Por Anthony Machado, Estagiário do CAU/BR*
A arquiteta e urbanista paulistana Leiko Hama Motomura é pioneira no Brasil a usar materiais alternativos e sustentáveis em seus projetos arquitetônicos. Um de seus projetos construídos de maior destaque é o Centro de Cultura Max Feffer, em Pardinho (SP). Exemplo de construção sustentável, a cobertura da obra foi feita com bambus. Foi usado ainda eucalipto, ambos são fibras vegetais renováveis.
O edifício foi o primeiro da América Latina a receber o selo LEED, sistema de certificação e orientação ambiental de edificações mais usado no mundo. O projeto ainda recebeu uma menção honrosa na 8ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, em 2009.
Segundo a arquiteta e urbanista, todos os seus projetos são concebidos de forma integrada com outros especialistas para garantir eficiência, sustentabilidade e segurança. “Monto uma equipe multidisciplinar com especialistas altamente qualificados sobre água, energia, materiais, qualidade do ar interior, iluminação natural, aspectos funcionais e estéticos”, afirma.
Leiko promove a sustentabilidade na construção civil desde 1985, quando participou de um encontro sobre Arquitetura solar passiva em Munique, na Alemanha. Logo após o evento, ela buscou estudar mais sobre o assunto em viagens, cursos e seminários no exterior.
“Na construção verde, a meu ver, nada é absoluto. Não existe um material que sempre é verde e não existe um material que sempre é a melhor solução para resolver um problema. É preciso pensar sempre na reciclabilidade, no pós-uso e na toxicidade dos materiais” comenta.
Leiko Motomura é formada pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Prespiteriana Mackenzie, em São Paulo. Em 2006, fundou em Cotia (SP), o escritório Amima – Arquitetura de Mínimo Impacto Sobre o Meio Ambiente, referência em Arquitetura sustentável.
* Sob a supervisão de Emerson Fonseca Fraga, Jornalista do CAU/BR