Escritório de São Paulo atua em dez países, com foco em residências

28 de novembro de 2023

Entrevista com Mariana Simas, diretora-executiva do studio mk27

 

Mariana Simas / Foto: Divulgação.

 

Fundado no final dos 1970 pelo arquiteto Márcio Kogan, o studio MK27, com sede em São Paulo, está presente hoje em dez países e quatro continentes. “No ano passado, completamos nosso primeiro projeto privado na Europa – um conjunto de duas casas quase gêmeas, em Ibiza”, explica a arquiteta e urbanista Mariana Simas, diretora-executiva da empresa.

 

Batizadas Xuxu Houses, elas foram concebidas a partir do trabalho colaborativo entre Marcio Kogan e Suzana Glogowski, sócia e uma das diretoras de arquitetura do estúdio, e se baseia na integração entre os ambientes externos e internos, com luz natural e espaços amplos e arejados  – uma filosofia que dialoga com o estilo de vida da famosa ilha.

 

Formada em arquitetura pela FAU-USP em 2006, Mariana tem um MBA pela FGV em Gerenciamento de Escritórios de Arquitetura. Ganhou o Prêmio Jovens Arquitetos do IAB e Best of the Year da revista americana Interior Design por seu projeto Casa Pier. Ela está no studio mk27 desde 2008 e coordena as áreas de planejamento estratégico, novos projetos, jurídico, financeiro e comunicação.

 

Quais foram os primeiros trabalhos do Studio mk27 no exterior?

Os primeiros trabalhos no exterior foram residências, ambas na América do Sul, a Casa Punta, projeto de 2008 e finalizado em 2011, no Uruguai, e a Casa Rocas, do mesmo ano, finalizada em 2012 no Chile. A casa Punta foi finalista em diversas premiações, e premiada no LEAF Awards, em 2011. Após o projeto do hotel Patina nas Maldivas, em 2012, o cenário mudou bastante no escritório. Com ele ganhamos diversos prêmios ao redor do mundo, e passamos a ter maior conhecimento no exterior. Ano passado, completamos nosso primeiro projeto privado na Europa – um conjunto de duas casas quase gêmeas, em Ibiza.

 

Em que países o escritório atua hoje? É mais comum atuar em projetos arquitetônicos para residências ou para empresas?

O escritório está presente hoje em dez países, quatro continentes, atuando principalmente em residências, ainda que para incorporações residenciais.

 

Xuxu Houses, em Ibiza, projetada pelo Studio MK27 / Foto: Divulgação.

 

Quais as principais dificuldades no processo de internacionalização do escritório?

Encontrar os parceiros corretos, que nos ajudem a entender as culturas construtivas locais e traduzir nossa linguagem da maneira mais correta possível.

 

Dar aulas no exterior pode ser um caminho para obter maior visibilidade externa?

Com certeza, ajuda, mas existem também outros caminhos, ligados à Academia nacional e também à comunicação dos projetos.

 

Que conselhos você dá para arquitetos que buscam essa internacionalização?

Cuidar com carinho da documentação e comunicação das ideias e projetos, concluídos ou não. Nunca tratamos a internacionalização como um objetivo, mas como consequência da busca pela excelência, da boa e constante comunicação do nosso trabalho e da profissionalização dos nossos processos e relações.