O Museu Casa de Rondon está aberto ao público geral de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, sem intervalo para almoço. Originalmente uma estação telegráfica, o museu foi construído na expedição do Tenente-Coronel Cândido Mariano da Silva Rondon, idealizador do projeto da comunicação entre as regiões do Brasil por meio do telégrafo durante os anos 1900. O projeto buscava integrar o extremo Norte do Brasil ao restante do território, durante o ciclo da borracha e a construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré.
Inaugurado em 1910 no Planalto dos Parecis, o posto telegráfico foi a primeira edificação a ser erguida fora do ambiente indígena. Nomeado como Álvaro Coutinho de Melo Vilhena, homenageava o ex-diretor dos Correios e Telégrafos, que havia falecido antes da expedição. Com a instalação da estação telegráfica, o local começou a atrair pessoas de diversas regiões, expandindo-se e levando à fundação oficial do município de Vilhena em 23 de novembro de 1977.
Com o avanço da tecnologia e a introdução das redes de comunicação sem fio, o telegrafo tornou-se ultrapassado e a estação foi desativada, sendo posteriormente abandonada e sofrendo degradações com o passar dos anos. Nesse período, a estação entrou como parte cenário na narrativa do antropólogo Claude Lévi-Strauss em seu livro “Tristes Trópicos”, onde ele descreve sua experiência no Brasil e sua abordagem sobre as sociedades indígenas.
Após décadas de abandono, a estação foi parcialmente recuperada na década de 1980 e transformada no Museu Marechal Cândido Rondon, popularmente conhecido como Casa de Rondon. Junto ao museu, foi construído um zoológico que foi desativado alguns anos depois. Em 1996, o museu também foi fechado para reformas e não reabriu devido a impasses sobre o domínio da área.
Em 2017, em busca do resgate à história e valorização do patrimônio do município, foi iniciado um projeto de restauro com o acompanhamento do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O trabalho incluiu a recuperação da madeira, cobertura, esquadrias, pisos, revestimentos, pinturas e instalações elétricas. Também foram realizadas melhorias nas áreas externas, como pavimentação, instalação de uma subestação de energia, acessibilidade, e criação de um espaço com gramado, plantação de árvores nativas, bancos de concreto, lixeiras e recuperação dos mastros para bandeiras. Um novo bloco administrativo foi adicionado, com banheiros, cozinha e lanchonete.
A entrada do museu exibe uma foto ampliada de Cândido Rondon, imortalizando sua célebre frase: “Morrer se preciso for; matar nunca”. Atualmente, o Museu Casa de Rondon é tombado pelo IPHAN e administrado pela Fundação Cultural de Vilhena, em parceria com a Secretaria Municipal de Turismo, Indústria e Comércio.
Para visitas em grupo, é necessário agendamento prévio. No último domingo de cada mês, o horário de funcionamento é das 9h às 12h.
(Com informações de CAU/RO)