventos culturais e profissionais como a semanal ‘quarta no IAB’ e as exposições de arte; promove cursos de formação profissional; promove as Caravanas da Arquitetura no interior; mantém núcleos atuantes em 8 cidades e regiões do RS; representa os arquitetos em inúmeros conselhos públicos municipais e estaduais atuando em defesa e promoção da arquitetura, planejamento, patrimônio… levando a visão do arquiteto para dentro da esfera de decisão pública; busca influir na mídia abrindo espaço para os temas da arquitetura; promove e divulga concursos públicos de arquitetura; atua junto ao CAU colaborando para que este cumpra com a sua missão; promove a Assistência Técnica; integra os arquitetos gaúchos com o resto do Brasil através da rede IAB; colabora com as iniciativas nacionais do IAB como a que elaborou a Tabela de Honorários que foi adotada pelo CAU, a campanha por projetos completos para obras públicas, a qualificação dos concursos públicos de arquitetura, a implantação da Assistência Técnica às famílias de baixa renda, e tantas outras como a realização do Congresso Internacional da UIA no Rio em 2020.
2. O QUE O IAB RS FAZ POR VOCÊ?
Oferece o MELHOR convênio de saúde para os arquitetos gaúchos através da Unimed, parceira há mais de 15 anos; disponibiliza sua assessoria jurídica e contábil para consultas gratuitas aos associados; oferece o Solar do IAB para atividades de seus sócios; oferece descontos e convênios como o Funsau (seguros, previdência) e outros; oferece espaço gratuito para divulgação de seu escritório no site do IAB; oferece descontos nos cursos e demais atividades pagas; mantém espaços permanentes de discussão e divulgação de atividades de interesse dos arquitetos (site, blog, face, listas de discussão); favorece a integração e ampliação de sua rede de contatos profissionais.
3. O QUE VOCÊ PODE FAZER PELO IAB RS E PELA CATEGORIA?
Ser sócio e pagar a anuidade; apoiar o IAB e participar das diversas atividades; criticar e ajudar a construir as políticas públicas de interesse dos arquitetos; integrar-se às mídias do IAB RS e à rede nacional IAB para contribuir com sua opinião e crítica.
MESMO QUE SEU APOIO NESTE MOMENTO SEJA APENAS PAGANDO A ANUIDADE, JÁ SERÁ UMA AJUDA MUITO IMPORTANTE. LEMBRAMOS QUE SUA CONTRIBUIÇÃO É VOLUNTÁRIA, OU SEJA, NENHUM ARQUITETO É OBRIGADO A PAGAR O IAB, MAS A QUITAÇÃO DESTE BOLETO SERÁ UM IMPORTANTE REFORÇO PARA MANTER E QUALIFICAR A ATUAÇÃO DO IAB RS NA DEFESA DOS ARQUITETOS E NA PROMOÇÃO DA ARQUITETURA E URBANISMO.
Valores da anuidade:
Arquitetos: R$ 240,00 (promoção: até 31 de dezembro R$ 200,00)
Estudantes R$ 60,00
Parcelamento entrar em contato com IAB iabrs@iabrs.org.br
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Arq. Tiago Holzmann da Silva, presidente do IAB RS.
A Diretoria