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Lissandra Lima: “Equilíbrio das proporções e simetria nos projetos”

Arquiteta e urbanista no escritório que leva seu nome (Foto: Arquivo Pessoal)

 

Desde criança, a roraimense Lissandra Lima, 33 anos, sempre teve gosto por papéis, desenhos livres, principalmente nas paredes da casa dos pais. Muito curiosa e sensível, confirma que estudar arquitetura lhe parecia óbvio, não chegou a pensar em outra carreira.  Sempre se encantou por linhas simples, retas ou curvas. É apaixonada pela Arquitetura, tanto que busca realizar os sonhos dos clientes, por meio do próprio traço contemporâneo.

 

“Prezo pelo equilíbrio das proporções e simetria nos projetos. Comecei inicialmente a atuar no mercado de Manaus e me formei pela Universidade Luterana Brasileira/ULBRA e fiz minha pós-graduação em Retail Design – Desenho de Espaços Comerciais na Universidade Pompeu Fabra – Barcelona/Espanha”, conta, com brilho no olhar.

 

Durante a carreira, participou de diversos empreendimentos comerciais e residenciais na cidade de Manaus para a maior incorporadora da América Latina (Cyrela Brazil Realty). Hoje, no comando do próprio escritório que leva seu nome, a arquiteta Lissandra coordena uma equipe de profissionais que busca constantemente desafios na elaboração de projetos diferenciados e com excelência para os clientes.

 

Um traço sensível da personalidade é se emocionar com a vida, com as pessoas, sonhar e realizar junto com o cliente, se pondo no lugar dele. A arquiteta gosta de desenvolver o lado criativo e intuitivo. “É uma sensação maravilhosa. É uma oportunidade de ver o mundo através de vários olhos”, contou.

 

Segundo ela, existem diferenças entre homens e mulheres, assim como existem diferentes tipos de pessoas. Mas crê que, profissionalmente, não existem diferenças significativas. Uma arquiteta bem capacitada tem total condições de projetar espaços de uso masculino, assim como um arquiteto pode desenvolver ambientes femininos, com competência e domínio.

 

A arquiteta e urbanista Lissandra Lima (Foto: Arquivo Pessoal)

 

“Acredito que nós mulheres temos a sensibilidade necessária para fazer boa leitura das necessidades do cliente e da problemática da obra, assim como o homem arquiteto também os tem”.

 

Ainda falando das diferenças, disse que bom gosto e sensibilidade independem de gênero. “Ao meu ver, é a personalidade de cada indivíduo que faz com que ele siga linhas diferentes na profissão. Acredito que na sociedade moderna que vivemos, não há mais espaço para preconceitos nesse sentido, e assim como existem facilidades nas características de cada gênero, também existem as exceções”, ressaltou.

 

Confessa que já conheceu mulheres que se destacaram muito mais que homens no acompanhamento de obras, mas que a sociedade também tem gênios masculinos que possuem grande sensibilidade no desenvolvimento de projetos.

 

Para a arquiteta e urbanista, poderosa é a mulher autoconfiante que otimiza o tempo e tem domínio das múltiplas funções que a vida nos impõe. “Uma pessoa que busca o próprio espaço, defende ideias e respeita a do próximo, que luta pelos sonhos, que tem metas claras e se mantém resiliente a cada fase, é sim uma mulher poderosa”, destacou.

 

Na vida, defende que a base dever ser a honestidade, a ética e a importância de deixar marca positiva nas pessoas. “Não apenas uma linda obra na cidade, mas uma bela relação com todos os envolvidos no processo”, finalizou Lissandra.

 

Por Dennis Martins, da Criar Comunicação, para o CAU/RR

 

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