ARQUITETURA SOCIAL

Pernambuco pode ter modelo de assistência técnica

Com experiências bem-sucedidas e uma rede de urbanização e regularização fundiária, a partir das Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS), especialistas nacionais lançaram um desafio para Pernambuco: a criação de uma modelo de assistência técnica envolvendo municípios, universidades, CAU/PE, IAB e outras entidades, com parâmetro locais.

 

A proposta foi apresentada ao final do Fórum de Arquitetura Social, na sexta-feira (25.05), realizado pelo CAU/PE, UFPE e IAB, no auditório do Porto Digital, na Rua do Apolo, Bairro do Recife.

 

O vice-presidente do CAU/PE, Tomás Lapa, falou sobre as ações que vem desenvolvidas pelo Conselho nas diversas áreas, com destaque para a interiorização com o Observatório, que já esteve em Petrolina, Caruaru e Garanhuns.

 

“O evento foi sucesso e muito promissor. A declaração unânime dos palestrantes foi que essa aproximação UFPE, CAU/PE e IAB terá repercussão a nível nacional”, comemorou o professor Ênio Laprovítera, um dos coordenadores do Fórum.

 

Palestras – A experiência da capital pernambucana na área de arquitetura social foi apresentada pela diretora de Habitação da Prefeitura do Recife, Norah Neves, com uma cronologia das iniciativas realizadas – destacando o papel das Zeis – indicadores sociais e econômicos da cidade que comprovam as desigualdades e reforçam a importância de políticas habitacionais.

 

Entusiasta da arquitetura social, o diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (CODHAB/DF), Gilson Paranhos enalteceu o papel do arquiteto urbanista na transformação social e reiterou que quem entende de projeto, do começo ao fim, é o arquiteto. “ Por isso, não podemos deixar que outros assumam esse protagonismo”, completou.

 

Paranhos discorreu sobre o know-how da Codah/DF, que prioriza sempre o coletivo e colocou como prioridades a assistência técnica, a realização de concurso, e engajamento da comunidade.

 

As ações da Codab também foram tema da apresentação de Frederico Barboza, da Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e Urbanismo, sob a perspectiva de iniciativas voltadas à qualificação do profissional.

 

Com dados que mostram o crescimento do número de universidades de arquitetura e urbanismo – somente em São Paulo, o total de escolas subiu de 67 (2010) para 154 (2017), um dos empreendimentos já autorizado a oferecer mais de 130 mil vagas de ensino à distância, ele destacou a importância de acordos de cooperação técnica – como foi realizado junto à Codab, destinados a impulsionar oportunidades voltadas à arquitetura social.

 

O arquiteto argentino Jorge Mario Jáuregui, com atuação em diversos projetos urbanos no Rio de Janeiro, trouxe detalhes sobre os projetos de urbanização de favelas cariocas, requalificação de área central, entre outros. “Temos de assumir a responsabilidade de dar mais acessos aos menos favorecidos e contribuir com esse processo de transformação social”, completou.

 

Fonte: CAU/PE

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