CATEGORIA

ONU anuncia Equador como sede da cúpula Habitat III, em 2016

 

A cidade de Quito, capital do Equador, vai sediar a cúpula Habitat III, a 3ª Conferência das Nações Unidas sobre Moradia e Desenvolvimento Urbano Sustentável. O anúncio foi feito pelo diretor-executivo da ONU-Habitat, Joan Clos. “A conferência é uma oportunidade única para repensar a Agenda Habitat, em que governos podem tomar iniciativas em prol de um novo modelo de desenvolvimento urbano que possa integrar todas as facetas do desenvolvimento sustentável, para promover igualdade, bem estar social e prosperidade coletiva”, afirmou.

 

A escolha foi comemorada pelo ministro equatoriano das Relações Exteriores, Ricardo Patiño. “Já é definitivo. A Assembleia Geral da ONU decidiu que o Equador será sede da cúpula Habitat III em Outubro de 2016. Ela é realizada a cada 20 anos”, escreveu o chanceler em sua conta no Twitter.

 

O Ministério de Desenvolvimento Urbano e Habitação do país emitiu um comunicado dizendo que a oportunidade de receber o evento é única e que é uma oportunidade para o Equador colocar em evidência e discutir suas políticas de urbanismo e inclusão social.

 

A América do Sul tem se firmado como palco de importantes espaços de discussão sobre moradia e urbanismo. Em 2014, Medelín, na Colômbia, recebeu o Fórum Urbano Mundial, também promovido pela ONU-Habitat. Em 2020, o Rio de Janeiro vai sediar o 27º Congresso Mundial da União Internacional dos Arquitetos (UIA).

 

Histórico

 

A primeira conferência sobre o tema, a Habitat I, aconteceu em 1976, em Vancouver, no Canadá. Na ocasião, foi instituído o Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), com sede em Nairóbi, no Quênia. A organização promove cidades socialmente, urbanisticamente e ambientalmente sustentáveis e coordena ações de habitação e de qualidade de vida no âmbito da ONU.

 

A segunda edição da cúpula, a Habitat II, aconteceu em Istambul, na Turquia, em junho de 1996. Como resultado da conferência, também conhecida como “Cúpula das Cidades”, foi apresentada a Agenda Habitat, um documento aprovado pelos estados-membros se comprometendo a promover habitação adequada, assentamentos humanos sustentáveis, participação da cidadania, igualdade de gênero, entre outros aspectos.

 

Consulta pública no Brasil

 

 

Na conferência, cada país deve entregar um relatório nacional o andamento de políticas internas sobre o tema. E para que a sociedade brasileira participe da construção desse documento, foi criada uma comunidade virtual de discussão sobre tópicos importantes para o futuro das nossas cidades.

 

Arquitetos e urbanistas e cidadãos em geral podem participar e contribuir para a nova “Agenda Habitat”, que deve ser elaborada no evento. São 4 etapas de participação: consulta, indicadores, seminário e discussão do texto – e cada uma delas será aberta para contribuições até abril de 2015.

 

A primeira fase tem o objetivo de coletar, por meio de um questionário, informações sobre temas relacionados ao desenvolvimento urbano no Brasil, considerando o que ocorreu nos últimos e as expectativas para os próximos. O tempo estimado para responder é de 20 minutos. Os dados fornecidos serão tratados de forma confidencial. Interessados em contribuir podem responder às perguntas até o dia 7 de fevereiro de 2015.

 

Levando em conta as informações e dados obtidos por meio da plataforma participativa, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Presidência da Republica, o Conselho Nacional das Cidades (ConCidades) e o Ministério das Cidades vão elaborar o relatório brasileiro para a Habitat III.

 

A plataforma pode ser acessada pelo link http://www.participa.br/habitat. Participe!

 

Confira aqui o site oficial da Habitat III: http://unhabitat.org/habitat-iii-conference/

 

 

Com informações da Agência EFE e da UN-Habitat. Publicado em 31/12/2014.

6 respostas

  1. Será muito importante rever e avaliar o preço da terra urbanizada no Brasil.
    Para mim a construção de uma moradia já se democratizou porém a terra ou o lote urbanizado tem um preço muito alto para a maioria da população.
    Hoje temos condições de estocar materiais de construção e com a auto-construção tem-se uma moradia. Enquanto o lote urbanizado não dá para fazer o mesmo.
    Hoje o lote de 125,00m2 abriga em média 3 a 4 famílias, o que implica num novo dimensionamento da infra-estrutura daquele loteamento.

  2. Seria interessante poder se trabalhar as grandes questões urbanas com base em indicadores de curto prazo de natureza qualitativa e quantitativa.No momento estou fazendo uma pesquisa sobre a percepção dos moradores de um município sobre os seus principais problemas bem como sobre a gestão atual.É uma especie de projeto piloto.
    atenciosamente
    jose fernandes de menezes
    PS Fui o coordenador dos indicadores da Cidade do Recife para o Habitat II

  3. Caros,
    Hoje com o debate sobre cidades inteligentes é importante dispor de indicadores estruturais e conjunturais. Ressalte-se que para entender conjuntura é preciso conhecer a estrutura econômica,social, ambiental , habitacional e a governança.No caso dos monumentos históricos construídos quais os indicadores de avaliação utilizados pelas grandes cidades ( Roma, Madrid, Istambul, Cidade do México, Paris entre outras ?
    jose fernandes de menezes

  4. Quero estar presente nessa conferencia . É possivel ?? como se inscrever para ter acesso no dia em Quito????

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

NOTÍCIAS EM DESTAQUE

CATEGORIA

Oficinas do Projeto Amazônia 2040: Construindo um Futuro Sustentável na Amazônia Legal

CATEGORIA

24º Seminário Regional da CED estuda aperfeiçoamento do Código de Ética e Disciplina

Assistência Técnica

Mais médicos/Mais arquitetos: mais saúde para o Brasil (artigo de Nadia Somekh no portal do Estadão)

CATEGORIA

CAU Brasil realiza audiências no Congresso Nacional com parlamentares

Skip to content