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Morre Paulo Caruso, o arquiteto que virou cartunista sem se afastar da Arquitetura

Morreu na manhã do dia 4 de março, em São Paulo,  o cartunista Paulo Caruso, um dos maiores da história do país, aos 73 anos. Ele sofria de um câncer no intestino.

 

 

Formado em arquitetura pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, ele nunca exerceu a profissão, mas manteve-se sempre próximo de atividades da área.

 

Por vários anos colaborou com a revista Projeto e, em 2017, ao lado do irmão gêmeo Chico Caruso, também arquiteto, Paulo atuou na campanha “5 Razões para Contratar um Arquiteto” do CAU Brasil. Com humor e desenhos, ambos transmitiram de forma didática a mensagem que marcou a campanha como uma das mais reconhecidas pelo público. Tambem é o autor de totens com caricaturas de Lucio Costa, Oscar Niemeyer, Lina Bo Bardi, Lelé expostas na recepção do CAU Brasil, e Paulo Mendes da Rocha, no CAU/SP. E ainda ilustrou o Manual do Arquiteto e Urbanista editado pelo CAU Brasil em 2015.

 

 

Paulo Caruso começou a vida profissional no “Diário Popular” no final da década de 1960 e também colaborou com os jornais “Folha de S.Paulo” e “Movimento” Nos anos 1970, foi para “O Pasquim”, ao lado de Millôr Fernandes, Jaguar e Ziraldo. A partir de 1988, publicou, na revista “IstoÉ”, a coluna de humor Avenida Brasil, com visão critica da história política do país.

 

Participou do programa Roda Viva, da TV Cultura, desde 1987, retratando entrevistados e entrevistadores. Sua última participação foi no dia 2 de janeiro.

 

Lançou vários livros, entre eles “Avenida Brasil” (1992), retratando o quadro político do país na época, e “São Paulo por Paulo Caruso – Um Olhar Bem-Humorado sobre Esta Cidade” (2004), em homenagem aos 450 anos da capital.

 

Em 1985, no Salão de Humor de Piracicaba, no interior de São Paulo, uniu a paixão pela música ao amor pelos cartuns e montou uma banda só com cartunistas. Recebeu vários prêmios, entre eles, o de melhor desenhista, pela Associação Paulista dos Críticos de Arte – APCA, em 1994.

 

Paulo teve uma trajetória individual bem marcada, mas nunca deixou de fazer parceria com o irmão, em especial na música. ‘Ele era o meu maestro. Agora vai ser difícil manter a carreira em diante”, afirmou Chico, também cartunista.

 

Fontes: UOL e CNN

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