
Há pouco mais de um mês um arquiteto e urbanista apresentou denúncia formal ao Ministério Público Federal alertando que o Museu Nacional do Rio de Janeiro podia “pegar fogo a qualquer momento, e é um milagre que isto ainda não tenha acontecido”. Na denúncia, o arquiteto alerta que o acervo é insubstituível, e detalha o cenário de fios desemcapados, gambiarras elétricas e coberturas de plástico inflamável que se encontrava no Museu, administrado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “É urgente uma vistoria dos bombeiros”, alertou o arquiteto.
O caso foi relatado pela TV Globo no Bom Dia Brasil de 4 de setembro. O telejornal mostrou os documentos do Ministério Público referentes ao caso. No início de agosto, após receber a denúncia, o procurados responsável pediu ao arquiteto provas sobre as más condições do museu. O arquiteto enviou então fotos mostrando a rede elétrica em condições precárias, com fios soltos e infiltração no teto. O MPF pediu então à UFRJ se o Museu possuía alvará do Corpo de Bombeiros, que pediu mais tempo para responder à denúncia.
O CAU/BR divulgou nota lamentando a tragédia do Museu Nacional e alertando para o risco de haver novos casos. “A realidade, lamentavelmente, é que a situação do Museu Nacional não é única. Outras tragédias iguais podem ocorrer. Os valores que nos identificam como sociedade não podem virar cinzas como o Museu Nacional. Conclamamos o Estado, os arquitetos e urbanistas, as universidades, os intelectuais, as entidades de classe, enfim, a sociedade brasileira a se mobilizar”, diz o texto.
3 respostas
Porque não é mencionado o nome do nosso colega que alertou da possibilidade clara de incêndio.
Ele mesmo pediu que seu nome não fosse divulgado.
Deveria fazer parte do texto que o profissional pediu para ser preservado. Ficou esquisito uma comunicação do CAU, oficial para nós, sem o crédito do arquiteto.