A cabeleireira Marlene construiu o salão de beleza em frente à casa onde mora com a filha, que é cadeirante. A edificação invadiu um espaço da calçada e, por isso, está em situação irregular na prefeitura. Quais soluções arquitetos e urbanistas podem propor para resolver estas duas situações? Este foi um dos casos hipotéticos propostos durante a quinta oficina da Semana da Habitação 2023, que convidou os participantes do evento para um exercício prático de assistência técnica em habitação de interesse social na tarde do dia 27 de julho. A arquiteta e urbanista Mariana Estevão, idealizadora da ONG Solução Urbanas, provocou os participantes a simular o atendimento a famílias usuárias de ATHIS.
Divididos em grupos, arquitetos e urbanistas, assistentes sociais e outros profissionais atuaram como propositores das melhorias habitacionais e também como integrantes de famílias com perfis pré-definidos. A experiência procurou evidenciar algumas das complexidades das situações que as equipes técnicas encontram na prática.
Com mais de 20 anos de experiência em projetos de ATHIS, a arquiteta e urbanista, oferece suas contribuições sobre a condução dos projetos. Para a situação da casa da personagem Marlene, por exemplo, Mariana apontou caminhos para uma intervenção de ATHIS que priorize o diálogo com a prefeitura para a adequação da edificação aos parâmetros urbanísticos e, então, formular soluções para acolher as necessidades especiais da filha da moradora.
“Nosso trabalho é planejar como o recurso será utilizado para concluir a obra, sem que precise ser interrompida e com sensibilidade para entender as necessidades dos moradores“, afirmou Mariana.